CGD e BPI ficaram com 100% do banco moçambicano BCI

A CGD e o BPI já compraram os 16% de capital social do banco BCI que ainda eram detidos pela empresa do ministro moçambicano Celso Correia. Passaram a deter a totalidade do capital da instituição.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o BPI detêm agora, em conjunto, a totalidade do capital do Banco Comercial e de Investimentos (BCI), sedeado em Moçambique. Ambas as instituições já eram acionistas do banco moçambicano, mas acabaram por ficar com a posição de 16% que era, até aqui, detida pelo ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural de Moçambique, Celso Correia, de acordo com o jornal Expresso.

O aumento das posições da CGD e do BPI no BCI já foram comunicadas à CMVM. A CGD detinha 51% do banco e “informa que passou a deter, direta e indiretamente, 61,5% do capital social” da instituição. Ao mesmo tempo, o BPI subiu a posição de 30% para 35,67%. O BPI revela que “este reforço de participação resultou de um acordo da CGD e do BPI com a Insitec Capital”, empresa presidida por Celso Correia.

O Expresso recorda que, em 2007, a CGD e o BPI financiaram Celso Correia em 40 milhões e 20 milhões de euros, respetivamente, para a compra da participação no BCI. No entanto, o empresário, agora ministro, não chegou a liquidar a dívida e os bancos estavam a negociar a sua posição até agora.

“A Caixa Geral de Depósitos informa que passou a deter, direta e indiretamente, 61,5% do capital social do BCI”, lê-se num comunicado enviado aos mercados, “reforçando a sua anterior participação de 51% no capital social deste banco moçambicano”. “Este reforço de participação na sua filial tem origem na posição anteriormente detida pela Insitec Capital”, acrescenta.

Do lado do BPI, lê-se: “O banco BPI informa que a sua participação no BCI passou de 30% para 35,67% do capital social desse banco. Este reforço de participação resultou de um acordo da CGD e do BPI com a Insitec Capital.”

Recorde-se que o ministro moçambicano Celso Correia abandonou as funções de presidente do BCI para integrar o governo de Moçambique, liderado desde 2015 por Carlos Agostinho do Rosário.

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