Recordes? Não. A banca não resistiu

Depois da maior série de recordes consecutivos em um quarto de século, as bolsas norte-americanas acabaram por corrigir. Recuaram, mas pouco, com a banca a pressionar.

De recorde em recorde até… à queda. As bolsas norte-americanas corrigiram. Depois da maior série de recordes consecutivos em um quarto de século, os índices recuaram, com os investidores a tomarem mais-valias. Nem a expectativa de um forte crescimento dos lucros deu ânimo aos títulos do setor financeiro que tem brilhado com a liderança de Donald Trump.

O S&P 500 e o Nasdaq encerraram em queda, ainda que as descidas tenham sido ligeiras: 0,08% e 0,16%, respetivamente. Colocaram um ponto final à série de recordes consecutivos, algo que o Dow Jones não fez. O índice industrial acabou por conseguir escapar ao “vermelho”, mas com um ganho de apenas 0,03%.

Os ganhos recentes levaram muitos investidores a procurarem encaixar mais-valias, isto ao mesmo tempo que alguns resultados empresariais ficaram aquém do esperado, acalmando a euforia nos mercados acionistas norte-americanos. Uma euforia que tem puxado, especialmente, pelos títulos dos bancos.

O plano fiscal que Donald Trump apelidou de “fenomenal” poderá representar a sorte grande para os grandes bancos de Wall Street. Contas da Bloomberg apontam para um aumento de 14% dos resultados das principais instituições financeiras norte-americanas em função das poupanças que a baixa de impostos prometida por Trump poderá trazer.

Apesar desta estimativa, os títulos do setor financeiro acabaram por corrigir dos máximos recentes. O setor desvalorizou cerca de 0,6%, numa sessão que fica marcada também pela correção das ações do setor energético perante a descida dos preços do petróleo nos mercados internacionais à custa do aumento das reservas nos EUA.

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Costa sobre a CGD: “ainda andam com este assunto?”

  • Lusa
  • 16 Fevereiro 2017

"O quê, ainda andam com esse assunto? Ainda não ouviram o senhor Presidente da República? Isso já acabou tudo na segunda-feira". Foi desta forma que Costa recusou comentar a polémica à volta da CGD.

O primeiro-ministro, António Costa, escusou-se hoje a comentar novos dados em torno da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e das comunicações entre o ministro das Finanças e o antigo presidente do banco, dizendo que o assunto “acabou” na segunda-feira.

O quê, ainda andam com esse assunto? Ainda não ouviram o senhor Presidente da República? Isso já acabou tudo na segunda-feira“, disse Costa, questionado sobre a matéria à margem de uma iniciativa em Oeiras.

Estas foram as únicas palavras do primeiro-ministro, que aludia à nota de segunda-feira à noite do chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, que declarou manter a confiança no ministro das Finanças, Mário Centeno, “atendendo ao estrito interesse nacional, em termos de estabilidade financeira”.

Na terça-feira, o Presidente falou também do tema para o declarar como “encerrado”, mas o alegado acordo entre o ministro das Finanças e o anterior presidente da Caixa sobre uma hipotética dispensa de apresentação de declarações de rendimentos e património no Tribunal Constitucional continua a preencher a agenda noticiosa.

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Carregar aparelhos electrónicos sem usar fios? Disney trata do assunto

  • Lusa
  • 16 Fevereiro 2017

A rede de laboratórios que apoia os estúdios de cinema Disney criou um método de transmissão de energia sem fios numa sala, que permite carregar aparelhos electrónicos sem usar cabos.

A rede de laboratórios que apoia os estúdios de cinema Disney criou um método de transmissão de energia sem fios numa sala, que permite carregar aparelhos eletrónicos sem usar cabos.

O método, descrito na edição digital da revista científica PLOS ONE, foi testado numa sala especialmente construída para o efeito.

A divisão tinha paredes de alumínio, bem como teto e chão aparafusados a uma estrutura também de alumínio. Uma liga de cobre, com uma ranhura, foi colocada no centro da sala. Na ranhura foram inseridos condensadores (componentes que armazenam cargas elétricas).

Os peritos asseguram que conseguiram gerar, em segurança, ondas magnéticas que encheram o interior da sala, tornando possível o fornecimento de energia a vários telemóveis, ventoinhas e lâmpadas em simultâneo.

O método, sustentam, induziu correntes elétricas nas paredes, chão e teto metalizados da sala, que, por sua vez, geraram campos magnéticos que se difundiram no interior da divisão.

Tal permitiu que a energia fosse transmitida de forma eficiente a bobinas que funcionavam na mesma frequência de ressonância que a dos campos magnéticos.

As correntes elétricas induzidas foram canalizadas através de condensadores, que isolam potenciais campos elétricos prejudiciais.

"As nossas simulações mostram que podemos transmitir 1,9 kilowatts de energia (…), o equivalente para carregar 320 ‘smartphones’ ao mesmo tempo

Matthew J. Chabalko

Criador da tecnologia

“As nossas simulações mostram que podemos transmitir 1,9 kilowatts de energia (…), o equivalente para carregar 320 ‘smartphones’ ao mesmo tempo”, defendeu um dos criadores da tecnologia, Matthew J. Chabalko, citado num comunicado hoje divulgado pela Disney Research, a rede de laboratórios dos estúdios de cinema norte-americanos.

Para o principal investigador da Disney Research, Alanson Sample, o novo método permitirá que a energia elétrica se torne “tão omnipresente quanto o Wi-Fi [rede sem fios]”, podendo ser usado em robôs, telemóveis ou computadores portáteis sem ter que ser necessário substituir baterias e cabos.

A rede de laboratórios da Disney desenvolve investigação em computação gráfica, animação, processamento de vídeo, robótica, computação móvel e redes sem fios.

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“Sempre prestei contas dos cargos que exerci. O mesmo acontece agora”

  • Juliana Nogueira Santos
  • 16 Fevereiro 2017

Na apresentação do livro de memória, Aníbal Cavaco Silva sublinhou que este livro é uma prestação de contas e não um ataque a ninguém. E aproveitou para deixar um agradecimento a todos os portugueses.

“Agradeço calorosamente a vossa presença” foi assim que o antigo presidente da república se dirigiu às centenas de pessoas que encheram a sala Almada Negreiros do Centro Cultural de Belém e que vieram homenagear o percurso profissional e, especificamente, os dez anos de presidência de Aníbal Cavaco Silva. Na primeira fila, a família e os companheiros de vida política: Ramalho Eanes, Manuela Ferreira Leite, Pedro Passos Coelho e Assunção Cristas.

“Quinta-feira e outros dias” afirma-se pelas palavras de Manuel Braga da Cruz, amigo e conselheiro de Cavaco, como um livro de “prestação de contas e não de ajuste de contas, visto que não é escrito contra ninguém”. Este fez questão de sublinhar os feitos do político que “não começou nas juventudes partidárias, mas nos ministérios” e que esteve ao leme do país durante os tempos de “divergência com a Europa”

E numa situação de divergência dentro e fora do país, Cavaco pressionou o governo da forma que achou mais acertada, através das reuniões de quinta-feira, ou como o próprio definiu “a via mais eficaz que um presidente possui de influenciar o processo de decisão.” Ainda assim, e como referiu o Braga da Cruz, “nem sempre as advertências foram ouvidas, nem sempre os conselhos foram seguidos.”

Sobre o segundo protagonista do livro, nem uma palavra. O nome de José Sócrates não foi proferido nem pelo autor nem pelo conselheiro. Apenas o reparo, repetido por ambos, de que tudo isto servirá para informar os portugueses. “Dou o testemunho das partes importantes da minha magistratura para os portugueses fazerem o seu juízo informado e esclarecido.”

Dos dez anos que esteve em Belém, Cavaco sublinhou as viagens pelos país a conhecer jovens e empresários: “Realizei-as com um gosto muito especial.” E não esqueceu os que votaram para que fosse eleito com maioria pelas quatro vezes que se apresentou: “Não esqueço esse apoio que repetitivamente me foi dado pelo povo português.”

Os agradecimentos mais especiais ficaram para o Chefe da Casa Civil, o Chefe da Casa Militar e para Maria Cavaco Silva, sua esposa. “Sem ela não teria tido a carreira profissional e política que tive. Sem ela o livro não existia”, confessou, já emocionado o antigo Presidente da República.

A garantia de que o percurso politico ficou por aqui também foi dada: “Este é o primeiro ato público do período pós politico da minha vida, que assim será até ao fim.” Para breve, só o segundo volume do livro.

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Trump promete novo decreto sobre imigração “para a próxima semana”

  • Lusa
  • 16 Fevereiro 2017

O presidente norte-americano diz que está "em vias de publicar um novo decreto na próxima semana que vai proteger totalmente o nosso país". Trump vai, assim, contornar a decisão dos tribunais.

O Presidente norte-americano Donald Trump prometeu hoje a apresentação “para a próxima semana” de um novo decreto sobre imigração, no decurso de uma conferência de imprensa em Washington.

“Estamos em vias de publicar um novo decreto na próxima semana que vai proteger totalmente o nosso país”, declarou Trump, que em 27 de janeiro assinou um decerto atualmente bloqueado pela justiça. Este texto impedia temporariamente a entrada nos Estados Unidos dos cidadãos de sete países muçulmanos e dos refugiados.

No dia 3 de fevereiro o juiz federal James Robart bloqueou provisoriamente o veto que desde 27 de janeiro suspendia durante 120 dias a entrada nos EUA de refugiados de todo o mundo e anula por 90 dias a emissão de vistos para os cidadãos da Líbia, Sudão, Somália, Síria, Iraque, Irão e Iémen.

Trump criticou diretamente o magistrado Robart, ao designá-lo “pseudo-juiz” e ao acusá-lo de “retirar ao país a capacidade para aplicar a lei”.

O Presidente sugeriu posteriormente que o magistrado será o culpado caso ocorra um ataque terrorista no país relacionado com o seu veto, justificado para evitar a entrada nos EUA de possíveis terroristas.

A Casa Branca já recorreu da decisão judicial, mas um tribunal de recurso de São Francisco manteve a suspensão do decreto.

Um painel de três juízes do Tribunal de Recurso do Nono Circuito dos Estados Unidos, com sede em São Francisco, está a analisar a petição da administração norte-americana para repor o veto migratório de Trump.

Após ter escutado os argumentos do Governo e dos Estados de Washington e Minnesota, impulsionadores do recurso que motivou a suspensão temporária do veto migratório, os juízes deste tribunal asseguraram que tomarão uma decisão “o mais cedo possível”, sem especificar datas.

O Tribunal de Recurso do Nono Circuito já rejeitou, no domingo, um recurso interposto pelo Governo de Trump contra a decisão do juiz.

Se este tribunal voltasse a rejeitar a petição do Governo, a batalha legal poderia chegar ao Tribunal Supremo, como entretanto admitiu o Presidente dos EUA.

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Paulo Trigo Pereira assume presidência da comissão de inquérito à CGD

O cargo será assumido apenas temporariamente, uma vez que cabe aos requerentes da Comissão Parlamentar de Inquérito, no caso o PSD e o CDS-PP, nomearem o presidente da mesma.

O deputado socialista Paulo Trigo Pereira vai assumir, temporariamente, a presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD), depois de Matos Correia, deputado do PSD, ter renunciado a esse cargo. A decisão de nomear o deputado socialista partiu de Eduardo Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República.

Numa breve comunicação, Trigo Pereira refere que só assumirá o cargo num “período de tempo razoável”, já que cabe ao PSD e ao CDS-PP, os partidos que requereram a comissão, nomear um presidente.

José Matos Correia apresentou, esta manhã, a demissão da presidência da CPI que está a analisar os últimos dez anos de gestão do banco público. A justificar a decisão do deputado social-democrata está o bloqueio da maioria de esquerda ao pedido do PSD e do CDS para ter acesso aos emails e SMS trocados entre Mário Centeno e António Domingues.

Para Matos Correia, este bloqueio representa uma violação dos “direitos das minorias” e subverte o objetivo das comissões parlamentares de inquérito.

Notícia atualizada às 18h58 com mais informação.

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Cavaco Silva acusa BE e PCP de exercerem “influência negativa” na governação

  • Lusa
  • 16 Fevereiro 2017

O ex-Presidente acusa BE e PCP de exercerem uma "influência negativa" na governação do país, com o executivo socialista a depender, "para a sua sobrevivência política", do apoio destes partidos.

O ex-Presidente da República Cavaco Silva acusa BE e PCP de exercerem uma “influência negativa” na governação do país, com o executivo socialista a depender, “para a sua sobrevivência política”, do apoio destes partidos.

No livro “Quinta-feira e outros dias”, que chegou hoje às livrarias e será apresentado ao final da tarde pelo antigo chefe de Estado, Cavaco Silva centra-se na coabitação entre 2006 e 2011 com o então primeiro-ministro socialista José Sócrates.

Contudo, no 13.º capítulo, sobre “a interrupção voluntária da gravidez”, o ex-Presidente da República fala brevemente do atual Governo, liderado pelo socialista António Costa, que tem o apoio parlamentar de BE, PCP e PEV, recordando um dos seus últimos vetos políticos: a revogação aprovada a 18 de dezembro de 2015 às alterações à lei da interrupção voluntária da gravidez votadas por PSD e CDS-PP antes do verão.

Com as alterações então introduzidas, lembra o antigo Presidente, reforçavam-se os direitos de informação das mulheres, estabelecia-se a obrigatoriedade de acompanhamento psicológico e revogava-se a norma que impedia os médicos de invocar objeção de consciência, indo assim ao encontro das “preocupações” que Cavaco Silva tinha manifestado em 2007, quando promulgou a lei sobre a despenalização do aborto.

A lei, aprovada por PSD e CDS-PP ,”veio a ser alvo da falta de bom senso e do afã revisionista da coligação parlamentar formada pelo PS, pelo BE, pelo PCP e pelo partido ecologista ‘Os Verdes'”, escreve Cavaco Silva.

A revogação das alterações, continua o antigo chefe de Estado, foi feita “de modo apressado e irrefletido”, sem que tivesse ocorrido debate público, uma adequada ponderação dos interesses em causa ou qualquer auscultação de entidades ou personalidades de referência.

Por considerar que a revogação das alterações representava um “claro retrocesso na defesa dos diversos valores” e em “defesa do interesse nacional”, Cavaco Silva vetou a “lei revogatória”.

“Era um caso típico em que o Presidente da República não podia ter qualquer dúvida em enfrentar a maioria parlamentar, mesmo que, por radicalismo ideológico, esta se revelasse obstinada, e confirmasse a lei – como veio, de facto a verificar-se”, refere.

Cavaco Silva estabelece mesmo uma comparação entre o “sentido de equilíbrio” demonstrado em 2007 por José Sócrates, na sequência da vitória do “sim” no referendo, e a atitude da maioria que aprovou oito anos depois a revogação das alterações introduzidas meses antes.

“O PS e o seu líder tinham então demonstrado um sentido de equilíbrio que estivera ausente na reversão aprovada pelo parlamento em dezembro de 2015. A explicação, concluo, deve residir no facto de, em 2007, o Governo do PS não depender, para a sua sobrevivência política, dos apoios do BE e do PCP e da influência negativa que estes partidos passaram a exercer na governação do país”, lê-se no final do capítulo reservado à interrupção voluntária da gravidez.

Mais à frente, no capítulo intitulado “a última quinta-feira”, no qual relata a última reunião semanal que teve com José Sócrates, a 16 de junho de 2011, volta às críticas aos comunistas e bloquistas.

Não obstante muitas críticas e acusações ao antigo primeiro-ministro, nomeadamente de lhe ter mentido, Cavaco Silva reconhece o facto de José Sócrates nunca se ter deixado “capturar” pelo PCP ou pelo BE.

“Sempre o vi bem consciente de que o caminho defendido por estes partidos seria desastroso para Portugal e para os portugueses. O caminho leninista que querem implementar só tem gerado miséria e totalitarismo“, diz Cavaco, considerando que se José Sócrates “tivesse ido por aí”, a herança deixada pelos seus Governo teria sido muito pior.

“A verdade é que não existe na Europa, nem tão pouco no mundo, qualquer país que seja desenvolvido e que registe um caminho de sucesso tendo partidos da extrema-esquerda a determinar a condução da política económica”, acrescenta.

Nos parágrafos finais do livro, com perto de 600 páginas, Cavaco Silva volta a falar do Governo liderado por António Costa, confessando que logo no dia a seguir às eleições de 04 de outubro de 2015 teve “a perceção” que o agora primeiro-ministro, “rompendo com a tradição de 40 anos do seu partido, já estava trabalhar num entendimento de Governo com o Partido Comunista Português e o Bloco de Esquerda”.

Falando nas “grandes preocupações” que as confederações patronais, a UGT, os presidentes dos maiores bancos e economistas lhe tinham transmitido em relação à hipótese de um “Governo do PS apoiado pela extrema-esquerda”, Cavaco termina o livro remetendo para o próximo volume da obra.

“Mas, essa é uma história que não faz parte deste volume”, conclui.

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Bombeiro BCE afunda juros de Portugal

A informação de que o Banco Central Europeu pretende aliviar as regras para comprar mais dívida pública dos governos da Zona Euro foi um alívio para os juros portugueses.

A taxa das obrigações a dez anos afundou para o nível mais baixo do último mês perante a possibilidade de a autoridade monetária vir a assumir maior protagonismo no mercado nacional. Perante a queda na perceção de risco sobre o país, a bolsa portuguesa fechou com um ganho, ainda que tímido. Foi um desempenho positivo que permitiu a Lisboa contrariar o sentimento negativo das principais praças europeias. O PSI-20 avançou à boleia do setor energético pela terceira sessão consecutiva.

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Skoda traz dez mil vendedores ao Algarve

A marca checa elegeu Portugal para um evento designado por Central Product Training que tem por objetivo, a formação dos vendedores da marca sobre o novo SUV, o Kodiaq.

Portugal foi o destino escolhido pela Skoda para dar formação às equipas de vendas e formadores de trinta e seis países sobre o novo modelo da marca checa, o Kodiaq. A Skoda vai trazer ao Algarve, durante sete semanas, dez mil profissionais naquela que é uma das maiores ações internacionais jamais levadas a cabo pela fabricante.

“Durante sete semanas, entre 23 de Janeiro e 10 de Março, a Skoda irá trazer a Portugal dez mil participantes para um evento designado por Central Product Training que tem por objetivo, a formação do novo SUV, o Kodiaq, proporcionar o test drive deste modelo e da sua concorrência, assim como promover uma experiência de Marca em torno dos seus valores em contacto direto com a fábrica, subsidiária do Grupo Volkswagen”, refere a marca.

Em comunicado, refere que “durante este período, circulam todos os dias nas estradas do Algarve 269 Kodiaq e 56 viaturas concorrentes dentro de um programa de 24 horas que abarca novos atributos da Skoda como a conectividade e digitalização, tendência incontornável na relação dos clientes com o seu automóvel e com a marca”. O palco do evento serão os Salgados Resort Albufeira.

Em Portugal, a Skoka é representada pela SIVA que “levará a esta ação de formação 100 participantes da sua organização comercial, abrangendo a rede de concessionários e a própria SIVA, tendo contribuído com apoio logístico, designadamente, através do seu concessionário para o Algarve, a Alportil que tem instalações de vendas e após-venda em Faro e Portimão”.

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Plano Juncker financia mil milhões em projetos em Portugal

  • Lusa
  • 16 Fevereiro 2017

São 18 os projetos que receberam apoio do Plano Juncker. Em causa está um financiamento de mil milhões. Mas no total serão mobilizados 3,4 mil milhões de euros de investimento na economia.

O plano de investimento Juncker aprovou financiar 18 projetos em Portugal no valor de 1.000 milhões de euros, disse hoje o vice-presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), Román Escolano. Entre estes projetos está o novo campus universitário da Universidade Nova

Apesar da assinatura do acordo ainda não estar concluída, já está definido que a participação do fundo de investimento europeu será de 16 milhões de euros no total de 47 milhões a serem investidos

Estes 1.000 milhões de euros são o valor total correspondente aos 18 projetos aprovados pelo Fundo Europeu de Investimentos Estratégicos (FEIE) — mais conhecido por Plano Juncker — até final de 2016 e serão disponibilizados à medida que os projetos forem sendo executados, pelo que parte importante do dinheiro ainda poderá demorar alguns anos até chegar na totalidade à economia portuguesa.

Vários projetos aprovados são linhas de crédito a Pequenas e Médias Empresas (PME) e empresas de média capitalização, que chegam à economia mais rapidamente, mas há também projetos na área da energia ou infraestruturas, cujo dinheiro será desembolsado consoante a sua execução.

O vice-presidente do BEI, Román Escolano, cumprimenta o CEO do BPI, Fernando Ulrich, aquando da assinatura, em janeiro deste ano de um acordo de financiamento no montante total de 300 milhões de euros para apoiar PME. É já a quinta linha de financiamento acordada com o BEI.

O valor atribuído aos projetos pelo Fundo Europeu de Investimentos Estratégicos implica que haja também dinheiro colocado pelos promotores privados pelo que o BEI espera que os 1.000 milhões de euros a colocar nos 18 projetos em Portugal impliquem que, no total, sejam mobilizados 3.400 milhões de euros de investimento na economia.

O ‘plano Juncker’ foi apresentado no final de 2014 pelo atual presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e tem como objetivo ajudar à retoma da economia europeia através da mobilização de 315 mil milhões de euros de investimentos no conjunto da União Europeia.

O plano de investimento tem como suporte o Fundo Europeu de Investimento Estratégico, dotado de 21 mil milhões de euros, sendo 16 mil milhões de euros de garantias do orçamento da União Europeia e 5 mil milhões de euros de dinheiro do BEI.

A partir daqui, a Comissão desenhou o plano de modo a que investidores – nomeadamente privados – se sintam atraídos para cofinanciarem os projetos, pelo que por cada euro de dinheiro de garantia pública Bruxelas estima que serão mobilizados 15 euros, mobilizando no total 315 mil milhões de euros entre fundos públicos e, sobretudo, privados, o que foi considerado demasiado otimista pelos críticos do ‘plano Juncker’.

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Atualizar caderneta ao balcão do Montepio vai custar dois euros

Montepio vai passar a cobrar dois euros sempre que cliente quiser apenas atualizar a caderneta ao balcão. Novo preçário entra em vigor a partir de abril.

O Montepio já tinha fixado como meta voltar aos lucros já este ano. E parte da estratégia para regressar aos resultados positivos passa pelo aumento das comissões que cobra aos seus clientes. O banco já está a informar que vai atualizar o seu preçário com efeitos a partir de abril. Entre as mudanças está a subida do custo para efetuar a atualização da caderneta ao balcão, que sobe 100%: passa de um euro para dois euros. Mas há mais alterações.

Por exemplo, o Montepio vai começar a cobrar uma comissão de dez euros para emitir uma caderneta nova, quando até agora os clientes estavam isentos deste encargo quando solicitavam uma caderneta de origem ou por substituição. Estão isentos os clientes com idade inferior a 18 anos ou superior a 64 anos; clientes reformados com ou sem Conta Reformado; clientes reformados com pensão Montepio Geral Associação Mutualista e clientes com conta de serviços mínimos bancários.

Além disso, os titulares de contas à ordem com um património entre os 3.000 e os 5.000 euros vão passar a pagar uma comissão de manutenção de cinco euros por mês, mais do que os 3,5 euros que pagam hoje em dia. Continuam isentos quem tiver mais de 5.000 euros à ordem.

Em novembro do ano passado, o banco decidiu duplicar a comissão de processamento das prestações do crédito à habitação. Deixou de cobrar anualmente, passando o valor mensal para perto quatro euros.

O aumento das comissões surge num contexto de dificuldades do Montepio (e dos bancos) em extrair rendimentos a partir dos juros que cobram nos empréstimos. Isto mesmo foi assumido no plano de negócios do banco liderado por Félix Morgado que tem em vista o regresso aos lucros já este ano. Fazem parte ainda da estratégia do Montepio aumentar a captação de depósitos e estimular o crédito ao consumo.

O Montepio registou prejuízos de 67,4 milhões de euros até setembro de 2016.

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Like & Dislike: esquerda boicota inquérito à CGD

Uma comissão parlamentar cega, muda e surda. Não quer ver os SMS de Mário Centeno, não quer ouvir Armando Vara e não diz porque é que não quer ter acesso à lista dos maiores devedores da Caixa.

Que a esquerda não queria uma comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos já todos tínhamos percebido. Não é por acaso que PSD e CDS-PP tiveram de a convocar de forma potestativa. Da fase da negação, as esquerdas passaram agora para a fase de boicote. Vamos aos factos.

1. Não querem ouvir Armando Vara & Companhia

PS, PCP e Bloco já disseram que se faz tarde e que querem apressar o fim dos trabalhos da comissão parlamentar de inquérito. Os bloquistas até dizem que têm prontas as conclusões, sendo que uma delas é que a Caixa foi utilizada ao longo dos anos para suportar agentes do sistema financeiro e outros grupos, entre os quais o BCP.

Quando a direita apresentou um requerimento para ouvir Armando Vara, que saiu da Caixa (durante um mantado em que o banco público deu muitos créditos de qualidade duvidosa) precisamente para o BCP, a esquerda chumba. Até o próprio se ofereceu para ir à Comissão, mas já se percebeu que a presença do incómodo militante socialista Armando Vara seria incómoda para o PS.

PCP e Bloco, que durante anos tiveram um importante papel de fiscalização do Parlamento e do Governo, agora pactuam com este silenciar da Comissão, para proteger a Geringonça, ou eventualmente para evitar que se volte a falar na privatização do banco público. Qualquer que seja o motivo é mau.

2. Não querem ver a lista dos maiores devedores da Caixa

O principal objetivo desta comissão de inquérito é, como se pode ler no site do Parlamento, “apurar as práticas de gestão da CGD no domínio da concessão e gestão de crédito desde o ano de 2000”.

Para tal, os deputados pediram ao banco que facultasse a lista dos maiores devedores para perceberem que créditos e em que condições foram dados empréstimos que levaram a que se abrisse um buraco de 5,16 mil milhões de euros nas contas da Caixa.

O próprio Tribunal da Relação de Lisboa já veio dizer que os deputados podem ter acesso a essas informações, pois o interesse de “apuramento da verdade” sobrepõe-se ao “interesse do sigilo bancário”, profissional e de supervisão. Mas a esquerda chumbou o prolongamento do tempo de vida desta Comissão e o que vai acontecer é que o inquérito vai terminar sem que esses documentos tenham chegado ao Parlamento.

Fará sentido dar por concluídos os trabalhos de uma comissão que pretendia analisar a “concessão e gestão de crédito desde o ano de 2000” sem ver e avaliar esses créditos? O “apuramento da verdade” pedido pelo Tribunal ficará para outras núpcias ou para outras comissões.

3. E também não querem ver os SMS de Mário Centeno

Como se não bastasse o ponto 2) e o ponto 3), eis que agora ficámos a saber que PS, PCP e BE também não querem ver e discutir a troca de correspondência que António Domingues enviou para a Comissão e que o ECO revelou em primeira mão. E ainda menos os SMS que pelos vistos comprometem, e de que maneira, o ministro das Finanças.

Argumenta a esquerda que tal correspondência não cabe no âmbito do objeto da comissão de inquérito. Só pode ser má vontade. É que na alínea c) da Resolução da Assembleia da República n.º 122/2016, que define o objeto da comissão de inquérito, cabe tudo o que se queira investigar na Caixa.

Enquanto João Galamba e Marcelo Rebelo de Sousa fazem o jogo do ‘quem vai entalar quem primeiro’, o líder da bancada parlamentar do PS Carlos César veio sugerir à direita que faça uma outra comissão de inquérito, eventualmente para perceber se Mário Centeno terá mentido aos portugueses e ao Parlamento. A direita devia aceitar a sugestão. O caso é suficientemente grave para tal. E se quisessem nessa comissão alternativa chamar Armando Vara e analisar a lista dos devedores da Caixa, também não vinha mal ao mundo. Era capaz era de vir a verdade.

O Like & Dislike é um espaço de opinião.

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