“Já está pelo menos na altura de os outlooks começarem a ser um pouco mais positivos”

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 18 Abril 2017

A economia está melhor, as contas públicas controladas e o sistema financeiro mais estabilizado, defendeu hoje Pedro Marques no ECO Talks.

Pedro Marques no ECO Talks.ECO

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas afirmou esta terça-feira que o caminho traçado por Portugal é positivo e, referindo-se às avaliações das agências de rating, diz que “já está pelo menos na altura de os outlooks começarem a ser um pouco mais positivos”.

“Isso parece-me bastante evidente”, frisou Pedro Marques no ECO Talks. De acordo com o ministro, está em causa “uma questão objetiva”, já que a “economia está melhor”, “o sistema financeiro está muito mais estabilizado” e “as contas públicas estão controladas”.

A “trajetória de redução da dívida pública está a iniciar-se neste ano em particular”, adiantou ainda, embora reconhecendo que esta ainda atinge níveis elevados, tal como os créditos em risco de incumprimento. Ainda assim, o caminho traçado por Portugal já vai nesse sentido, de “começar a ter pelo menos a revisão positiva dos outlooks e alguns analistas já começam a dar sinais”, notou Pedro Marques.

Questionado sobre um eventual agravamento da taxa de juro da dívida portuguesa, Pedro Marques salientou que “a manutenção de um spread tão grande” em relação a outros países como Itália, Espanha ou Alemanha “parece fazer indiciar que os mercados já descontaram uma menor ação futura do Banco Central Europeu relativamente à nossa dívida pública”.

“Parece poder dizer-se, há pelo menos muitos analistas que dizem que os nossos níveis de taxas de juros atuais já descontam essa menor ação futura do Banco Central Europeu, se ela vier a a ocorrer”, adiantou.

Neste caso, talvez os maiores riscos que subsistam sejam “sobretudo do enquadramento externo do ponto de vista económico“, afirmou Pedro Marques apontando para a incerteza internacional marcada pelo cenário de eleições. “Temos riscos de enquadramento externo que não são negligenciáveis e que temos de estar muito atentos”, ressalvou. Porém, o governante acredita que os europeus “façam escolhas europeístas”, de uma “Europa integrada”.

Reveja o ECO Talks na íntegra aqui.

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Conselho de Finanças diz que previsão para 2017 é “prudente”

  • Margarida Peixoto
  • 18 Abril 2017

O organismo liderado por Teodora Cardoso dá parecer sobre o Programa de Estabilidade para 2017-2021. Os peritos consideram as previsões para este ano "prováveis" mas alertam para riscos futuros.

O Conselho de Finanças Públicas considera que as previsões macroeconómicas apresentadas pelo Governo no Programa de Estabilidade 2017-2021 são “prováveis” e até “prudentes” para o primeiro ano, mas arriscadas para o resto do horizonte em análise. Faltam medidas que justifiquem a composição do crescimento esperado pelo Executivo para os próximos anos, defendem. O parecer do organismo liderado por Teodora Cardoso foi enviado esta terça-feira para a Assembleia da República.

“As previsões efetuadas para 2017 afiguram-se como prováveis, tendo em conta a informação disponível, podendo mesmo a previsão oficial para o consumo privado ser considerada prudente”, lê-se no documento. O ministro das Finanças espera um crescimento económico de 1,8% para este ano, sustentado sobretudo na procura interna (1,7 pontos percentuais), mas com um ligeiro contributo positivo das exportações líquidas, de 0,1 pontos percentuais.

Esta previsão vai ao encontro das projeções divulgadas no final de março pelo Conselho das Finanças Públicas. Nesse exercício de projeção, os peritos colocavam 1,7% como projeção central de crescimento para 2017, mas Teodora Cardoso, presidente do Conselho Superior, admitiu que o valor era cauteloso e que poderia atingir 1,8%.

Agora, o CFP explica que é razoável admitir que, na primeira metade deste ano, o crescimento do PIB venha até a ser superior a 1,8%, apoiado no dinamismo que a economia alcançou no final de 2016. Mas no segundo semestre, é de esperar que a taxa de variação do PIB seja mais curta, desde logo por causa dos efeitos da base de comparação — o crescimento compara com um período do ano passado em que a atividade económica já foi mais expressiva.

Ainda assim, os especialistas em finanças públicas notam que “a previsão de uma desaceleração das importações em 2017 comporta alguns riscos.” Isto porque se, por um lado, há que ter em conta que a diminuição do consumo privado deverá fazer abrandar as compras ao exterior, por outro, a aceleração das exportações e do investimento deverão promover o efeito inverso, já que ambos apresentam “um conteúdo importado significativo”, explicam.

A redução da taxa de desemprego constante do cenário para 2017 parece sustentável no contexto da aceleração do PIB real.

Conselho das Finanças Públicas

Parecer sobre as previsões macroeconómicas do Programa de Estabilidade 2017-2021

Também a previsão para o consumo público (uma contração de 1% em termos reais) merece algum cautela por parte do CFP: não foi isso que aconteceu em 2016 e a concretização desta previsão “depende da intenção de assegurar um rácio de novas contratações por cada saída de trabalhadores na função pública inferior a um até 2020, com maior impacto em 2017.” Ora, esta mesma meta — autorizar apenas uma contratação por cada duas saídas de funcionários públicos — não foi cumprida no ano passado, já que o número de efetivos aumentou.

Já para o mercado de trabalho, pelo contrário, as expectativas do ministro Mário Centeno são verosímeis: “A redução da taxa de desemprego constante do cenário para 2017 parece sustentável no contexto da aceleração do PIB real”, diz o CFP.

Cenário para 2018-2021 levanta muitas dúvidas

Contudo, se no que toca a este ano há alguma sintonia, na projeção para o horizonte de 2018 a 2021, o CFP vê riscos: “Quanto às previsões para o período de 2018 a 2021, o conhecimento incompleto das medidas que fundamentem o redirecionamento da FBCF [formação bruta de capital fixo, o investimento] e a moderação do consumo privado face ao aumento do rendimento disponível sugere um risco para a composição do crescimento, de que depende a sua sustentabilidade.”

Este risco “é particularmente assinalável no que respeita ao contributo positivo da procura externa líquida em todo o horizonte de previsão”, sublinha o documento, explicando que “na ausência de ganhos de termos de troca”, este contributo “tem de assentar em ganhos permanentes de quota de mercado, e/ou numa evolução contida das importações.”

Ora, com a taxa de desemprego a baixar e as remunerações médias por trabalhador a subir, o CFP duvida que o consumo privado se mantenha contido da forma que o Governo prevê. E se esta previsão falhar, as importações são arrastadas em alta, diminuindo, por essa via, o contributo líquido da procura externa para o crescimento. Além disso, um crescimento mais expressivo do consumo privado prejudica o direcionamento do investimento para os setores transacionáveis e que promovem a sustentabilidade do crescimento económico.

Ou seja: o CFP até considera que a composição do crescimento prevista no Programa de Estabilidade, que assenta no dinamismo do investimento e das exportações é “a mais adequada para a sustentabilidade da economia portuguesa”. Contudo, não identifica as medidas que justificam que se acredite que essa será, de facto, a composição do crescimento nos próximos anos.

A evolução prevista neste cenário é a mais adequada ao crescimento sustentado da economia portuguesa, mas a experiência mostra que nem a abundância de financiamento, nem um enquadramento externo favorável, dão condições suficientes para garantir a sua concretização.

Conselho das Finanças Públicas

Parecer sobre as previsões macroeconómicas do Programa de Estabilidade 2017-2021

O relatório frisa que “as projeções realizadas por outras instituições oficiais apontam para um perfil de desaceleração da economia portuguesa no médio prazo”, ao contrário do que consta do Programa de Estabilidade, mas reconhece que tal como o próprio CFP, as instituições internacionais em causa não conhecem as medidas que o Executivo de António Costa pretende implementar nos próximos anos — as projeções são realizadas num cenário de políticas invariantes.

É por isso que o CFP escreve que “as medidas relativas à política fiscal e outras que contribuam para fundamentar as alterações de comportamento dos agentes económicos implícitas nas decisões de consumo e de investimento” são “cruciais” para avaliar a coerência do cenário apresentado pelo Governo.

O CFP nota que a data de divulgação do Programa de Estabilidade foi antecipada para 13 de abril e que só nesse mesmo dia o Conselho recebeu o cenário final sobre o qual agora se pronuncia. Por isso, não foi ainda possível incorporar no parecer a análise detalhada que o organismo irá fazer, explica o documento.

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Reino Unido vai a eleições antecipadas a 8 de junho

Theresa May tomou a decisão "de forma relutante", para procurar apoio para as decisões relacionadas com o Brexit. A proposta de eleições antecipadas será votada no Parlamento na quarta-feira.

O Reino Unido vai a eleições antecipadas. O anúncio foi feito, esta manhã, por Theresa May, que indica a data de 8 de junho para a realização das eleições. A primeira-ministra britânica quer, assim, assegurar “estabilidade” e procurar apoio por parte dos eleitores para que possa avançar com o processo de saída da União Europeia.

“Precisamos de eleições gerais e precisamos delas agora”, disse a primeira-ministra britânica, à porta do número 10 de Downing Street, em declarações transmitidas pela BBC News. “Cheguei a esta conclusão de forma relutante. A única forma de garantir certeza e estabilidade para os próximos anos é fazer esta eleição e procurar o vosso apoio para as decisões que tenho de tomar”, acrescentou.

Theresa May muda, assim, de posição, depois de ter garantido sempre que as eleições antecipadas estavam fora de questão. Num anúncio surpresa, a primeira-ministra britânica justificou a decisão com a falta de apoio por parte do Parlamento britânico. “O país está a unir-se, mas Westminster não está”, sublinhou.

A primeira-ministra refere-se aos sucessivos travões que os deputados britânicos têm tentado impor ao Brexit. Apesar de o Artigo 50 do Tratado de Lisboa já ter sido acionado, permitindo dar início ao processo de saída da União Europeia, os deputados têm alterado várias normas da lei do Brexit. O maior golpe foi em março, quando a Câmara dos Lordes aprovou uma alteração que garante os direitos dos europeus que já residem no Reino Unido.

“É com forte convicção que digo que as eleições são necessárias para assegurar a forte liderança de que o país precisa” para avançar no processo de saída da União Europeia, disse ainda May, apelando a todos os partidos que avancem com as suas próprias propostas para o processo de saída da União Europeia.

A proposta de eleições antecipadas será votada pelos deputados na quarta-feira.

(Notícia atualizada às 11h35 com mais informações).

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Turismo cresce em todo o país. Centro acentua crescimento

  • Lusa
  • 18 Abril 2017

Turismo com números recorde é acentuado pelo crescimento da zona centro do país.

O número de hóspedes na região Centro aumentou mais de dois dígitos (11,49%) entre fevereiro de 2016 e fevereiro de 2017, segundo dados preliminares divulgados pelo INE (Instituto Nacional de Estatística) na página oficial.

“A atividade turística no Centro de Portugal continua a crescer em ritmo acelerado, o que deixa antever mais um ano extremamente positivo para o setor nesta região”, vaticina a Entidade Regional de Turismo do Centro, liderada por Pedro Machado, que, num primeiro comentário aos números do INE, garante que “o Centro está na moda”.

No total, o mês de fevereiro de 2017, em comparação com o de fevereiro de 2016, passou de 149.861 hóspedes para 167.075, um aumento de 11,49%.

Em igual período, o número de dormidas cresceu 9,37%: em fevereiro de 2016 tinham sido 237.652, em fevereiro de 2017 foram 259.887.

Especial destaque merece o crescimento nas dormidas de turistas estrangeiros, que aumentaram 14,49%: de 72.453 em fevereiro de 2016 para 82.953 no mesmo mês de 2017.

Já as dormidas dos turistas nacionais subiram 7,12% na comparação entre os dois meses, de 165.179 para 176.934.

“É de realçar, ainda, que os proveitos da atividade hoteleira cresceram 9,18%, de 10,94 milhões de euros em fevereiro do ano passado para 11,94 milhões em fevereiro deste ano – mais um milhão de euros que as unidades hoteleiras ganharam num mês”, destaca a Turismo Centro de Portugal, entidade que estrutura e promove o turismo na Região Centro do país, abrangendo cem municípios.

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Um fundo de alto risco sem risco? Há quem prometa, mas os reguladores desconfiam

  • ECO
  • 18 Abril 2017

A Statim H promete zero de perda de capital para investimentos no fundo Arjun, um fundo de alto risco. Investidores insatisfeitos apoiam as suspeitas levantadas após falhas nas auditorias.

A contradição presente na promessa da Statim Holdings é evidente: zero perdas, portanto zero risco, num fundo de… alto risco. É uma contradição tão grande que está a chamar à atenção do regulador do mercado de capitais norte-americano, a SEC. Está a investigar uma promessa que parece impossível de cumprir depois das muitas queixas já apresentadas pelos investidores.

Na origem da investigação estão as alegações de um secretário de estado, Brian Kemp, que diz ter descoberto “múltiplas irregularidades” dentro da firma e do fundo de cobertura que promete zero perdas, o Arjun, após a gestora ter falhado a submissão de uma auditoria surpresa em 2015. Os investidores detetaram ainda incongruências entre os seus contratos e os investimentos feitos pelo fundo de cobertura, pelo que as queixas anónimas se acumulam e adensam as suspeitas.

Meyer explica que utiliza um sistema próprio para gerir o dinheiro dos seus clientes, mas que a maior parte dos investimentos se destinam a produtos seguros como obrigações do Tesouro americano. O fundo propõe um investimento a dez anos. Os investidores que pretendam cessar o acordo antes do final do prazo comprometem-se a perder 50% do capital. O CEO da Statim Holdings, Joseph A. Meyer, representado pelo advogado Sadow, desvaloriza a investigação, assumindo-a como um procedimento de rotina.

Apesar da tranquilidade manifestada pelo CEO relativamente à investigação, este é acusado pelos investidores de se ter distanciado e agido de “forma hostil” quando solicitado no sentido de cessar o investimento, cedendo apenas quando ameaçado de procedimentos legais.

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Revista de imprensa internacional

O El País publica, esta terça-feira, uma grande entrevista a Christine Lagarde, no mesmo dia em que a imprensa brasileira dá a conhecer novos desenvolvimentos do caso Lava Jato.

Na Europa, Christine Lagarde fala sobre a saída da “grande crise” e os riscos que o mundo ainda enfrenta, em entrevista aos meios da Leading European Newspaper Alliance, enquanto França se prepara para a primeira volta das eleições presidenciais no meio de várias manifestações. Do outro lado do Atlântico, o caso Lava Jato conhece novos progressos e Donald Trump poderá ter de atrasar os seus planos para a “ambiciosa” reforma fiscal”.

El País

FMI quer reforma laboral em Espanha

“Gostaria de prestar tributo à capacidade de resistência de um país que pôs em marcha reformas sérias e sólidas”. É desta forma que Christine Lagarde começa por responder à pergunta “o que deveria fazer Espanha para chegar forte à próxima crise?”, numa entrevista que concedeu aos meios da Leading European Newspaper Alliance (LENA). Ao El País, a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI) reconhece que os números melhoraram graças a estas reformas, critica a “dualidade” do mercado laboral espanhol, com trabalhadores muito expostos aos contratos a prazo e outros protegidos pelos contratos sem termo. “Essa dualidade tem de ser abordada: uma das chaves da recuperação espanhola foi a determinação para fazer reformas; por exemplo, para solucionar a instabilidade do setor bancário e dos créditos tóxicos”, refere. Leia a entrevista completa no El País (conteúdo em castelhano / acesso gratuito).

Le Figaro

A cinco dias das presidenciais, França está em protesto

A cinco dias da primeira volta das eleições presidenciais, marcadas para 23 de abril, França está em protesto. As manifestações vêm de vários lados, como destaca o Le Figaro esta terça-feira: os trabalhadores da fábrica da Whirpool de Amiens, no norte do país, exigem aumentos salariais; os médicos internos estão em greve, em protesto contra a reforma do curso de medicina; os instrutores das escolas de condução contestam a “uberização” da profissão; os profissionais dos transportes opõem-se às reformas no setor. Leia a notícia completa no Le Figaro (conteúdo em francês / acesso gratuito).

Estado de São Paulo

Lula chama 87 testemunhas ao caso Lava Jato

Nova fase do processo Lava Jato. Esta segunda-feira, Sérgio Moro, o juiz à frente da investigação a um esquema bilionário de desvio e lavagem de dinheiro, que envolve políticos e gigantes como a Petrobrás, autorizou a defesa de Luiz Inácio Lula da Silva a ouvir 87 testemunhas. O antigo presidente do Brasil é acusado de praticar crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro, no âmbito de um caso em que a construtora Odebrecht terá subornado a Petrobras em 75 milhões de reais. Sérgio Moro determinou que Lula da Silva terá de estar presente em cada uma destas audições, procurando prevenir “a insistência na oitiva de testemunhas irrelevantes, impertinentes ou que poderiam ser substituídas”. Leia a notícia completa no Estado de São Paulo (conteúdo em português / acesso limitado).

Financial Times

Chumbo do plano de saúde atrasa reformas fiscais de Trump

O secretário de Estado do Tesouro norte-americano admitiu que o calendário para a “ambiciosa” reforma fiscal prometida por Donald Trump poderá ser atrasado. Em causa, o facto de o novo plano de saúde americano, que iria substituir o Obamacare, não estar a reunir apoio, mesmo junto dos deputados republicanos. Perante este cenário, Steven Mnuchin reconhece agora que o calendário definido inicialmente, que previa que a reforma fiscal estivesse pronta até agosto, é “altamente agressivo ou mesmo irrealista”. Assim, “é justo dizer que, provavelmente, [a reforma] será adiada por causa do plano de saúde”, diz o secretário de Estado.. Leia a notícia completa no Financial Times (conteúdo em inglês / acesso pago).

Bloomberg

Arábia Saudita prepara privatização dos aeroportos

A Arábia Saudita está a preparar uma onda de privatizações, fruto do impacto da desvalorização do petróleo. O próximo alvo são os aeroportos, que serão transferidos para o fundo soberano saudita até meados de 2018. Antes desta transferência, os aeroportos serão transformados em empresas, refere Faisal Al-Sugair, presidente da Saudi Civil Aviation Holding. Ao mesmo tempo, a autoridade da aviação civil saudita deixará de ser, em simultâneo, operadora e reguladora. O maior objetivo da Arábia Saudita é atrair investimento nos aeroportos, numa tentativa de fazer renascer a indústria aeronáutica do país. Leia a notícia completa na Bloomberg (conteúdo em inglês / acesso pago).

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Portugal 2020 está em “velocidade cruzeiro” e acima da execução do QREN

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 18 Abril 2017

Pedro Marques fala sobre fundos comunitários no ECO Talks.

Pedro Marques no ECO Talks.ECO

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas afirmou esta terça-feira que o programa Portugal 2020 atingiu “velocidade cruzeiro” e já está acima da execução do QREN.

E isto sem fazer nenhuma “habilidade”, atirou Pedro Marques, criticando quem junta nesta contabilização também os fundos para a agricultura.

Sem contar com os fundos da agricultura, “posso dizer que estamos acima dos níveis de execução do QREN”, incluindo nos apoios ao investimento das empresas, disse Pedro Marques no ECO Talks. O ritmo médio de pagamentos ascende a 80 milhões de euros por mês, acrescentou.

No ano passado, ainda foram pagos 200 milhões de euros atrasados às empresas, adiantou ainda Pedro Marques.

Acompanhe aqui o direto.

 

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Acidente em Tires: relatório não estará concluído antes do prazo de um mês

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 18 Abril 2017

Pedro Marques está ser ouvido no ECO Talks.

Pedro Marques no ECO Talks.ECO

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas afirmou esta terça-feira que o relatório sobre o acidente em Tires não estará concluído antes do prazo de um mês.

Falando no ECO Talks, Pedro Marques sublinhou que a natureza do acidente exige uma “investigação detalhada” e pediu “serenidade”. Salientou, porém, que o setor aeronáutico é de “elevadíssima segurança”.

Para o ministro, “a avaliação serena do que ocorreu” é a melhor forma de garantir a “segurança de pessoas e bens para o futuro”. Por isso mesmo, “antes de um mês não teremos elementos suficientes” para avaliar as causas, indicou ainda.

A atividade em Tires vai continuar, adiantou ainda Pedro Marques.

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Governo admite fasear redução do IRS até 2019

O Executivo da António Costa admite que, se o aumento da progressividade do IRS ultrapassar a margem orçamental prevista para 2018, essa medida terá de ser faseada.

Catarina Martins admitiu, na segunda-feira, que o aumento do número de escalões de IRS poderá ter de ser feito em mais do que um Orçamento do Estado, uma vez que este aumento da progressividade do IRS custa dois mil milhões de euros. E o Governo está aberto a esta ideia, noticia o Público (acesso limitado) na edição desta terça-feira.

Fonte próxima do processo explica ao Público que, se a medida ultrapassar a margem orçamental prevista para 2018, então, “terá de ser faseada”.

A intenção do Governo é reverter as medidas implementadas por Vítor Gaspar em 2013, que eliminou três escalões de IRS, passando, assim, a haver cinco escalões, que se mantêm até hoje. Agora, o Executivo de António Costa planeia reduzir os impostos já no próximo ano.

Para já, o que está previsto no Programa de Estabilidade é uma verba de 200 milhões de euros, destinada a uma “medida de apoio a famílias de baixos rendimentos, com o objetivo de aumentar a progressividade” do IRS.

Mas estes 200 milhões não se destinam ao aumento do número de escalões, como fez questão de sublinhar a líder do Bloco de Esquerda, à saída do encontro com Marcelo Rebelo de Sousa, que recebeu os partidos na segunda-feira para analisar o Programa Nacional de Reformas e o Programa de Estabilidade. “O enorme aumento de impostos reside naquilo que foi a concentração em cinco escalões”, esclareceu Catarina Martins.

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Santander emite dois mil milhões de dívida convertível em ações

O banco espanhol vai fazer uma "colocação acelerada" de títulos para reforçar os fundos próprios em dois mil milhões de euros.

O Santander vai emitir dois mil milhões de euros de dívida convertível em ações, numa operação destinada apenas a investidores qualificados, anunciou o banco espanhol, esta terça-feira, em comunicado enviado ao mercado.

“O Banco Santander comunica que a sua comissão executiva acordou levar a cabo uma emissão de participações preferenciais convertíveis em ações ordinárias do banco, em nova emissão”, pode ler-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Os acionistas do Santander não terão direito de subscrição preferencial nesta operação, que terá um valor nominal de dois mil milhões de euros, refere o banco.

Estes instrumentos são os chamados CoCos, os mesmos que os bancos portugueses emitiram em 2012 para serem subscritos pelo Estado. Os instrumentos, detalha ainda o Santander, dirigem-se “exclusivamente a investidores qualificados”.

O banco espanhol procura, assim, reforçar os fundos próprios para responder às exigências europeias relativamente à absorção de perdas. Ao longo deste ano e do próximo, o Santander pretende emitir entre 43 mil milhões e 57 mil milhões de euros.

Os termos da operação serão anunciados em breve, diz ainda o banco espanhol. Isto porque o processo será feito através de uma “colocação acelerada”, ou seja, o Santander vai procurar investidores dispostos a comprar estes títulos e fixará um preço final para encerrar a oferta o mais rapidamente possível.

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Já foram processados 130 mil reembolsos do IRS

Segundo o Ministério das Finanças, os reembolsos do IRS estão a ocorrer a todo o gás. A ajudar está o IRS Automático e o prazo único de entrega, independentemente dos rendimentos dos contribuintes.

O Ministério das Finanças divulgou esta terça-feira que já foram processados 130 mil reembolsos do IRS. Ao todo, até à manhã desta segunda-feira, foram entregues 1,7 milhões de declarações. Desse valor, 376 mil foram submetidas através do IRS automático. Com base nestes dados, o Governo espera que se verifique uma redução do prazo médio de reembolso face a anos anteriores, depois de esse prazo ter subido de 2015 para 2016, de 30 dias para 36 dias.

Em comunicado enviado às redações esta terça-feira, o Ministério das Finanças revela que “os primeiros três mil reembolsos relativos ao IRS automático já foram processados no dia 11, tendo chegado à conta bancária dos contribuintes a partir da última quarta-feira”. Já na semana passada o ministro das Finanças, Mário Centeno, tinha dito na Assembleia da República que as primeiras 55 mil liquidações do IRS Automático seriam efetuadas até quinta-feira.

O compromisso do Executivo é que, em 2017, “o prazo médio de reembolso seja inferior ao do ano passado, quer para os contribuintes ao abrigo do IRS automático, quer para os contribuintes que ainda entregam a declaração nos termos habituais”. Em 2015, esse prazo médio foi de 30 dias, período que já com o atual Ministério das Finanças aumentou para os 36 dias em 2016.

Este ano, o gabinete de Mário Centeno registou um aumento das entregas registadas em 10% nos primeiros 17 dias do período de entrega do IRS 2016. “Um aumento que pode ser justificado pela facilidade de entrega do IRS automático e, também, pela aplicação de um prazo único de entrega, entre 1 de abril e 31 de maio, independentemente das categorias dos rendimentos dos contribuintes”, acrescenta o comunicado.

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Bolsas voltam da Páscoa em alta

Retalhistas e BCP estão a impulsionar a bolsa, que reabriu esta terça-feira depois da pausa para a Páscoa.

As principais praças europeias reabriram esta terça-feira, depois de uma pausa para a Páscoa, e voltaram no verde. Por cá, o PSI-20 interrompeu o ciclo de quedas registado na semana passada e segue em alta ligeira, à boleia do BCP e do setor do retalho.

O PSI-20 está a valorizar 0,09%, para os 4.969,23 pontos, com oito cotadas em alta, nove em queda e duas inalteradas. A impulsionar a bolsa de Lisboa está o setor do retalho, com a Jerónimo Martins a subir 0,2%, para os 16,76 por ação, e a Sonae a avançar 0,54%, para 93 cêntimos.

Também a contribuir para esta valorização está o BCP, que sobe 0,51%, para 18 cêntimos por ação.

A maior subida é a da Mota Engil, que avança 2,06%, para 2,33 euros. A construtora está a corrigir das quedas registadas no final da semana passada.

A impedir maiores ganhos está a Galp, que recua 0,55%, para os 14,49 euros por ação, numa altura em que o petróleo está a desvalorizar nos mercados internacionais. O barril de brent está a perder 0,02% e negoceia nos 55,35 dólares por barril. A petrolífera está ainda a ser penalizada depois de, esta manhã, ter anunciado os resultados operacionais preliminares do primeiro trimestre. Apesar de a produção de petróleo e as vendas de gás e eletricidade terem melhorado, na área de refinação e distribuição, aquela que tem maior peso para a empresa, as vendas recuaram neste período.

No resto da Europa, a tendência também é de subidas ligeiras, com as principais praças a serem suportadas pelo setor mineiro.

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