Moody’s aplaude nova injeção do Estado no Novo Banco
O Estado, através do Fundo de Resolução, terá de injetar entre 700 e 800 milhões no Novo Banco já este ano. Um reforço que a Moody's vê com bons olhos, pois permite acelerar a limpeza do balanço.
O Fundo de Resolução vai ter de injetar mais capital no Novo Banco para manter os rácios. Um reforço, entre 700 e 800 milhões de euros, que a Moody’s vê com bons olhos. A agência de notação financeira afirma que esta injeção vai permitir que o banco liderado por António Ramalho acelere a limpeza do balanço.
“Este plano é positivo para a qualidade do crédito do Novo Banco porque vai receber fundos próprios adicionais. Estes fundos vão ajudar o Novo Banco a acelerar a limpeza do balanço, que está a ser pressionado por um montante muito elevado de ativos problemáticos”, afirma Pepa Mori, analista responsável pelo Novo Banco na Moody’s.
Foi na semana passada que o secretário de Estado adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, confirmou que o Fundo de Resolução vai injetar mais dinheiro no Novo Banco este ano, através do mecanismo de capital contingente.
"Este plano é positivo para o crédito do Novo Banco porque o banco vai receber fundos próprios adicionais. Estes fundos vão ajudar o Novo Banco a acelerar a limpeza do balanço, que está a ser pressionado por um montante muito elevado de ativos problemáticos.”
“Com base na informação financeira reportada no final de junho de 2017 pelo Novo Banco, estimamos que o rácio de ativos problemáticos é de 39% com uma cobertura modesta de 43%“, refere a analista da Moody’s.
Apesar de reconhecer uma melhoria da posição de capital da instituição financeira, agora detida pelos norte-americanos da Lone Star, Pepa Mori nota que as “almofadas de capital do Novo Banco continuam a ser desafiadas pelo elevado stock de crédito malparado, que exige um esforço contínuo de provisionamento” e que é um “grande constrangimento à solvência do Novo Banco”.
É por isso que esta nova injeção, que deve ficar, como avançou o ECO, “um pouco abaixo dos 850 milhões de euros”, vai “reforçar a cobertura de imparidades do Novo Banco ou ajudar a assumir de forma mais rápida perdas com os ativos problemáticos”. A recapitalização também vai ajudar o Lone Star, diz a analista da Moody’s, a “implementar a reestruturação do Novo Banco que ficou definida quando comprou o banco”.
(Notícia atualizada às 12h31 com mais informação)
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