Analistas mais pessimistas afundam ações da Mota-Engil e da Nos. Bolsa fecha no vermelho
Bolsa nacional encerrou em queda após três sessões de ganhos, em sintonia com a Europa. Revisões em baixa de avaliações conduziram a um tombo de 8% às ações da Mota-Engil e de 5% às da Nos.
A praça bolsista nacional teve um dia “não”, tropeçando após três sessões seguidas de ganhos. O PSI-20 terminou com perdas, acompanhando o sentimento dos pares europeus, num dia marcado pelo tombo das ações da Mota-Engil e Nos.
O PSI-20 terminou a desvalorizar 0,23%, para os 5.425,94 pontos, com dez títulos no vermelho e oito em alta. Nem os ganhos do BCP e dos títulos da energia foram suficientes para contrariar o rumo do índice bolsista nacional.
A evolução do PSI-20 acabou por ser condicionada pela derrapagem das ações da Mota-Engil e Nos, cujos títulos desvalorizaram 8,49% e 4,98%, respetivamente, para os 3,505 e 4,846 euros. Qualquer dos títulos cedeu à pressão dos analistas, já que foram alvo de revisões em baixa de avaliação.
O Barclays cortou o preço-alvo que atribui à telecom para 5,8 euros, incorporando uma evolução tímida dos KPI-key ‘performance indicators’ em 2018, com os rivais a expandirem a sua rede de fibra e provável dificuldade em subir os preços após a reação negativa de consumidores e regulador em dezembro. “Os resultados da Nos entregaram uma antecipada subida substancial do dividendo, mas tendência de KPI algo contida”, disseram os analistas do banco numa nota de research citada pela Reuters.
Já a Mota-Engil foi alvo de um downgrade da sua avaliação por parte do Santander, com esta a passar de “forte compra” para “manter”, com um preço-alvo de 4,5 euros.
Mota-Engil derrapa
Referência negativa ainda para o recuo de 2,48%, para os 3,14 euros, dos títulos dos CTT, enquanto a Pharol deslizou 3,98%, para os 24,1 cêntimos por ação.
Mas o rumo do PSI-20 foi também fortemente condicionado pelo peso pesado Jerónimo Martins. As ações da retalhista desvalorizaram 0,91%, para os 15,205 euros.
Em sentido contrário, o principal destaque recai sobre o BCP. As ações do banco liderado por Nuno Amado lideraram os ganhos do PSI-20, registando uma subida de 2,07%, para os 29,1 cêntimos.
No mesmo sentido, referência para o ganho dos títulos do setor energético, com a EDP a ter a maior subida. As ações da elétrica valorizaram 1,33%, para os 3,05 euros, somando a oitava sessão consecutiva de subidas. Já as ações da sua participada EDP Renováveis aceleraram 0,61%, para os 7,445 euros.
(Notícia atualizada às 17h00 com mais informação)
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