Alexandre Fonseca: Despedimentos “não estão na nossa lista de prioridades”
Alexandre Fonseca, CEO da Altice, tem como objetivo a paz social dentro da empresa. Para isso conta com João Proença, ex-líder da UGT, para negociar com o sindicatos.
Alexandre Fonseca, presidente executivo da Altice Portugal, tem como grande objetivo a paz social dentro da operadora e para isso conta com João Proença, ex-líder da UGT para negociar com os sindicatos. Em entrevista ao Diário de Notícias, o CEO descarta a hipótese de despedimentos. “Neste momento esse é um tema que não está na nossa prioridade, na nossa lista de atividades”, diz.
“Não está nada previsto [em termos de despedimentos], portanto o nosso objetivo é criarmos estabilidade laboral e contamos com todos os colaboradores que estejam produtivos e empenhados em colaborar de forma ativa neste projeto ambicioso, de continuar a liderar o setor das telecomunicações e tecnologias da informação em Portugal”, afirma o gestor.
Sempre com a paz social em mente, Alexandre Fonseca fala da criação da novo Conselho Consultivo para as Relações laborais “o único em Portugal em organizações desta dimensão”. Reconhece que coloca um grande ênfase nesta estrutura e destaca a importância de alocar pessoas com perfil certo. “Eu próprio tive oportunidade de falar, e estamos em contacto neste momento, com o engenheiro João Proença (ex-líder da UGT), que é um dos convidados e que teve já um conjunto de conversas connosco para que assuma uma participação ativa e para ser um dos líderes deste Conselho Consultivo”, adianta. Tudo em prol, diz, da paz social social: “queremos e vamos ter estabilidade laboral na Altice em Portugal”.
"Neste momento esse é um tema [o dos despedimentos] que não está na nossa prioridade, na nossa lista de atividades”
Uma paz social que tem sido perturbada pelas notícias de despedimentos e transferências de trabalhadores para outras entidades. Apesar de dizer que os despedimentos não estão no horizonte da Altice, neste momento, o gestor deixa um aviso: “qualquer gestor que assuma compromissos ad eternum e sem um time frame é irrefletido”. Para Alexandre Fonseca é preciso “viver a vida das organizações à luz daquilo que são os momentos que atravessam”.
Alexandre Fonseca revela que está prestes a fechar o acordo com os sindicatos mas reconhece que não é possível agradar a todos. “Fruto deste trabalho, hoje temos já vários caminhos apontados. Temos algumas estruturas que ainda não compreenderam a importância do diálogo e da flexibilidade e temos já algumas estruturas sindicais que foram capazes de compreender aquilo que é o nosso trabalho em prol do desenvolvimento desta paz social interna e que connosco estão já a trabalhar no sentido de chegarem a um acordo sobre alguns temas que têm vindo a ser discutidos. Isto é fruto de um trabalho que vamos ser muito honestos, não podemos agradar a todos” reconhece o gestor até porque alguns “não têm como objetivo ser agradados, apenas causar distorção”.
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