Volvo avisa EUA: tarifas à importação podem ameaçar investimentos

O construtor automóvel Volvo Cars advertiu, esta quinta-feira, a administração norte-americana de que os seus investimentos e a criação de empregos nos Estados Unidos podem estar em causa se se mexerem nas tarifas de importação de automóveis.

Propriedade da chinesa Geely, a Volvo Cars, que tem nos Estados Unidos o seu segundo maior mercado depois da China, disse à agência AFP que “acredita firmemente nas vantagens de investir e contribuir” para a prosperidade dos países onde tem as suas melhores vendas, mas advertiu para o facto de estar preocupada com a administração Trump, pois esta poderá “mexer nas tarifas” alfandegárias que incidem sobre os automóveis importados, à semelhança do já foi feito com o aço e o alumínio.

A Volvo Cars lembrou também que “está a investir e vai criar milhares de empregos na Carolina do Sul” até o final deste ano, com a abertura de uma fábrica de montagem para o ‘sedan’ S60.

Esta unidade terá capacidade para produzir 100.000 veículos por ano e a Volvo Cars que vendê-los nos mercados situados no sudoeste daquele Estado norte-americano.

Nos primeiros dez anos, a fábrica vai empregar 2.000 trabalhadores e até pelo menos 4.000 postos depois desta data.

Num estudo da Universidade de Charleston, citado pela Volvo Cars, a empresa estima em 8.000 os postos de trabalho indiretos que serão criados com esta fábrica de montagem.

A administração norte-americana disse, esta quinta-feira, que estava a decorrer uma investigação sobre as importações de veículos para o país com o objetivo de “determinar o seu impacto na segurança nacional”, uma decisão “difícil de entender” por parte da União Europeia e pela própria Volvo Cars.