Trabalhadores do Infarmed não querem ir para o Porto? “Se eles não quiserem, outros quererão”, diz Rui Moreira
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, salientou esta segunda-feira que o Infarmed deve estar sediado no Porto a 1 de janeiro de 2019.
O presidente da Câmara Municipal do Porto sublinhou esta segunda-feira que o Infarmed deve estar sediado no Porto a partir de 1 de janeiro de 2019 e, confrontado com as reservas demonstradas pelos trabalhadores na mudança, avisou: “se eles não quiserem, outros quererão”.
“Não faltarão com certeza muitos funcionários públicos que são do Porto e que, por várias razões, porque não lhes foram concedidas oportunidades, também eles têm que ir para Lisboa, basta ir ali à estação de Campanhã à segunda-feira de manhã para perceber quantos têm que ir para Lisboa, para perceber que se eles não quiserem, outros quererão”, afirmou Rui Moreira em declarações transmitidas pela RTP3.
De acordo com o autarca do Porto, “os trabalhadores do Infarmed com certeza não têm o seu trabalho na função pública em risco”. “Compreendo e simpatizo mais com todos aqueles que todas as semanas vêm cá passar o fim de semana e porque cá não têm oportunidades à segunda-feira de manhã vão a Campanhã” e apanham o comboio para Lisboa, acrescentou.
Esta segunda-feira, o Jornal de Notícias avançou as conclusões do relatório do grupo de trabalho criado para avaliar o impacto da mudança, indicando que a deslocalização do Infarmed para o Porto pode melhorar funcionamento do instituto ao nível da produtividade. De acordo com Rui Moreira, o relatório vem confirmar que o “Infarmed está melhor no Porto do que em Lisboa” e “sendo melhor para o país, também é seguramente melhor para capital do país”.
Em conferência de imprensa, Rui Moreira defendeu que, “não havendo nada que tecnicamente impeça” a mudança, “seja estabelecido” um calendário que possibilite a deslocalização o mais rapidamente possível. Um “calendário que começa a 1 de janeiro de 2019, essa é a data em que o Infarmed deve estar sediado no Porto e a partir da qual rapidamente os seus principais serviços se devem deslocar”, disse. Mas o objetivo não se fica por aqui. “Queremos mais do que isso”, mas há um momento para transferir a sede e depois para a transferência de outras valências, disse.
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