Plano Juncker excedeu a meta. Mobilizou 335 mil milhões de euros de investimento. Portugal está em oitavo lugar
Portugal é o oitavo país que conseguiu ter mais investimento aprovado no âmbito deste plano em percentagem do PIB. Em causa estão 2,12 mil milhões de euros aprovados.
O Plano Juncker foi criado em julho de 2015 com a ambição de alavancar um investimento de 315 mil milhões de euros. Mas foi mais longe. Conseguiu mobilizar na economia europeia um investimento de 335 mil milhões, o que ajudou a aumentar o PIB da União Europeia em 0,6%, de acordo com os cálculos do Banco Europeu de Investimento. Portugal está entre os países que conseguiu ter mais investimento aprovado no âmbito deste plano em percentagem do PIB. Em causa estão 2,12 mil milhões de euros aprovados.
Grécia, Estónia e Lituânia são os três países que lideram este ranking. A Grécia, por exemplo, tem 2,67 mil milhões de euros aprovados pelo grupo BEI no âmbito do Fundo Europeu de Investimentos Estratégicos que alavancaram um investimento de 10,61 mil milhões de euros. Portugal surge em oitavo lugar com 2,12 mil milhões de euros aprovados, que alavancaram um investimento de 6,10 mil milhões de euros.
Recorde-se que, no início do ano, o vice-presidente do BEI esteve em Portugal e disse que no pipeline das operações com o país havia oportunidades “interessantes” nomeadamente ao nível da “aeronáutica, eficiência de transportes, turismo e habitação social e agroindústria”. Desde então o BEI já assinou contratos de investimento com projetos como a Casa Eficiente ou uma linha de 250 milhões de euros para ajudar as autarquias a fazer face à contrapartida nacional nos projetos financiados com fundos comunitários.
Ao todo o Fundo Europeu de Investimentos Estratégicos já aprovou 898 operações, que se traduzem na criação de mais de 750 mil postos de trabalho — um valor que deverá aumentar para 1,4 milhões até 2020–, mas também em 700 mil pequenas e médias empresas com acesso facilitado a financiamento.
“O Plano Juncker provou ser um sucesso. Ultrapassámos a meta original de investimento de 315 mil milhões de euros e o Fundo Europeu de Investimentos Estratégicos deverá criar mais de um milhão de postos de trabalho e aumentar o PIB da UE em 1% até 2020”, disse o presidente da Comissão Europeia, citado pelo comunicado do BEI. Já o vice-presidente Jyrki Katainen frisou que “o marco” alcançado “prova que a UE lidera na utilização de dinheiro privado para o bem público”.
Para além de financiar projetos inovadores — com o dos Laboratórios Basi, em Viseu, ou o da Science4you — o Plano Juncker apoiou outros objetivos comunitários como as políticas de transporte, social e digital:
- 15 milhões de novas casas com acesso a banda larga
- Construção ou renovação de mais de 500 mil casas a preços acessíveis
- 30 milhões de europeus beneficiaram de serviços de saúde melhorados
- 95 milhões de passageiros por ano beneficiam de melhores infraestruturas ferroviárias e urbanas
- 7,4 milhões de famílias abastecidas por energias renováveis
Tendo em conta o sucesso do Plano Juncker, o Conselho Europeu e o Parlamento europeu decidiram, no ano passado, prolongar a duração e capacidade do Fundo para 500 mil milhões de euros até final de 2020. Mas, depois o Plano tem já um sucessor, o Programa InvestEU.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Plano Juncker excedeu a meta. Mobilizou 335 mil milhões de euros de investimento. Portugal está em oitavo lugar
{{ noCommentsLabel }}