Greve de tripulantes? Ryanair espera estar a funcionar quase em pleno
A Ryanair espera cumprir 90% da operação para quarta-feira, no primeiro dia de greve de tripulantes, incluindo em Portugal, onde devem ficar por operar 50 voos.
A Ryanair espera cumprir 90% da operação agendada para quarta-feira, no primeiro dia de greve de tripulantes, incluindo em Portugal, onde devem ficar por operar 50 voos, segundo Kenny Jacobs, diretor de marketing da transportadora aérea.
Em véspera da paralisação dos tripulantes de cabine de Portugal, Espanha, Itália e Bélgica, o responsável acrescentou à agência Lusa que todos os 50 mil passageiros afetados pelos cancelamentos previstos tiveram a sua situação resolvida, a “maioria dos quais por reagendamento de voos”.
No âmbito da greve, que em Itália dura apenas 24 horas, a Ryanair decidiu cancelar voos, um número que em Espanha deverá chegar aos 400 e na Bélgica e em Portugal a 200.
A companhia irlandesa de baixo custo estima que os cancelamentos possam envolver até 50 dos mais de 180 voos diários operados de e para Portugal (27%).
Jacobs informou ainda terem decorrido esta semana reuniões com os sindicatos de pilotos e de tripulantes de cabine, o que “mostra a seriedade das duas partes” e que mais encontros serão agendados brevemente “para evitar mais greves”.
O responsável voltou a lamentar os cancelamentos que ocorrem no pico do verão, quando “mais famílias se deslocam de férias para o Algarve ou Andaluzia” e garantiu que continuam a ser respeitados os limites máximos de horas de voo dos seus funcionários.
Os sindicatos europeus dos tripulantes de cabine decidiram avançar para a greve para reclamarem a aplicação das leis laborais dos seus países, e não a irlandesa, assim como o reconhecimento dos representantes sindicais e as mesmas condições para os trabalhadores subcontratados pelas agências Workforce e Crewlink.
Numa nota divulgada segunda-feira, em que dava conta da descida em 20% dos seus lucros, no primeiro trimestre fiscal (até 30 junho), para 319 milhões de euros, a Ryanair avisou que as greves “desnecessárias” podem resultar em reduções da operação no inverno (entre outubro e março) e da frota, assim como no número de postos de trabalho.
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