“Ich weiss nicht, was sie sagen”. A resposta em alemão de Rui Rio ao caso José Silvano

  • Lusa e ECO
  • 8 Novembro 2018

O presidente do PSD fugiu às perguntas dos jornalistas sobre o caso do deputado e secretário-geral do PSD, José Silvano, relativo a falsas presenças em plenários do parlamento.

O presidente do PSD, Rui Rio, esquivou-se nesta quinta-feira às perguntas sobre o caso do deputado e secretário-geral do PSD, José Silvano, respondendo em alemão aos jornalistas no congresso do Partido Popular Europeu, em Helsínquia.

Um dia depois de vincar que as suas palavras “não são como os iogurtes, que têm validade de 30 dias”, para reiterar a confiança política no secretário-geral do PSD, Rui Rio respondeu em alemão às novas perguntas dos jornalistas sobre o caso José Silvano. “Ich weiss nicht, was sie sagen” (não sei do que estão a falar, em português), disse Rio.

Em passo apressado, à entrada para o congresso do PPE, que termina esta quinta-feira em Helsínquia, não cedeu aos apelos para falar em português, insistindo naquela que é a sua segunda língua.

As questões colocadas ao líder social-democrata incidiam sobre a decisão da Procuradoria-Geral da República de está a analisar o caso do deputado e secretário-geral do PSD, José Silvano, envolvido na polémica sobre falsas presenças em plenários do parlamento, para decidir “se há algum procedimento a desencadear”.

A Procuradoria-Geral da República encontra-se a analisar os elementos que têm vindo a público com vista a decidir se há algum procedimento a desencadear no âmbito das competências do Ministério Público”, referiu em resposta enviada à agência Lusa.

No sábado, o semanário Expresso noticiou que José Silvano não faltou a qualquer das 13 reuniões plenárias realizadas em outubro, apesar de em pelo menos um dos dias ter estado ausente.

Uma informação falsa, conforme o próprio admitiu ao Expresso, dado que na tarde de 18 de outubro esteve no distrito de Vila Real ao lado de Rui Rio, líder do partido, cumprindo um programa de reuniões que teve início às 15:30.

Apesar disso, alguém registou a presença do secretário-geral social-democrata logo no início da sessão plenária, quando passavam poucos minutos das 15:00.

Na quarta-feira, José Silvano assinou a folha de presença da comissão eventual para a Transparência, mas não assistiu à reunião. O parlamentar chegou à hora do início da reunião, 14:00, assinou a lista de presenças e deixou a sala onde decorreu a reunião, que se prolongou até cerca das 16:00, sem sequer chegar a sentar-se, e não mais voltou.

Questionado pelas 16:30, pela Lusa e pela Sábado, nos corredores da Assembleia da República, sobre os motivos da sua ausência da reunião, Silvano disse apenas que esteve a fazer trabalho político, sem querer especificar qual.

Instado a explicar como pode ter sido usada a sua password para registar presenças em plenário em dias em que esteve ausente, José Silvano considerou “não ter mais nada a explicar” e disse estar “de consciência tranquila e com energia para continuar”.

Na terça-feira, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, informou que pediu explicações aos serviços do parlamento sobre alegadas discrepâncias nos registos de presenças do deputado José Silvano, que concluem que outra pessoa terá utilizado a sua palavra-passe.

No mesmo dia, o próprio deputado e secretário-geral do PSD rejeitou que se tenha aproveitado de dinheiros públicos, sem explicar como existe uma falsa presença sua em plenário registada no parlamento, nem como a sua password foi usada por terceiros.

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PGR considera ilegal greve do Serviço de Registos

Depois de o Sindicato Nacional de Registos decretar uma greve ao longo de três meses, até ao fim do ano, a PGR emite um comunicado onde considera o protesto ilegal.

Depois de o Sindicato Nacional dos Registos (SNR) ter decretado greve até ao final do ano — entre 1 de outubro e 31 de dezembro –, a Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu um parecer onde considera o protesto ilícito, por não reunir “os requisitos essenciais das ações de greve juridicamente reconhecidas”.

O parecer foi pedido pelo próprio Ministério da Justiça, no dia 3 de outubro, no sentido “de esclarecer as dúvidas suscitadas quanto à licitude da greve”, segundo comunicado enviado às redações.

Durante os três meses em que a greve foi decretada, a ocorrer nos serviços do Instituto dos Registos e Notariado (IRN), caberia “a cada trabalhador decidir qual ou quais os dias em que exerceria o seu direito à greve”, segundo a nota da UGT, sindicato do SNR. Em causa para o protesto estão questões como o sistema remuneratório, a revisão das carreiras e a lei orgânica.

Em resposta ao solicitado, a PGR emitiu um parecer, a 25 de outubro, onde considera que a ação de protesto, denominada como “greve self-service”, não corresponde a um exercício conjunto e comparticipado por não ser uma ação concertada por parte de todos os trabalhadores — um requisito essencial para a greve ser juridicamente reconhecida.

O parecer menciona ainda, como segunda razão, que a comunicação do sindicato à imprensa “revelou que o aviso prévio emitido omitia informação relevante sobre o modo como a greve se iria desenrolar”.

“O Governo reconhece, como sempre reconheceu, o legítimo direito à greve dos trabalhadores tal como consagrado na Constituição e reitera a inteira disponibilidade para continuar o diálogo com todas as estruturas sindicais, com o mesmo empenho, respeito e preocupação que sempre demonstrou para com os trabalhadores do IRN”, conclui o comunicado do Ministério da Justiça.

No comunicado sobre a greve, o SNR dizia sentir-se “enganado por diversas vezes com falsas promessas da vontade da tutela em fazer justiça ao atual sistema remuneratório, com a finalidade de esbater as assimetrias salariais injustas e unanimemente consideradas desajustadas à realidade dos serviços”.

Na mesma nota podia ler-se que, em reunião negocial sobre o novo sistema remuneratório dos conservadores, notários e oficiais dos registos, foi-lhes transmitido que é intenção do Ministério da Justiça manter “as abismais assimetrias salariais” que se verificam no setor, onde dizem existir 11 quadros do IRN a auferir vencimento superior ao Presidente da República.

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As previsões de Bruxelas para Portugal em cinco pontos

  • ECO
  • 8 Novembro 2018

Não há boas notícias para Portugal. Com o abrandamento da Zona Euro, o PIB do país também vai travar, já o défice será o triplo do previsto pelo Governo.

Bruxelas reviu em baixa as estimativas de crescimento para os países europeus. O PIB da Zona Euro vai continuar a crescer, mas a um ritmo inferior, travão a que Portugal não fica indiferente. Vai crescer menos, as exportações vão abrandar, assim como a criação de emprego, enquanto o défice não será tão baixo quanto o previsto pelo Governo.

Conheça em cinco pontos as previsões da Comissão Europeia para Portugal:

Crescimento vai abrandar

Portugal vai crescer 2,2% este ano e não 2,3% como prevê o Executivo e para o próximo ano deverá abrandar para 1,8%, um desempenho quatro décimas abaixo do que o Governo inscreveu na proposta de Orçamento do Estado para 2019.

A Comissão Europeia também reviu em baixa as revisões que ela própria fez: esperava uma evolução de 2% da economia portuguesa em 2019, mas agora espera que seja apenas de 1,8%. E o cenário é ainda mais pessimista para 2020, ano em que a Comissão estima que Portugal cresça 1,7%.

Balança comercial piora

As exportações explicam o abrandamento da economia portuguesa. Do crescimento de 5,5% previsto para este ano, as vendas ao exterior deverão cair para 3,6% em 2020.“A balança externa deteriorou-se, ligeiramente, dadas as exportações de bens mais fracas do que o esperado e a um abrandamento do turismo”, justifica a Comissão Europeia.

Os preços do petróleo também afetaram negativamente os termos de troca e consequentemente a balança comercial. A Comissão Europeia estima que as importações continuem a crescer a um ritmo superior ao das exportações, embora também abrandem. Entre 2018 e 2020, a exportações líquidas deverão ter um contributo líquido negativo para o PIB. Um indicador que se agrava ao longo do período em causa (passará de -0,2% para -0,4%).

Crescimento do emprego mais brando

A Comissão Europeia prevê que a criação de emprego abrande de 2,2% este ano para 0,8% em 2020. Mas a taxa de desemprego essa vai continuar a descer. Deverá ficar 6,3% no próximo ano, em linha com as previsões do Governo. E vai chegar a 5,9% em 2020.

Ao mesmo tempo, a produtividade vai aumentar, tal como os salários dos portugueses em virtude do descongelamento das progressões nas carreiras e de “uma redução da estagnação do mercado de trabalho”.

Inflação continua baixa

Apesar do aumento dos preços da energia, a Comissão Europeia prevê que a inflação se mantenha baixa nos próximos anos. Antecipa, nas previsões de outono, que os preços cresçam 1,5% em 2018 “antes de acelerarem para 1,6% em 2019 e 2020”.

A taxa de inflação subjacente deverá “ficar abaixo da média em 2018, mas a situação deverá inverter-se gradualmente com os preços dos serviços a acelerarem em linha com os desenvolvimentos mais dinâmicos em termos de salários”, refere Bruxelas.

Sobre os preços das casas, que dispararam 11,2% no segundo trimestre, antecipa “um abrandamento do ritmo de crescimento devido ao aumento moderado da oferta”.

Procura interna ajuda défice, mas é muito maior que o previsto

Nas Previsões de Outono, a Comissão Europeia estima que o défice deste ano deverá cair para 0,7% devido ao aumento das receitas fiscais, à queda dos encargos com a dívida e a um investimento inferior ao orçamentado, embora haja o efeito negativo do Novo Banco. “Excluindo este efeito extraordinário, o défice deverá melhorar para 0,3%”, refere.

No entanto, para 2019, a Comissão Europeia não acredita nas contas de Mário Centeno, apresentadas a 15 de outubro, no Orçamento do Estado. Aponta para um défice de 0,6%, ou seja, três vezes superior ao estimado pelo Governo. Só descontando o efeito extraordinário do Novo Banco é que Bruxelas vê os 0,2% de Centeno.

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Revista de imprensa internacional

A Google quer aumentar a sua presença em Nova Iorque, e está à procura de edifícios para arrendar. Já a Ford quer entrar na área das scooters elétricas, e por isso adquiriu uma startup.

Várias empresas norte-americanas estão em fase de mudança. A tecnológica Google quer aumentar a sua presença em Nova Iorque, e está à procura de edifícios para arrendar. Já a Ford quer entrar na área das scooters elétricas, e por isso adquiriu uma startup de São Francisco. Já a Tesla anuncia quem vai ocupar o cargo de chairman, depois da saída de Musk. Veja estas e outras notícias que marcam as manchetes internacionais.

Reuters

Toshiba vende ativos e corta 7 mil postos de trabalho

A Toshiba vai liquidar a unidade nuclear no Reino Unido e vender o negócio de gás natural liquefeito nos Estados Unidos, como parte de uma nova estratégia de cinco anos para se livrar de ativos problemáticos e voltar a ganhar a confiança dos investidores. Este plano do conglomerado japonês inclui também o despedimento de cerca de 5% dos trabalhadores, ou seja, 7 mil postos de trabalho.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

The Guardian

Robyn Denholm vai substituir Elon Musk na Tesla

Depois de Elon Musk ser afastado do cargo de chairman da Tesla devido a uma investigação, a empresa anunciou esta quinta-feira que já encontrou um substituto, “com efeitos imediatos”. Robyn Denholm, atualmente responsável pela australiana Telstra, vai sentar-se na cadeira ocupada anteriormente por Musk, passando a ser a nova Presidente do Conselho de Administração da Tesla.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

El País

China quer ser superpotência no 5G e inteligência artificial

“Estamos perante de uma nova revolução tecnológica que vai provocar mudanças socioeconómicas mais profundas do que industriais”, diz Zhu Long, co-fundador e presidente da Yitu , uma das principais empresas de inteligência artificial na China, em entrevista ao El País. Zhu acredita a nova etapa tecnológica vai ser liderada pela China. No ano passado, o gigante asiático alocou 238,6 bilhões de euros para a pesquisa neste campo.

Leia a notícia completa no El País (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Financial Times

Google prepara expansão em Nova Iorque

A cidade de Nova Iorque deverá albergar mais instalações da Google. A tecnológica está a planear expandir o investimento na cidade, e arrendar novos edifícios no bairro de West Village. Com estes negócios, fica com espaço para ter mais 12 mil trabalhadores, duplicando assim o número de empregados presentes na “Grande Maçã”.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Tech Crunch

Ford compra startup elétrica

A fabricante automóvel norte-americana anunciou que ia adquirir a Spin, uma startup de scooters elétricas de São Francisco. O valor da aquisição terá sido aproximadamente 100 milhões de dólares. O negócio tinha sido previamente avaliado em cerca de 40 milhões de dólares. A Spin está presente em várias cidades norte-americanas e em cinco campus universitários, agora apenas com scooters elétricas, apesar de ter começado também com bicicletas.

Leia a notícia completa no Tech Crunch (acesso livre, conteúdo em inglês).

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Terminou o Web Summit. “Conseguimos”, diz Marcelo que deixou três novos desafios

O Web Summit 2018 está quase a chegar ao fim. Acompanhe aqui, em direto, os principais momentos do último dia do evento, a partir da Altice Arena, em Lisboa. Ainda há muitos testemunhos para ouvir.

A terceira edição do Web Summit está a chegar ao fim. Foram mais de 70.000 os participantes que estiveram em Lisboa nos últimos quatro dias para acompanhar aquela que é considerada a maior feira de tecnologia, inovação e empreendedorismo da Europa, e uma das maiores do mundo.

Mas antes do encerramento, ainda existem muitos testemunhos para ouvir. Neste direto, acompanhe os principais momentos a partir da maior sala de espetáculos do país, a Altice Arena, onde está montado o palco principal do evento.

(Acompanhe também aqui toda a cobertura do ECO relativa ao Web Summit 2018)

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Comissão Europeia revê em baixa crescimento da Zona Euro

Nas Previsões de Outono, a Comissão Europeia estima que a economia da Zona Euro e do conjunto da UE deverá crescer a um ritmo mais lento, pressionada por incertezas e riscos externos e internos.

A Comissão Europeia revê em baixa o crescimento da economia da Zona Euro para os próximos anos, estimando que suba apenas 2,1% este ano, 1,9% no próximo e 1,7% em 2020, anunciou a instituição nas Previsões Económicas de Outono, publicadas esta quinta-feira. O aumento da incerteza internacional, as tensões comerciais e preços do petróleo mais elevados são alguns dos riscos que justificam a revisão em baixa.

O mesmo ritmo de crescimento será também esperado para o conjunto da União Europeia (UE). Apesar desta desaceleração, Bruxelas estima que todos os Estados-membros continuem a crescer, “embora a um ritmo mais lento”, e que a Europa seja capaz de “sustentar o crescimento económico acima do potencial”.

A economia da Zona Euro vai reverter a tendência dos últimos dez anos e começar a recuar, pelo menos até 2020. O mesmo cenário é esperado para o conjunto da UE, que deverá crescer 2,2% este ano, 2% no próximo ano e 1,9% em 2020. “A situação global excecionalmente favorável do ano passado ajudou a apoiar a forte atividade económica e o investimento na UE e na Zona Euro. Apesar de um ambiente mais incerto, prevê-se que todos os Estados-membros continuem a crescer, embora a um ritmo mais lento, devido à força do consumo interno e do investimento“, refere o comunicado. De acordo com a Comissão, os motores do crescimento vão cada vez mais ser internos, com o consumo privado a beneficiar do crescimento salarial e de medidas de cariz orçamental em alguns Estados membros — Itália por exemplo apresentou um Orçamento para 2019 expansionista. Por outro lado, pela primeira vez desde 2007, o investimento deverá aumentar em todos os Estados membros em 2019, incluindo Portugal, que deverá arrancar com projetos, apoiados por fundos estruturais que estavam previstos para 2018

“Todas as economia da UE deverão crescer este ano e no próximo, o que deverá trazer mais emprego. No entanto, as incertezas e os riscos, tanto externos como internos, estão a aumentar e começar a afetar o ritmo da atividade económica, tornando-se necessário estar atento e trabalhar mais para reforçar a resiliência das nossas economias”, diz Valdis Dombrovskis, vice-presidente, citado no documento.

Já Pierre Moscovici, comissário europeu dos Assuntos Económicos, afirma que “a economia europeia está a reagir bem, com o crescimento a abrandar gradualmente. Estimamos que esse padrão continue nos próximos dois anos, uma vez que o desemprego continua a cair para níveis nunca antes vistos desde a crise. A dívida pública na Zona Euro deverá continua a diminuir”.

Défice inferior a 1% do PIB

Relativamente às contas públicas, a Comissão Europeia prevê-se que o défice orçamental na Zona Euro continue a diminuir face ao PIB este ano, devido à redução das despesas com juros. Mas esta tendência deverá parar em 2019, pela primeira vez em dez anos. O défice deverá aumentar para 0,6% do PIB este ano, subir para 0,8% no próximo ano e voltar a diminuir para 0,7% do PIB em 2020, refere o comunicado. Já no conjunto da UE, deverá aumentar para 0,6% do PIB este ano, 0,8% no próximo e diminuir duas décimas em 2020.

Bruxelas estima ainda que os rácios de dívida em relação ao PIB continuem a cair na Zona Euro e em quase todos os Estados-membros, “apoiados por excedentes primários decrescentes da dívida e pelo crescimento contínuo”. Este ano deverão descer para 86,9%, no próximo ano deverão recuar 84,9% e, em 2020, para 82,8%. No conjunto da UE, deverão cair para 80,6% do PIB este ano, 78,6% no próximo e para 76,7% em 2020.

Desemprego em queda, embora num ritmo mais lento

“Salvo grandes choques, a Europa deverá ser capaz de sustentar o crescimento económico acima do potencial, a criação robusta de emprego e a queda do desemprego. No entanto, esse cenário está sujeito a um número crescente de riscos descendentes interligados”, acrescenta a Comissão.

Bruxelas assinala que “as condições do mercado de trabalho continuaram a melhorar no primeiro semestre do ano”, com o crescimento do emprego a permanecer estável, “mesmo com o arrefecimento económico”. Para o futuro, a criação de emprego “deverá continuar a beneficiar de um crescimento contínuo e da implementarão de reformas estruturais em alguns Estados-membros”.

Relativamente ao desemprego, este “deverá continuar a cair, mas a um ritmo mais lento do que no ano passado”. Isto porque, explica a Comissão Europeia, o crescimento do emprego é “atenuado pelo aumento da escassez de mão-de-obra e pelo crescimento económico mais lento”. Na Zona Euro, a taxa de desemprego deverá recuar 8,4% este ano, 7,9% em 2019 e 7,5% em 2020. No conjunto da UE, prevê-se que caia 7,4% este ano, 7% no próximo e 6,6% em 2020. Estes valores representam a “menor taxa de desemprego registada desde o início da série mensal em janeiro de 2000“.

Inflação impulsionada pelos preços do petróleo

A Comissão Europeia estima que a inflação continue “moderada”. Na Zona Euro, esta deverá atingir 1,8% este ano e no próximo e diminuir 1,6% em 2020. A justificar a subida observada este ano estará a aumento dos preços do petróleo, esperando-se que continuem a ter efeitos positivos no primeiro trimestre do próximo ano.

“Embora a inflação subjacente — que exclui a energia e os preços dos alimentos não processados –, tenha sido relativamente moderado até este ano, espera-se que se reafirme como o principal motor da inflação em 2020, à medida que os salários aumentam” com menos mão de obra disponível, refere a instituição.

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Mazda chama 640 mil carros à oficina por avarias nas válvulas dos motores diesel

  • Lusa
  • 8 Novembro 2018

Os modelos afetados são o Mazda 3, o CX-5 e o CX-8, dos quais 230.000 carros serão revistos no Japão e outros 410.000 no resto do mundo.

O fabricante nipónico de veículos Mazda chamou esta quinta-feira à oficina 640.000 automóveis a diesel em todo o mundo devido a problemas técnicos nas válvulas dos motores.

Os modelos afetados são o Mazda 3, o CX-5 e o CX-8, dos quais 230.000 carros serão revistos no Japão e outros 410.000 no resto do mundo, segundo confirmou à agência espanhola Efe um porta-voz da companhia.

O problema foi detetado nas molas das válvulas usadas nos motores a diesel destes modelos, uma falha semelhante à que provocou uma outra chamada, na semana passada, da concorrente Subaru Motor e que afetou 400.000 veículos.

A maioria das fabricantes nipónicas no setor automóvel viram-se obrigadas a proceder recentemente a chamadas à revisão de milhares de veículos por causa de irregularidades nos seus procedimentos de inspeção ou defeitos em materiais e componentes dos seus fornecedores, problemas que tiveram um impacto significativo nos resultados do negócio.

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Comissão prevê défice três vezes maior do que Governo para 2019

A Comissão Europeia concorda com a meta do Governo para o défice deste ano. Mas para 2019 vê um défice de 0,6% do PIB, sem avanços estruturais.

A Comissão Europeia prevê um défice de 0,6% para 2019, três vezes acima da meta traçada pelo Governo no Orçamento do Estado para 2019. A meta de 0,2% para o défice que o Executivo tem para o próximo ano, Bruxelas só a vê como possível em 2020.

Os números constam das Previsões de outono divulgadas esta quinta-feira pela Comissão Europeia e mostram que Bruxelas não acredita nas contas de Mário Centeno, apresentadas a 15 de outubro, no Orçamento do Estado para 2019. Depois da entrega do documento no Parlamento, a Comissão pediu explicações ao Governo e mais esforço de consolidação orçamental, mas o ministro das Finanças manteve as metas traçadas por Portugal. E o Executivo comunitário não arredou pé da projeção de défice feita em maio para 2019 (de 0,6% do PIB).

A Comissão Europeia é clara na avaliação que faz sobre como o Governo vai alcançar a meta deste ano: “o investimento público mais baixo do que o orçamentado”, ou seja, as cativações garantem que Portugal consiga registar um défice de 0,7% este ano, em linha com aquilo que o Executivo prevê, e as receitas fiscais geradas pelo ciclo económico. O desempenho só não é melhor por causa do Novo Banco que responde por 0,4% do desequilíbrio das contas públicas.

O mecanismo de capital contingente injetou 792 milhões de euros no Novo Banco, o que logo à partida agravou o défice em 0,4 pontos percentuais. Se não fosse esta medida extraordinária o défice teria sido de 0,3%.

Raciocínio idêntico é feito para 2019. A Comissão considera que o défice vai abrandar, mas apenas para 0,6% face aos 0,7% deste ano. “Como é esperado que o impacto das medidas discricionárias, as poupanças nas despesas com juros e os rendimentos de propriedade mais elevados sejam amplamente neutros em 2019, a previsão de saldo estrutural é de que permaneça estável”. Além disso, a Comissão espera um crescimento económico inferior ao do Governo (1,8%, contra 2,2%) o que aponta desde logo para um défice superior.

Depois de um défice estrutural de 0,9% em 2018, a Comissão aponta para um défice estrutural também de 0,9% do PIB para 2019. Ou seja, Bruxelas não vê ganhos em termos estruturais para o último ano da legislatura. Este ano, regista uma melhoria no défice estrutural de 0,25 pontos percentuais mas para 2019 não observa melhorias.

Descontadas as medidas extraordinárias, a Comissão vê o défice deste ano em 0,3% do PIB e do próximo em 0,2%.

Na carta que enviou para as autoridades nacionais depois de apresentados os planos orçamentais, a Comissão considerava que com base nos números de Centeno o défice estrutural melhorava apenas 0,2 pontos em 2019 face a 2018, mas na previsões publicadas esta manhã nem essa melhoria quis assumir.

Sem novas medidas, ou seja, usando apenas as medidas que já estão em vigor, o défice deverá chegar a 0,2% do PIB apenas em 2020, calcula a Comissão Europeia.

 

A acompanhar previsões piores do que as que foram feitas no Terreiro do Paço, a Comissão lembra também que os riscos em torno destes números são em baixa. O Executivo comunitário aponta para dois tipos de riscos:

 

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Comissão está mais pessimista que o Governo. Corta previsão de crescimento para 1,8% em 2019

Comissão Europeia diz que o crescimento vai abrandar, exportações também, tal como a criação de emprego. Salários vão subir.

A Comissão Europeia está mais pessimista. Aponta para metas de crescimento inferiores às previstas pelo Executivo, mas também às que ela própria tinha lançado no verão. De acordo com as Previsões de Outono divulgadas esta quinta-feira, Portugal vai crescer 2,2% este ano e não 2,3% como prevê o Executivo e para o próximo ano deverá abrandar para 1,8%, um desempenho quatro décimas abaixo do que o Governo inscreveu na proposta de Orçamento do Estado para 2019. Bruxelas alinha assim com o FMI como a instituição mais pessimista relativamente ao crescimento nacional.

Bruxelas explica que o crescimento da economia de 2,3%, em termos homólogos, na primeira metade de 2018 se deveu, sobretudo, à “forte procura interna”. Mas a procura externa vai abrandar e, consequentemente, o PIB português também. Assim, a Comissão espera que Portugal cresça menos, ou seja, 2,2%, uma décima acima da estimativa para a Zona Euro, tal como sublinhou esta manhã o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira. Com desempenhos inferiores ao de Portugal só mesmo Itália (1,1%), Dinamarca (1,2%), Bélgica (1,5%), França e Alemanha (1,7%) e Grécia (2%).

Do verão para agora, a Comissão também reviu em baixa as previsões que ela própria fez: esperava uma evolução de 2% da economia portuguesa em 2019, mas agora espera que seja apenas de 1,8%. O cenário é ainda mais pessimista para 2020, ano em que a Comissão estima que Portugal cresça 1,7%. Nessa altura, só Itália (1,3%), Bélgica (1,4%) França e Dinamarca (1,6%) vão crescer menos.

A evolução das exportações explica este abrandamento. Do crescimento de 5,5% previsto para este ano, as vendas ao exterior deverão cair para 3,6% em 2020. “A balança externa deteriorou-se, ligeiramente, dadas as exportações de bens mais fracas do que o esperado e a um abrandamento do turismo”, justifica a Comissão. Os preços do petróleo também afetaram negativamente os termos de troca e consequentemente a balança comercial. A Comissão espera que as importações continuem a crescer a um ritmo superior ao das exportações, embora também abrandem. Por outro lado, “os pagamentos mais elevados aos acionistas estrangeiros também pressionam ainda mais a balança”, acrescenta a Comissão.

Entre 2018 e 2020, a exportações líquidas deverão ter um contributo líquido negativo para o PIB. Um indicador que se agrava ao longo do período em causa (passará de -0,2% para -0,4%).

O abrandamento na procura interna — o consumo privado vai abrandar de 2,3% em 2018 para 1,8% em 2020 — é um reflexo da moderação na criação de postos de trabalho.

A Comissão prevê que a criação de emprego abrande de 2,2% este ano para 0,8% em 2020. Mas a taxa de desemprego essa vai continuar a descer e a produtividade vai aumentar, tal como os salários dos portugueses em virtude do descongelamento das progressões nas carreiras e de “uma redução da estagnação do mercado de trabalho”. A Comissão não o diz, mas o aumento do salário mínimo previsto para janeiro de 2019 será também um dos fatores a ter em conta.

A taxa de desemprego deverá chegar a 5,9% em 2020. No próximo ano deverá ficar 6,3%, em linha com as previsões do Governo. Neste capítulo, só o FMI é mais pessimista do que Portugal.

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Science4you avança para a bolsa. Vai vender até 45% do capital

Vem aí mais uma empresa para a bolsa nacional. A Science4you revelou a intenção de lançar uma Oferta Pública de Distribuição de ações, operação que deverá colocar 45% do capital no mercado.

A Science4you vai para a bolsa. A empresa liderada Miguel Pina Martins anunciou a intenção de lançar uma Oferta Pública de Distribuição de ações que deverá colocar no Euronext Growth até 45% do capital. Na operação serão vendidos títulos já existentes, mas também novas ações a emitir no âmbito de um aumento de capital.

“Está previsto que o IPO inclua a emissão de novas ações pela Science4you, em montante de aproximadamente 8,25 milhões de euros, e uma venda parcial de ações já existentes detidas por atuais acionistas da empresa”, refere a empresa de brinquedos didáticos em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A empresa liderada por Miguel Pina Martins diz que “é expectável que o IPO seja constituído por uma componente de aumento de capital e outra de venda de ações de atuais acionistas da empresa, podendo chegar até ao montante total de 15 milhões de euros, o que equivale a uma percentagem de capital a dispersar de até 45% do capital social”.

O Millennium Fundo de Capitalização, a Portugal Ventures e o Banco Europeu de Investimento estão entre os acionistas da empresa criada há dez anos e que, atualmente, está em mais de 60 países com uma linha de mais de 500 brinquedos científicos e educativos que garantem um volume de vendas superior a 20 milhões de euros.

Esta operação “tem por objetivo dotar a empresa de uma estrutura de financiamento mais diversificada, sobretudo ao nível do seu capital, adequada à continuação da sua expansão e criação de valor para os seus acionistas“, acrescenta. “Permitirá igualmente dar maior visibilidade e credibilidade da empresa numa importante fase de internacionalização”, remata o presidente e fundador.

(Notícia atualizada às 9h28 com mais informação)

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Número de novos pensionistas do Estado cai. Fica abaixo dos dez mil

  • ECO
  • 8 Novembro 2018

É a segunda vez em vinte anos em que o número de saídas para a reforma entre os funcionários públicos fica abaixo de 10 mil. O valor médio das novas reformas será de mais de 1.100 euros neste ano.

Serão cerca de 8.975 os novos reformados na Caixa Geral de Aposentações (CGA) neste ano, de acordo com o Diário de Notícias (acesso condicionado). Este valor representa uma descida de 27% em relação a 2017, naquele que é o segundo registo em 20 anos em que número de saídas para a reforma entre os funcionários públicos fica abaixo de 10 mil.

Na base desta quebra está o aumento da idade legal de aposentação e as penalizações pela reforma antecipada, fatores que têm vindo a influenciar as saídas para a reforma da função pública. No ano passado foram mais de 12 mil os que passaram a aposentados da CGA, um aumento em relação a 2016, ano em que se verificou o número mais baixo de novos pensionistas.

O valor médio das novas reformas supera os 1100 euros neste ano, depois de em 2016 se ter fixado abaixo dos mil euros pela primeira vez. Foram deferidas 66 pensões para os últimos três meses deste ano acima dos quatro mil euros, o que contribui para esta média.

A idade de acesso à pensão de velhice tem vindo a aumentar, e situa-se agora nos 66 anos e quatro meses. Em 2019 a idade de reforma deve voltar a subir um mês.

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Pé fora da Champions afunda Benfica. Ações caem mais de 5%

O Benfica não foi além de um empate com o Ajax no Estádio da Luz. Conquistou um ponto, mas complicou as contas para a passagem à próxima fase da Liga dos Campeões.

O Benfica até esteve a ganhar, mas acabou por empatar na Luz. Frente ao Ajax, não foi além de um 1-1. Conquistou um ponto, mas ficou mais difícil para as águias passarem da fase de grupos da Liga dos Campeões. Em bolsa, com os milhões de euros mais distantes, os títulos afundam mais de 5%.

As ações da SAD encarnada, que já tinham perdido mais de 1% antes do jogo frente aos holandeses, acentuam a tendência negativa — ainda que com uma liquidez residual. Estão a perder 5,76% para os 1,80 euros, um mínimo desde o início da temporada desportiva, a meados de agosto.

Ações do Benfica em queda

Os investidores reagem assim ao empate que deixou o apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões à distância de um milagre.

Faltam apenas dois jogos na fase de grupos da competição milionária. E para que seja possível prosseguir na prova, com o devido encaixe financeiro que isso representa, o Benfica terá de vencer os próximos dois jogos, sendo que o Ajax não pode fazer mais do que um ponto.

É uma combinação de resultados que poderá não ser fácil para a equipa orientada por Rui Vitória que completou, com o empate frente ao Ajax, uma série de quatro jogos sem vencer. Antes deste empate tinha perdido com o Moreirense, resultado que encheu as bancadas de lenços brancos.

(Notícia atualizada às 8h39 com mais informação)

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