Macron e Merkel reforçam eixo franco-alemão para enfrentar “desafios”

A União Europeia vive uma crise existencial e um vendaval eurocético, mas Emmanuel Macron e Angela Merkel quiseram enviar um sinal e reforçaram os laços franco-alemães celebrados após a II Guerra Mundial.

Os dois líderes europeus uniram esforços e assinaram o Tratado de Cooperação de Integração franco-alemã, na cidade transfronteiriça de Aschen. Um documento que completa o acordo assinado entre o general de Gaulle e Konrad Adenauer, que celebrava a reconciliação entre os dois países, depois da II Grande Guerra e que abriu caminho à integração europeia.

No entanto, o Tratado de Aachen nasce com uma ambição imprevisível, das mão de dois líderes enfraquecidos e, até agora, relutantes em empreender as já anunciadas reformas da União Europeia.

Com o acordo, os dois líderes procuram “o aprofundamento das relações bilaterais” para enfrentar “os desafios que os Estados da Europa devem enfrentar no século XXI”, escreve o El Paíscitando o documento.

“Desejamos fazer convergir as economias, os modelos sociais, favorecer a diversidade cultural a aproximar as sociedades e os cidadãos”, diz o acordo de 13 páginas.

A Defesa também está presente no documento. O Tratado de Aachen quer contribuir para a criação futura de um Exército comum europeu, proposta já defendida pelo presidente francês.

No entanto, as críticas ao documento já começaram a surgir. Em França, os radicais de esquerda e de direita acusam Emmanuel Macron de alimentar a perda de soberania nacional com os acordos com Berlim.