Britânica Sainsbury’s tomba 13% e penaliza retalho europeu
A aquisição da Asda pela J Sainsbury à Walmart, por 7,3 mil milhões de libras, voltou a receber uma opinião desfavorável da Autoridade dos Mercados e Concorrência.
Os planos da J Sainsbury de criar a maior cadeia de supermercados do Reino Unido estão a enfrentar a oposição do regulador. Um novo relatório em que a autoridade da concorrência britânica afirmou precisar de mais tempo para avaliar o negócio trouxe receio aos investidores do grupo. Em queda livre em bolsa, a dona dos supermercados britânicos Sainsbury’s está a penalizar o setor do retalho na Europa.
A aquisição da Asda pela J Sainsbury à Walmart, por 7,3 mil milhões de libras (equivalente a cerca de 8,4 mil milhões de euros) já tinha levantado dúvidas por parte da Autoridade dos Mercados e Concorrência. Num relatório publicado esta quarta-feira, o regulador afirmou que a venda de algumas lojas (que tinha sido uma solução apresentada pelo grupo) poderia não ser suficiente para resolver o problema de limitação da concorrência no país.
“Consideramos que, em caso de fusão, os clientes poderão enfrentar preços mais elevados, reduzida escolha e qualidade, bem como um setor do retalho mais fraco por todo o Reino Unido”, explicou Stuart McIntosh, representante da autoridade, citado pela agência Bloomberg.
Em reação, as ações da Sainsbury’s afundaram 16% na terça-feira, a maior queda diária desde 2008. Esta quarta-feira, a tendência negativa mantém-se — com os títulos a tombarem 12,85% para 250,90 libras — e contagia a Europa, onde o setor tem sido penalizado nas últimas semanas pela hipótese de falência do grupo espanhol Dia. O índice pan-europeu de empresas de retalho Stoxx 600 Retail perde 0,17%, enquanto a portuguesa Sonae desvaloriza 0,16%.
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