Galp tira energia à bolsa. Lisboa segue Europa

Apenas seis cotadas fecharam abaixo da linha de água, mas chegaram para deixar a bolsa portuguesa em terreno negativo. A Galp caiu mais de 1%. Na Europa, destacou-se o tombo de 12% da Air-France.

Apenas seis cotadas fecharam a sessão desta quarta-feira abaixo da linha de água, mas foi o que bastou para que a bolsa portuguesa encerrasse o dia com saldo negativo.

O PSI-20, o principal índice português, caiu ligeiros 0,04% para 5.162,05 pontos, tendo sido pressionada sobretudo pelo mau desempenho das ações da Galp. A petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva desvalorizou 1,05% para 14,55 euros.

Entre as grandes cotadas, também a EDP Renováveis foi fonte de pressão em Lisboa. Mesmo depois de ter apresentado uma subida do lucro para 313 milhões de euros e do dividendo dos cinco cêntimos para seis cêntimos, os títulos da empresa de energias renováveis deslizaram 0,12% para 8,265 euros.

O pior desempenho em termo de variação relativa pertenceu à operadora Nos, que viu os títulos descerem 1,41% para 5,236 euros.

Do lado positivo, destaque para a EDP, cujas ações somaram 0,63%. E a Corticeira Amorim foi a estrela da sessão, com um ganho de 2,43% para 9,69 euros, após ter anunciado esta terça-feira um lucro de 77,4 milhões de euros e um dividendo de 18,5 cêntimos.

Lá por fora, o sentimento também não foi positivo, tanto na Europa como nos EUA, “perante o atual cenário geopolítico, com os dois principais temas a focarem-se no encontro entre Donald Trump e o líder norte-coreano e na questão que envolve o Paquistão e a Índia”, dizem os analistas do BPI.

Neste cenário, o francês CAC-40 caiu 0,26 e o alemão DAX-30 cederam 0,26% e 0,49%, respetivamente. O índice de referência europeu, o Stoxx 600, perdeu 0,38%. Em Wall Street, o S&P 500 cai mais de 0,3%.

A guerra acionista no grupo aéreo Air France-KLM penalizou fortemente a empresa. O Governo holandês quer igualar a posição francesa e anunciou a compra de 12,68% das ações, sendo que a intenção é alcançar os 14%. Wopke Hoekstra, ministro das Finanças holandês, explicou que a compra de ações servirá, sobretudo, para “influenciar diretamente o desenvolvimento futuro da Air France-KLM”, com o objetivo de “assegurar o interesse público holandês”. Os títulos afundaram 11,74% para 11,24 euros.

(Notícia atualizada às 17h02)

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