Apple aposta nos filmes, programas, séries e jogos. Falta saber o preço da nova concorrente da Netflix

A Apple lançou um serviço de streaming de conteúdos e vai passar a concorrer diretamente com a Netflix. Fabricante do iPhone transformou-se numa empresa de serviços e até lançou um cartão de crédito.

A Apple AAPL 0,00% transformou a Apple TV num serviço de streaming de programas, filmes e séries, que vai passar a concorrer com a plataforma da Netflix. Além de conteúdos originais, que a empresa vai fornecer através da Apple TV+, a nova plataforma vai agregar conteúdos de outras produtoras, como a HBO, através do serviço Apple TV Channels.

O Apple TV Channels chega em maio e vai passar a estar disponível nos computadores Mac e na generalidade das smart TV, em mais de 100 países em todo o mundo. A Netflix, líder de mercado no streaming de conteúdos, e uma das empresas que mais tem investido em conteúdo original, optou por não fazer parte do catálogo da nova plataforma. Os canais das várias produtoras poderão ser subscritos individualmente, mas ainda não se conhecem preços.

Este é o aspeto da nova aplicação Apple TV, focada nos conteúdos.Apple

A empresa lançou ainda o serviço Apple TV+, através do qual oferece conteúdos originais como programas de TV. Desde logo, conta com um novo programa The Morning Show, apresentado pelas estrelas de Hollywood Jennifer Aniston e Reese Witherspoon, com a participação de Steve Carell. Steven Spielberg e o realizador J.J. Abrams também estão a trabalhar com a Apple na produção de conteúdos para a Apple TV+. A apresentadora Oprah Winfrey e as personagens da Rua Sésamo vão estar igualmente no catálogo. Chega no outono, mas ainda não se sabe quanto vai custar mensalmente.

A Apple anunciou também uma profunda mudança no seu serviço de notícias. A marca lançou o Apple News+, um pacote com cerca de 300 revistas e jornais, disponível através do pagamento de uma mensalidade única de 9,99 dólares para toda a família. As receitas serão repartidas a 50-50 com os publishers. E o primeiro mês é grátis.

O The Wall Street Journal é o maior jornal a integrar a plataforma, enquanto o The New York Times e o The Washington Post optaram por não fazer parte do catálogo da Apple. As assinaturas custariam 800 dólares mensais se fossem adquiridas individualmente, segundo cálculos da empresa.

O serviço vai estar inicialmente disponível nos EUA e Canadá, mas deverá chegar também ao Reino Unido ainda este ano e, mais tarde, a outros países europeus. Outra das grandes novidades é o facto de estes conteúdos não terem publicidade e de a Apple não permitir aos anunciantes seguirem a atividade dos utilizadores para efeitos de segmentação de anúncios.

O novo Apple News+ oferece 300 revistas e jornais através de uma mensalidade única de 9,99 dólares.Apple

A empresa vai ainda adicionar uma nova aba na App Store especialmente dedicada aos videojogos. É outro serviço novo, que se vai chamar Apple Arcade. Através de uma subscrição, o Apple Arcade vai permitir jogar mais de uma centena de títulos exclusivos de estúdios como a Sega. O serviço vai chegar no outono a mais de 150 países, mas ainda não se sabe quanto vai custar.

Por último, há novidades no Apple Pay. A empresa vai lançar, em conjunto com o banco Goldman Sachs, um novo cartão de crédito Apple Card. Não tem número, nem código na parte de trás, nem data de validade. O objetivo é permitir o uso do serviço Apple Pay nos comerciantes que ainda não suportam o serviço digital.

O Apple Card é o novo cartão de crédito da marca Apple.Apple

Estas são algumas das novidades apresentadas pela Apple na já habitual conferência da primavera, que a empresa realizou esta segunda-feira, no Steve Jobs Theater, em Cupertino (EUA). Este ano, o evento já está a ser considerado histórico para a marca, na medida em que representa uma mudança significativa na estratégia da fabricante do iPhone.

A Apple desviou o foco dos produtos e vai apostar mais nos serviços. No ano passado, esta rubrica de receita cresceu 33%, para quase 40 mil milhões de dólares. Em contrapartida, as receitas com a venda de iPhones no trimestre que acabou em dezembro recuaram pela primeira vez numa década, facto que ganha relevância tendo em conta que é o principal período de vendas para a empresa graças ao aumento do consumo na época natalícia.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h49)

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