Ao terceiro dia, PSI-20 recupera. Galp dá gás à bolsa portuguesa
O índice acionista português fechou no verde, apesar da pressão da banca e das papeleiras. Por toda a Europa, a tendência foi positiva.
Após três sessões de fortes quedas incluindo a maior queda diária deste ano na sexta-feira, a bolsa de Lisboa corrigiu. O PSI-20 fechou esta terça-feira com ganhos ligeiros, de 0,06% para 5.145,28 pontos, em linha com a tendência nas principais praças europeias. A Galp e a Nos ajudaram a dar impulso e a travar o impacto das perdas da banca e das papeleiras.
A Nos foi a cotada que mais subiu, com um ganho de 1,89% para 5,66 euros por ação. Já a Galp Energia valorizou 1,59% para 14,07 euros, a beneficiar da tendência global entre as petrolíferas. A crise na Venezuela travou as exportações de petróleo no país e causou um aumento nos preços. Esta terça-feira, o brent sobe 1% em Londres para 67,88 dólares por barril, enquanto o crude WTI avança 1,8% em Nova Iorque para 59,88 dólares por barril.
A Mota-Engil fechou inalterada nos 2,055 euros por ação, no dia em que comunicou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários que irá entregar um dividendo de 0,74 euros por ação aos acionistas. Depois de ter apresentado resultados líquidos de apenas dois milhões em 2017, a construtora elevou os lucros para 24 milhões no ano passado. Só agora foi conhecido o valor, mas já tinha revelado que entregará entre 50% e 75% dos lucros.
No grupo EDP, a sessão foi mista: a casa-mãe valorizou 0,87% para 3,47, mas a eólica desceu 1,06%. A penalizar o índice estiveram ainda as papeleiras, com a Altri a tombar 3,15%, a Semapa a cair 1,1% e a Navigator a desvalorizar 0,74%. Igualmente, os CTT mantiveram as quedas — após terem tocado mínimos históricos na última sessão — e perderam 1,22%.
Yields estabilizam, mas não ajudam BCP
“Apesar de se ter observado alguma estabilização do movimento descendente das yields das OT a 10 anos, o BCP voltou a encerrar em baixo, não obstante a valorização inicial. De lembrar que a queda das taxas de juro soberanas tem penalizado o setor bancário europeu ao ter um impacto negativo na margem financeira dos bancos”, sublinharam os analistas do BPI, numa nota de fecho do mercado.
Os títulos do banco liderado por Miguel Maya cederam 0,99% para 0,22 euros. O tombo nos juros das dívidas soberanas da Zona Euro e nas ações, especialmente da banca, foram causados pelos receios sobre o travão da economia global desde a semana passada. Esta terça-feira, as yields estabilizaram, com Portugal nos 1,29%. No entanto, os juros das Bunds alemãs continuam em terreno negativo, para onde caíram na sexta-feira.
O índice pan-europeu Stoxx 600 ganhou 0,77%. Entre os índices nacionais, o alemão DAX ganhou 0,65%, o francês CAC 40 avançou 0,90%, o italiano FTSE MIB subiu 0,38% e o espanhol IBEX 35 fechou na linha de água. Depois de o parlamento britânico ter aprovado uma proposta que força a realização de um debate para uma série de votos sobre diferentes alternativas para o processo de saída do Reino Unido da União Europeia (UE), o britânico FTSE 100 valorizou 0,37%.
(Notícia atualizada às 17h)
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