CTT e CGD deixam 12 concelhos do país sem balcões
Há, pelo menos, 12 concelhos no país onde desapareceram as estações de correios e alguns balcões da Caixa Geral de Depósitos. Só no ano passado, os CTT encerraram 70 balcões.
Alguns balcões da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e as tradicionais estações dos CTT desapareceram de 12 concelhos no ano passado, avança o Jornal de Notícias (acesso pago). Relativamente aos correios, há 33 concelhos onde não existe qualquer estação.
Só no ano passado foram encerradas 70 estações de correios, num movimento que se segue à privatização dos CTT em 2014, deixando 33 concelhos ao abandono. Já no que diz respeito ao banco público, este fechou 65 balcões.
Os concelhos afetados pelo fecho de balcões distribuem-se por todo o país: a norte foram encerradas instalações em Vila Real, Santa Maria da Feira, Estarreja, Aveiro, Alabergaria-a-Velha; no centro em Coimbra e Leiria e mais a sul Lisboa, Almada, Seixal, Benavente e Loures.
A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) indicou ao JN que João Cadete de Matos, presidente, já tinha revelado em janeiro que havia 33 concelhos sem qualquer estação, mas que esse número pode chegar aos 48 se os os CTT não inverterem a sua política de fechos. A novidade por parte da Anacom foi a identificação exata dos 33 concelhos — cerca de metade estão nos distritos de Portalegre, Évora e Beja.
Em janeiro, os CTT reagiram afirmando que “estão presentes em todos os concelhos do país”, onde “mantêm, pelo menos, um Ponto CTT (loja ou posto)”.
Balcões “têm cada vez menos importância”, diz CGD
Dos 65 encerramentos revelados pelo relatório de contas da CGD referente ao ano passado, há pelo menos 35 casos identificados pelos autarcas afetados pelo fecho de balcões. O banco público continua a recusar divulgar a lista completa, embora tenha apresentado ao Parlamento, em março de 2017, uma lista de 61 agências que estariam prestes a encerrar.
“O que nós vemos é que os balcões continuarão a ser importantes na relação bancária, agora têm é cada vez menos importância“, disse recentemente Paulo Macedo, presidente da CGD. Ao JN, uma fonte oficial do banco sublinhou que o crescimento do online tem um peso bastante significativo. A CGD tem atualmente 1,58 milhões de clientes digitais, que realizam mais de 100 milhões de operações mensais.
Após a publicação desta notícia, uma fonte oficial da CGD reagiu e afirmou que “ao contrário do que é intuído pela leitura da manchete do Jornal de Notícias, a Caixa informa que mantém, no continente, um balcão em cada concelho do país”.
(Notícia atualizada às 11h21 com reação da CGD)
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