Rangel compara “avanços e recuos” do Governo PS a um “cata-vento”
O cabeça de lista do PSD às europeias diz que o Executivo de António Costa tem agido como "um cata-vento". Isto porque este "Governo avançou e recuou várias vezes".
O cabeça de lista do PSD às europeias acusou esta sexta-feira o Governo PS de “avançar e recuar” em várias matérias e comparou aquela atuação a um “cata-vento”, apontando como exemplo a Lei de Bases da Saúde.
“O Governo avançou e recuou várias vezes, em várias matérias. A Lei de Bases da Saúde é apenas o último exemplo. Se for no bom sentido, com certeza que o PSD saudará isso e verá isso com bons olhos, mas o que registo do Governo está numa grande instabilidade. Numa expressão mais plástica está um pouco cata-vento“, afirmou Paulo Rangel.
O cabeça de lista do PSD às europeias, que respondia aos jornalistas à margem do Conselho Nacional do PSD que está reunido esta sexta-feira à noite em Viana do Castelo, justificou a “expressão plástica” de “cata-vento”. “Um dia tem uma posição, noutro dia tem outra posição, noutro dia tem uma posição diferente. Esta inconstância do Governo, esta instabilidade revela um grande nervosismo e é má porque o que se espera de um Governo é que projete estabilidade e expectativas para os cidadãos”, sustentou.
Paulo Rangel acrescentou que o Governo “está à deriva e muito nervoso”, pela “quantidade enorme” de vezes em “avançou, recuou e mudou a sua posição”. “Curiosamente esse nervosismo, essa instabilidade, essa incapacidade de tomar uma posição clara para um lado ou para o outro também está nos dossiês legislativos da Assembleia da República”, comentou.
A alteração do regulamento interno do Conselho Nacional é um dos pontos da ordem de trabalhos e irá a votos uma proposta subscrita por cerca de 40 conselheiros nacionais e de 13 de comissões políticas distritais, e que tem a concordância da direção do partido.
Da agenda da reunião de Viana do Castelo constam ainda a análise da situação política, a apresentação do programa eleitoral do PSD às eleições europeias de 26 de maio e a ratificação das contas do PSD de 2018.
As contas do partido registaram um lucro no ano passado de 770 mil euros, contra os 2,5 milhões de euros de prejuízo de 2017, e o partido reduziu o passivo em 33%, passando de 14,4 para 9,8 milhões de euros.
No início dos trabalhos, em declarações aos jornalistas, o secretário-geral do PSD, José Silvano disse aos jornalistas que aqueles resultados “são o espelho e filosofia do presidente do partido”.
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