Sindicato da banca apela a prudência no pagamento de dividendos
O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários apoia as recomendações deixadas pelo Bando de Portugal, considerando que deve haver prudência no pagamento de dividendos.
Ainda que a banca portuguesa esteja mais rentável, o Banco de Portugal tem defendido que é preciso cautela na remuneração dos acionistas, uma recomendação com a qual concorda o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB). Em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1, o dirigente dessa estrutura sindical diz que “a pior coisa” que poderia ser feita seria “uma remuneração demasiado agressiva no curso prazo”.
“Penso que prudência faz bem, nomeadamente quando os sinais de desaceleração da economia vindos dos nossos parceiros são evidentes”, frisa Paulo Marcos. “Diria que a pior coisa que poderíamos ter seria uma remuneração demasiado agressiva no curto prazo”, sublinha, referindo que a remuneração dos acionistas “faz parte de uma boa gestão”, mas não deve comprometer a capacidade de investimento das instituições bancárias. Seguir esse caminho seria, diz o sindicalista, “pouco prudente”.
Questionado sobre se os bancos portugueses estão a tomar essas decisões “pouco prudentes”, o dirigente do SNGTB diz que não é essa a indicação que tem. “Olhando para os bancos, não vejo que o payout seja superior à média histórica ou superior à média do setor na Europa”, reforça.
Recorde-se que no Relatório de Estabilidade Financeira divulgado em dezembro do ano passado, o Banco de Portugal pediu cautela aos bancos na gestão dos seus lucros. “Apesar dos recentes progressos, os desafios que continuam a colocar-se ao sistema bancário português requerem a adoção de políticas prudentes de aplicação dos resultados gerados, em particular no que concerne à distribuição de dividendos“, lia-se nessa nota.
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