Trump afunda bolsas mundiais. Lisboa cai mais de 1,5%
Anúncio de aumento das tarifas sobre produtos chineses provocou uma derrocada nas praças asiáticas. Bolsas europeias seguem a tendência, com Lisboa a perder mais de 1,5%.
Donald Trump está a fazer mossa nos mercados. O anúncio de aumento das tarifas sobre produtos chineses provocou uma derrocada nas praças asiáticas, com a bolsa chinesa a ser a mais castigada, mas está também a pesar nos índices do Velho Continente, ditando perdas de mais de 1%. Lisboa não escapa à tendência.
O presidente dos EUA anunciou este domingo uma subida nas tarifas de alguns produtos chineses para 25%. Os novos preços entram em vigor na sexta-feira e significam um agravamento face aos 10% suportados até agora. A decisão vem deitar por terra a perspetiva de um acordo, dizem os analistas, levando a quedas expressivas nos mercados acionistas.
A praça chinesa registou uma forte queda na sequência do anúncio de Trump, encerrando com uma queda de mais de 3%. E os efeitos negativos nos mercados fazem-se sentir também no continente europeu, com a generalidade dos índices da região a apresentarem quedas acentuadas. O Stoxx 600 recua 0,9%, enquanto o FSTE MIB, de Itália, perde mais de 2%, isto quando os futuros de Wall Street apontam para quedas de 1,5%.
Bolsa de Lisboa segue quedas da Europa
Lisboa acompanha o comportamento negativo, recuando 1,52% para 5.297,88 pontos, com 16 das 18 cotadas presentes no PSI-20 a negociarem em terreno negativo. A Navigator lidera as quedas, cedendo quase 3%, tendência seguida pela Altri, sendo ambas penalizadas pelo comportamento do dólar.
A ditar a dimensão da queda do índice nacional está o BCP que recua 2,57% para 24,98 cêntimos, mas também os títulos do setor da energia, casos da EDP e EDP Renováveis que registam perdas até 0,5%.
A Galp Energia está a ser condicionada pelo petróleo, que também cede perante os receios quanto ao impacto da guerra comercial no crescimento económico global. A petrolífera cede 1,81% para cotar nos 14,665 euros.
Nota ainda para a Jerónimo Martins que cai 1,27% para 14,38 euros, isto no dia em que a Invest Securities elevou a avaliação dos títulos de 11 para 12,90 euros, mas atribuiu-lhe uma recomendação de “vender”, de acordo com a Reuters.
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