Governo quer garantir que preços dos combustíveis deixam de ser fixados num único dia
Pedro Nuno Santos anunciou à saída da reunião com motoristas e empresas de transporte que vai trabalhar para garantir que preço dos combustíveis não é fixado num só dia da semana. Sobrecarrega setor.
O Ministro das Infraestruturas e Habitação vai procurar reunir com as petrolíferas e revendedoras de combustíveis para garantir que os preços dos combustíveis em Portugal deixem de ser fixados apenas uma vez por semana e sempre no mesmo dia. Segundo Pedro Nuno Santos, esta é uma reivindicação tanto dos motoristas de matérias perigosas como das empresas, já que o hábito de fixar os preços dos combustíveis à segunda-feira cria um excesso de concentração de trabalho nessa altura.
“Não depende do Governo. O que o Governo vai tentar fazer é garantir que o preço não seja fixado num só dia, tem consequência no trabalho das empresas, que precisam de concentrar grande parte do seu trabalho em determinados dias. Terá de se ver junto das distribuidoras de combustível”, avançou. E apesar de reconhecer que não tem tutela sobre a matéria, o ministro aponta que esta “é uma questão onde poderemos usar a nossa capacidade de influência”.
O Governo vai assim procurar reunir com as distribuidoras para tentar que estas deixem de fixar o preço a um dia específico da semana, o que normalmente acontece às segundas-feiras, ainda que as alterações sejam habitualmente conhecidas com dois dias de antecedência.
“Greve não deixou de acontecer por sorte, foi com trabalho”
Pedro Nuno Santos falava aos jornalistas no final da reunião entre a Antram e a Fectrans e depois de ter também conseguido fechar um acordo entre aquela estrutura patronal e o sindicato dos motoristas de matérias perigosas, acordo este que levou ao levantamento da greve prevista para 23 de maio.
“Foram acordos muito importantes a que os dois sindicatos mais representativos do setor (SNMMP e Fectrans) chegaram com a Antram”, disse o ministro, elogiando de seguida tanto a postura dos sindicatos — “grande cooperação e abertura” — e da Antram — “as empresas estão a fazer um grande esforço para assegurarem o clima de paz social”. Mas os elogios também se dirigiram para a sua própria casa.
“A grave não deixou de acontecer por sorte, foi com trabalho”, explicou sobre a mediação do Governo a estes acordos. “Foi feito um trabalho importante e isso vai proporcionar que as eleições europeias decorram sem o clima de tensão que poderíamos vir a ter caso a grave não fosse desconvocada”, explicou.
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