Até março, Centeno cativou 621,6 milhões aos serviços
Dos 621,6 milhões de euros “cerca de dois terços incidem essencialmente sobre despesas financiadas por receitas próprias, as quais dependem da respetiva arrecadação para se poderem concretizar.
As cativações fixaram-se em 621,6 milhões de euros até março, um valor “em linha” com as existentes em igual período do ano anterior, indica a Síntese de Execução Orçamental divulgada na segunda-feira.
“Em março, uma vez apurados os cativos totais sobre o orçamento da despesa de 2019, cifraram-se em 621,6 milhões de euros”, lê-se na informação divulgada pela Direção-Geral do Orçamento (DGO).
No início do ano estavam cativos 653 milhões de euros. E do montante de 621,6 milhões de euros registado em março, “cerca de dois terços incidem essencialmente sobre despesas financiadas por receitas próprias, as quais dependem da respetiva arrecadação para se poderem concretizar”, o que “altera a natureza destes cativos”.
A DGO explica que, em 2018, a receita própria arrecadada ficou aquém do inscrito no orçamento dos serviços em cerca de 132 milhões de euros. “Os cativos remanescentes respeitam a receitas gerais, 214,1 milhões de euros, representando respetivamente 0,7% e 0,2% do orçamento da Administração Central e Segurança Social”, lê-se ainda na Síntese de Execução Orçamental.
Em março “estavam ainda inscritos 353,3 milhões de euros na ‘reserva orçamental’ distribuída pelos Programas Orçamentais para fazer face a eventuais necessidades de cada programa”.
A DGO refere que “os cativos no final do primeiro trimestre de 2019 ficaram em linha com os existentes em igual período do ano anterior”, sendo que, “se acrescidos da reserva, foram inferiores em 69 milhões de euros face a igual período de 2018.
As cativações procuram essencialmente controlar a dinâmica de crescimento da despesa “e não a sua redução”, lembra a DGO, precisando que, tal como em anos anteriores “estão isentas de cativações diversas dotações de despesa”, nomeadamente nos orçamentos do Serviço Nacional de Saúde, escolas e instituições do ensino superior.
No início de 2018 estavam cativos 1.068,9 milhões de euros, sendo que no final desse ano o valor das cativações era de 346,9 milhões de euros.
Pagamentos em atraso caem para 822,6 milhões em abril
Os pagamentos em atraso nas entidades públicas totalizaram 822,6 milhões de euros, uma diminuição de 94,6 milhões face ao período homólogo, indica a Síntese de Execução Orçamental.
Comparando com o mês anterior, os pagamentos em atraso (dívidas por pagar há mais de 90 dias) aumentaram em 77,3 milhões de euros, segundo a Direção-Geral do Orçamento (DGO).
Para a evolução homóloga, contribuíram sobretudo os Hospitais EPE e a administração local, que registaram, respetivamente, uma redução de 67,7 milhões de euros (para 587,1 milhões) e de 31,7 milhões de euros (para 82,9 milhões). Face ao mês anterior, o aumento deveu-se sobretudo ao acréscimo nos Hospitais EPE, com um aumento em dívida de 67,3 milhões de euros.
Segundo a síntese da DGO, os hospitais EPE continuam a revelar o maior valor em dívida, seguindo-se a administração regional (107,6 milhões de euros), a administração local (82,9 milhões), a administração central, excluindo o subsetor saúde (23,1 milhões), as empresas públicas reclassificadas (18 milhões) e o subsetor da saúde (3,4 milhões de euros).
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