Makro Portugal admite abrir mais lojas, mas ainda sem data prevista

  • Lusa
  • 22 Junho 2019

Presidente executivo da filial portuguesa apontou a zona da "Serra da Estrela, Covilhã" e "Madeira", áreas que a Makro Portugal já cobre, mas que podem vir a ter unidades.

O presidente executivo do Metro AG, Olaf Koch, grupo que detém a Makro em Portugal, admitiu, em entrevista à Lusa, a abertura de mais lojas no mercado português, mas sem data prevista. Atualmente com 10 lojas, a Makro Portugal poderá vir a abrir mais unidades em território nacional.

“Acho que não há nenhuma razão para não abrir” mais lojas, afirmou Olaf Koch, que considerou que antes de qualquer decisão é preciso esgotar a capacidade das unidades já existentes.

“Se a capacidade for ultrapassada devido ao crescimento” não há dúvida que “iremos investir em novas lojas”, explicou. Questionado sobre a localização das mesmas, Olaf Koch disse que isso será uma decisão do responsável da Makro Portugal, David Antunes.

Por sua vez, o presidente executivo da filial portuguesa apontou a zona da “Serra da Estrela, Covilhã” e “Madeira”, áreas que a Makro Portugal já cobre, mas que podem vir a ter unidades.

Sobre quando é que poderá acontecer uma nova abertura, Olaf Koch disse que “não é impossível” que tal decisão venha acontecer no espaço do ano, mas salientou que o investimento da empresa está atualmente focado na melhor qualidade de serviço aos seus clientes.

Relativamente ao investimento da Makro em Portugal, os responsáveis – Olaf Koch e David Antunes – não adiantaram valores, mas salientaram que a aposta está nas pessoas e na qualidade do serviço aos clientes.

Além do recrutamento de pessoal que a grossista está a fazer para reforçar a equipa no verão, David Antunes adiantou que a subsidiária portuguesa contratou desde 2017 mais de duas centenas de pessoas, mais precisamente “225”.

“Estamos a investir em competências”, afirmou o presidente executivo da Makro Portugal, dando os exemplos da abertura da Makropédia, centro de partilha de conhecimento dedicado a colaboradores, clientes e parceiros.

Sobre a digitalização, que é um desafio para o setor, esta vai “mudar o jogo na indústria para melhor”, considerou o presidente executivo do Metro, adiantando que o grupo tem desenvolvido “uma série de ferramentas” que permitirão melhorar o desempenho dos seus clientes.

Questionado sobre como vê o futuro do grupo, Olaf Koch sublinhou que o Metro não é apenas uma empresa de ‘cash & carry’, mas mais do que isso: distribuição, formação e inovação.

“Acho que daqui a três anos o perfil” do grupo será “o de uma empresa com soluções”, um parceiro empresarial, adiantou.

Relativamente às suas expetativas sobre o mercado português nos próximos três anos, o presidente do grupo alemão manifestou-se otimista.

“Tenho observado Portugal através da Makro Portugal, mas também através de programas de ‘startups’ que apoiamos”, começou por dizer o gestor.

“Estou bastante impressionado pela forma como o país mudou desde os tempos difíceis [intervenção da ‘troika’]”, prosseguiu, salientando que a trajetória ascendente da economia portuguesa “deverá continuar”, nomeadamente no setor onde a Makro Portugal opera, “nomeadamente no setor alimentar”.

“Portugal é um país que viveu uma fase de dificuldade e tornou-se mais forte”, disse, apontando o “aspeto da inovação”, que é “algo que está a acontecer” no país.

“Inovação, criatividade e empreendedorismo. Isso é assinalável comparando com outros países europeus. E Portugal, especificamente no que respeita à inovação no setor alimentar, está a tornar-se um dos países pioneiros” nesta área, salientou.

O grupo Metro mantém o seu compromisso de reduzir de forma significativa a utilização de plástico nos próximos anos, uma tendência seguida por vários setores em termos globais.

“Já substituímos [o plástico] em centenas de artigos” e isso é um dos grandes desafios no futuro, referiu.

“Do meu ponto de vista é preciso encontrar material alternativo que seja mais sustentável”, disse, apontando que há situações em que a “alternativa” por vezes “é mais prejudicial para o planeta do que o próprio plástico em si”, pelo que as várias partes envolvidas devem trabalhar em conjunto na procura de soluções.

A Makro entrou em Portugal em 1990, atualmente emprega mais de 900 pessoas e conta com duas plataformas logísticas: Torres Novas e Malveira.

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