Argentina quer estabilizar moeda e cumprir metas orçamentais
Após a demissão de Nicolas Dujovne, o novo ministro das Finanças argentino definiu como objetivo estabilizar o peso, que caiu 20% na semana passada, e cumprir metas orçamentais acordadas com o FMI.
O novo ministro das Finanças da Argentina, Hernan Lacunza, disse esta terça-feira que a sua prioridade é a estabilização do peso e comprometeu-se a respeitar os objetivos orçamentais fixados no acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A prioridade do Governo será “preservar a taxa de câmbio como objetivo principal” e “respeitar os objetivos orçamentais”, declarou Lacunza durante a sua primeira conferência de imprensa.
Hernan Lacunza, antigo diretor do banco central entre 2005 e 2010, sucedeu hoje a Nicolas Dujovne, que apresentou no sábado a demissão.
A saída do ministro ocorreu após uma semana agitada nos mercados, com uma desvalorização de mais de 20% do peso e uma descida na bolsa superior a 30%.
A crise económica argentina agravou-se após o revés do Presidente Mauricio Macri nas primárias, um teste que antecipa as dificuldades da sua reeleição nas presidenciais de outubro.
Dujovne foi uma figura central no acordo concluído em 2018 com o FMI para a concessão de um empréstimo de 57 mil milhões de dólares ao país, que se comprometeu a adotar medidas de austeridade para equilibrar as contas públicas.
O FMI indicou hoje que está a “seguir de perto” a situação financeira na Argentina e que enviará uma missão a Buenos Aires em breve.
A terceira economia da América Latina está em recessão desde 2018, com uma taxa de pobreza de 32% e o desemprego em 10,1%. A taxa de inflação anual é de 55%, uma das mais altas do mundo.
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