Fabricante de cigarros British American Tobacco vai despedir 2.300 trabalhadores
A fabricante de marcas como “Lucky Strike”, “Dunhill”, “Kent” e “Rothmans está a passar por dificuldades face à mudança dos hábitos e ao aumento do número de consumidores de cigarros eletrónicos.
O fabricante britânico de cigarros Britsh American Tobacco (BAT) anunciou esta quinta-feira que vai despedir 2.300 trabalhadores como consequência da mudança dos hábitos e ao aumento do número de consumidores de cigarros eletrónicos.
O grupo que ocupa um posto de destaque no setor confronta-se com a descida da compra de cigarros tradicionais anunciou que a reestruturação vai afetar os trabalhadores da BAT, a nível mundial, até 2020.
Os despedimentos representam cerca de 5% dos funcionários da empresa que emprega atualmente 55 mil pessoas em todo o mundo.
A BAT, que detém marcas como “Lucky Strike”, “Dunhill”, “Kent” e “Rothmans” refere no comunicado divulgado hoje que pretende “simplificar” a estrutura da empresa pelo que a redução de postos de trabalho pode afetar sobretudo o setor administrativo e “os lugares de responsabilidade”.
No mesmo comunicado, a BAT indica que quer acompanhar os novos modos de consumo, numa altura em que as populações “em muitos países desenvolvidos” mostram tendência para reduzir o tabagismo.
A empresa pretende também “fazer economias” para poder investir nos novos produtos nomeadamente nos cigarros eletrónicos.
A restruturação é uma das primeiras medidas de fundo adotadas pelo novo diretor geral da BAT, Jack Bowles, que assumiu funções no passado mês de abril.
“O meu objetivo é mudar as coisas para gerar confiança em relação aos novos produtos e simplificar significativamente a nossa maneira de trabalhar”, afirmou Jack Bowles.
Em agosto os produtores norte-americanos de cigarros Philip Morris e Atria anunciaram uma fusão para fazer face às mudanças dos hábitos de consumo dos tabagistas.
O anúncio do grupo BAT foi publicado poucas horas depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado a decisão de proibir a venda de cigarros eletrónicos aromatizados, nos próximos meses, justificando que se verifica um aumento de consumo do produto entre os estudantes dos Estados Unidos.
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