Fed corta juros pela segunda vez este ano. Taxa máxima cai para 2%

Banco central norte-americano colocou o intervalo de juros entre os 1,75% e 2%, cumprindo a expetativa dos mercados de que a Fed cortaria novamente a taxa diretora dos EUA.

A Reserva Federal (Fed) norte-americana voltou a cortar os juros de referência no país. Esta é a segunda descida nas taxas de juro dos EUA desde 2008, sendo que o corte de 25 pontos base, anunciado esta quarta-feira após uma reunião de dois dias de política monetária, colocou o intervalo entre 1,75% e 2%.

“À luz das implicações dos desenvolvimentos globais para o outlook económico, bem como das pressões inflacionistas moderadas, o comité decidiu baixar o intervalo da federal funds rate“, anunciou a Fed.

Os Estados Unidos vivem atualmente o maior ciclo económico da história do país e o banco central aponta para uma “expansão sustentada da atividade económica, condições fortes do mercado de trabalho e inflação próxima do objetivo de 2%”.

A Fed reviu em alta a projeção para o crescimento do produto interno bruto (PIB) dos EUA, cuja economia vê agora a acelerar 2,2% em 2019 (contra a estimativa de 2,1% em junho). Antecipa mais desemprego (3,7%, face aos anteriores 3,6%) e manteve a projeção de inflação em 1,8%.

“No entanto, as incertezas quanto ao outlook mantêm-se”, sublinhou, justificando o segundo corte de juros deste ano. Na última reunião, a 31 de julho, a Fed realizou a primeira descida desde dezembro de 2008, sinalizando que se irá manter atenta às condições económicas e que poderá agir novamente caso os objetivos não se concretizem.

Tal como desta vez, na altura tinha justificado a decisão com os desenvolvimentos a nível global que têm afetado as perspetivas económicas da maior economia do mundo. Agora, tanto Powell como outros 6 dos 10 membros do comité votaram a favor da descida de 25 pontos base. James Bullard votou contra porque queria um corte maior, enquanto apenas dois elementos defenderam a manutenção da taxa.

A decisão já era antecipada pelos mercados pelo que a reação foi moderada. Em Wall Street, as principais bolsas mantiveram-se em terreno negativo, com perdas abaixo de 0,5%, enquanto o dólar e os juros da dívida norte-americana continuam em alta.

Quem também não se mostrou agradado foi o presidente Donald Trump. O líder da administração norte-americana, que tem pressionado Powell a descer os juros, criticou a decisão. Para este ano, a Fed sinalizou que a maioria dos decisores do comité não vê novos cortes este ano e Trump respondeu: “Jay Powell e a Reserva Federal falharam novamente. Sem coragem, sem noção, sem visão! Um comunicador terrível!”.

(Notícia atualizada às 19h30)

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