Líder do CDS-PP/Madeira diz que acordo com PSD representa “um momento histórico”
O presidente do CDS-PP/Madeira disse que o acordo político assinado com o PSD/Madeira representa "uma nova firma de governar a Região Autónoma da Madeira".
O presidente do CDS-PP/Madeira disse esta terça-feira que o acordo político assinado com o PSD/Madeira com vista à formação do XIII Governo Regional “representa um momento histórico e uma nova firma de governar a Região Autónoma da Madeira”.
“O acordo que hoje assinamos representa um momento histórico uma nova forma de governar a Região Autónoma da Madeira” e “simboliza um poder mais partilhado, um governo mais representativo dos interesses do povo que nos elegeu e um sinal de amadurecimento da democracia e da autonomia”, declarou Rui Barreto.
O presidente da estrutura regional do CDS/Madeira realçou que, “a partir do momento em que for empossado, será o governo de todos os madeirenses“, materializando “a vontade expressa pelos cidadãos de terem um governo estável nos próximos quatro anos”.
“Não havendo acordos perfeitos, o documento que hoje [terça-feira] assinamos é fruto de um trabalho do PSD e do CDS que, não abdicando das suas convicções mais profundas, conseguiram encontrar pontos de convergência suficientes para criar regras de relacionamento claras e, sobretudo, para apresentar aos madeirenses um programa exequível, mobilizador e transformador”, observou.
Salientando que a preocupação do CDS/Madeira “não foi discutir lugares”, mas “discutir orientações programáticas e criar pontes, tão vitais nos dias que correm, em todas as áreas”.
Rui Barreto sublinhou que o XIII Governo Regional será “um instrumento para defender a autonomia aquém e além-mar, contra o centralismo asfixiante da política de Lisboa”, assim como um instrumento para diminuir as assimetrias sociais e para distribuir melhor a riqueza, refundar o sistema regional de saúde, garantir que as contas públicas não representarão um fardo para as futuras gerações e defender o desenvolvimento integral da região e a sua competitividade.
“O governo que pretendemos formar não será um fim em si mesmo, será um instrumento ao serviço da Madeira e dos madeirenses”, acrescentou. Rui Barreto garantiu que o PSD “encontrará no CDS um parceiro leal e focado no interesse geral”.
O projeto de coligação entre os dois partidos começou a desenhar-se na noite das eleições regionais, em 22 de setembro, depois de o PSD/Madeira, liderado por Miguel Albuquerque, ter perdido pela primeira vez a maioria absoluta que o partido sempre deteve na região, ao eleger 21 dos 47 deputados que compõem a Assembleia da Madeira.
Nessa noite, Miguel Albuquerque fez o “convite” ao CDS/Madeira, que viu o seu grupo parlamentar ficar reduzido de sete para três deputados, para uma coligação governativa que permitisse a “estabilidade” para continuar à frente do executivo insular e garantir uma maioria parlamentar.
O PSD venceu as eleições legislativas da Madeira, mas perdeu a maioria absoluta com que sempre governou a região autónoma, obtendo 56.449 votos e a eleição de 21 deputados. A abstenção cifrou-se em 44,40% (114.805 eleitores).
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