Bloco pede a Costa para travar apoios ao Novo Banco
Depois de anunciados os prejuízos do Novo Banco e a perspetiva de mais um pedido de centenas de milhões ao Fundo de Resolução, Catarina Martins quer intervenção de Costa.
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, disse que “o Governo não deve autorizar mais pagamentos ao Novo Banco sem saber o que se passa”, realçando que o país tem direito a respostas. A afirmação da líder bloquista é feita depois de o Novo Banco anunciar prejuízos de 572,3 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, antecipando um novo pedido vultuoso ao Fundo de Resolução em março do próximo ano.
“O mínimo dos mínimos é o Governo não autorizar mais pagamentos ao Novo Banco sem saber exatamente como estão as coisas e sem nomear administrador público”, anotou Catarina Martins.
Aos jornalistas, a coordenadora do BE recordou que os bloquistas tinham avisado que a resolução do BES “ia custar muito dinheiro aos contribuintes” e vendê-lo a privados seria um erro. “Dissemos que era um erro vender o Novo Banco a privados porque iríamos continuar a pagá-lo mesmo depois de o vender, ou de o oferecer, oferecemo-lo”, considerou.
Segundo Catarina Martins, o Governo tem ainda de nomear um administrador para perceber o que o Novo Banco está a fazer com o dinheiro dos contribuintes. “O Estado tem de ter administrador. Não só para saber o que se passa, mas para poder responder a todo o país. […] Todo o país tem perguntas para fazer sobre o que se está a passar no Novo Banco e tem direito às respostas”, disse.
Num comunicado enviado, na sexta-feira, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Novo Banco indica que o resultado dos primeiros nove meses é “decorrente da combinação de uma perda de 712,4 milhões de euros na atividade ‘legacy’ e de um ganho de 140,1 milhões de euros na atividade recorrente”.
“Neste período, o Grupo Novo Banco registou perdas relacionadas com o processo de restruturação e desalavancagem de ativos não produtivos, designadamente o projeto Sertorius, o projeto Albatros, o projeto NATA II e o processo de venda da GNB Vida, cujo impacto negativo ascendeu a 391 milhões de eur
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