Ironhack lança acordo de rendimento partilhado em Portugal. Alunos só pagam os cursos quando encontrarem trabalho
Escola de formação em tecnologia permite aos alunos pagar cursos só depois de estarem empregados. Iniciativa é feita em parceria com a StudentFinance.
A escola de formação em tecnologia Ironhack anunciou esta quarta-feira o primeiro acordo de rendimento partilhado em Portugal, que permite aos alunos pagarem os respetivos cursos depois de conseguirem emprego nas áreas correspondentes.
A escola de programação é a primeira instituição de ensino em Portugal a apostar num programa do género e reforça assim o “compromisso em tornar os bootcamps mais acessíveis a todos”, independentemente do background ou da capacidade financeira, afirma a empresa em comunicado.
Na prática, a escola de tecnologia financia o curso de um conjunto de alunos selecionados na totalidade. Em troca, quando estes tiverem emprego, prescindirão de uma percentagem fixa do salário por um período de tempo previamente acordado, de forma a cobrirem o custo da formação. “Cada aluno compromete-se, assim, a pagar 12% do seu rendimento mensal bruto, desde que este seja, no mínimo, de 1.250€ (o que equivale a um rendimento anual bruto de cerca de 15.000 euros)”, explica a Ironhack. No caso de os estudantes não conseguirem ser empregados no mercado de trabalho ou caso o rendimento mensal bruto seja inferior ao valor de referência, “os pagamentos ficam automaticamente suspensos e serão apenas retomados quando estiver numa situação considerada mais estável”.
“Temo-nos cruzado com candidatos com enorme potencial durante o processo de admissão que depois, infelizmente, se viram impedidos de prosseguir porque não dispunham dos recursos financeiros necessários para pagar o curso. Na Ironhack, sempre fomos defensores de que a tecnologia não tem género nem idade e também não queremos que tenha classe social”, explica Álvaro González, diretor-geral da Ironhack Lisboa.
“A nossa missão é tornar a educação de qualidade na área tech mais acessível a uma escala global, promovendo a equidade. Ao sermos pioneiros a trazer este modelo para Portugal damos mais um importante passo nesse sentido, esforçando-nos por alinhar as nossas metas e preocupações enquanto escola com as dos alunos”, acrescenta o responsável.
"Temo-nos cruzado com candidatos com enorme potencial durante o processo de admissão que depois, infelizmente, se viram impedidos de prosseguir porque não dispunham dos recursos financeiros necessários para pagar o curso.”
Para a implementação do seu programa de ISA, a Ironhack conta com o apoio operacional da StudentFinance, que fica responsável por coletar os pagamentos e verificar os níveis salariais dos estudantes depois de terem concluído o curso e de estarem empregados. “Acreditamos em aumentar o acesso a oportunidades de educação que conduzam a carreiras de impacto elevado através de Acordos de Rendimento Partilhado. Estamos muito satisfeitos por colaborar com a Ironhack nesta missão conjunta”, explica Mariano Kostelec, CEO da StudentFinance.
O programa arranja já em janeiro com no curso bootcamp full-time de web development, e para um grupo inicial de 15 alunos. A ideia será alargar o programa a centenas de outros alunos em Portugal. As candidaturas ao programa podem ser feitas aqui.
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