Hora muda, mas pode ter o tempo contado. Quem quer mudar e porquê?

A proposta para abolir as mudanças de hora foi aprovada no Parlamento Europeu, mas vários países continuam a opor-se. Entre os que estão contra está Portugal.

Na madrugada deste domingo, os relógios serão adiantados em uma hora. Em outubro, mexe-se nos ponteiros outra vez, para recuar uma hora e entrar no horário de inverno. Estas mudanças, duas vezes por ano, começaram a ser implementadas no século passado para poupar energia e aproveitar a luz do sol. Mas hoje em dia, questiona-se a eficácia da medida, e elevam-se várias vozes para terminar com os diferentes horários.

Na Europa, os países estão divididos. O Parlamento Europeu aprovou a proposta da Comissão Europeia que prevê o fim da mudança de hora em 2021. A medida estava inicialmente prevista para março deste ano, mas perante a oposição de muitos Estados membros, incluindo Portugal, a iniciativa foi adiada dois anos. A decisão, apesar de ter passado no Parlamento Europeu, tem ainda de ser aprovada pelo Conselho Europeu.

Por cá, o Governo já indicou que quer continuar a mudar a hora, uma decisão que teve por base um parecer do Observatório Astronómico de Lisboa (OAL), a entidade competente na matéria. António Costa defendeu que Portugal deve manter o atual regime bi-horário e ter uma hora de verão e uma hora de inverno, considerando que “o bom critério e único é o critério da ciência”, em declarações à TVI.

O relatório, escrito pelo diretor do OAL, Rui Agostinho, aponta que “o cerne da escolha está na dependência humana no ciclo diário das ‘horas com luz’ para atividade, seguido do período das ‘horas escuras’ para o repouso”. Se o horário de verão se mantivesse sempre, ia amanhecer mais tarde, em alguns casos por volta das 9h00.

A par de Portugal, a Grécia e a Holanda são outros dos países que mostram relutância em acabar com as mudanças. Já Estados-membros como a Finlândia e a Estónia defendem que se deve adotar apenas um horário. Aqui ao lado, em Espanha, o Governo apoiou a proposta da Comissão Europeia. As alterações ao modelo horário são frequentemente discutidas pelos espanhóis depois de Francisco Franco decidir, em 1941, alinhar o fuso com Berlim, em apoio a Hitler.

Aqueles a favor de mudar as horas baseiam-se principalmente no aproveitamento da luz solar, e os seus benefícios. Por outro lado, os efeitos de alterar as rotinas, nomeadamente do sono, na saúde das pessoas, bem como na produtividade, é o que mais preocupa aqueles que são contra as mudanças. O incómodo de ter de ajustar os horários de serviços como os transportes também não abona a favor das mudanças. Já a poupança de energia, que esteve na origem da medida, acaba por ter um impacto residual atualmente, deixando de pesar tanto na decisão.

E fora da Europa?

Os Estados Unidos também se debatem com esta questão. Vários estados norte-americanos já avançaram com propostas para mudar o apelidado “daylight saving time, ou acabar com as mudanças de todo. O próprio presidente, Donald Trump, também já indicou na sua conta oficial do Twitter que não tinha objeções a tornar o que por cá chamamos o horário de verão permanente.

No Canadá, a discussão é antiga e várias petições foram assinadas para deixar de mudar a hora duas vezes por ano, mas ainda nada mudou. A ideia não é impossível, já que em países como a Rússia ou a Turquia adotou-se apenas um dos horários durante todo o ano.

Já pelo Japão, os relógios não são mudados todos os anos. Mas a medida foi considerada para os Jogos Olímpicos a realizar-se no verão de 2020, depois de ondas de calor no verão do ano passado levantarem preocupações relativamente à saúde dos atletas. O responsável pela edição dos Jogos Olímpicos em Tóquio propôs adotar um horário de verão, para que as provas ocorressem a horas de menos calor, mas a ideia foi rejeitada pela opinião pública, de acordo com a Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comissão de Transparência recua no aumento das restrições aos deputados

  • ECO
  • 30 Março 2019

PSD e PS juntaram-se em propostas de última hora antes de os diplomas subirem a plenário. Em causa estão as regras das atividades permitidas a deputados vindos da advocacia ou setor financeiro.

Os dois maiores partidos na Assembleia da República, PS e PSD, uniram-se para aprovar regras menos restritivas ao exercício do mandato de deputado, segundo escrevem este sábado o Jornal de Notícia e o Público (acesso condicionado). As propostas foram feitas na reta final da análise da Comissão da Transparência e representação uma inversão na tendência esperada para os diplomas que irão subir a plenário na próxima sexta-feira.

Em causa estão as regras das atividades permitidas aos deputados dos setores da advocacia ou financeiro. O PSD apresentou uma proposta, na votação ao Estatuto do Deputado, que proíbe o deputado de “emitir pareceres ou exercer o patrocínio judiciário nos processos, em qualquer foro, a favor ou contra o Estado ou quaisquer outros entes públicos”, em linha com o que tem sido defendido ao longo dos últimos três anos na comissão eventual.

No entanto, a mesma proposta permite que o deputado continue ligado a sociedades de advogados que o façam, desde que não intervenham nesses processos, segundo revela o Público. “A maior parte das sociedades de advogados são pequenas, dependem do sócio para se manterem, e às vezes até do seu desempenho profissional”, justificou o deputado social-democrata Álvaro Baptista, defendendo que “o desempenho de funções públicas não deve prejudicar quem vem de outras atividades”.

Além desta alteração, foi ainda proposto pelo PSD que os deputados possam intervir em processos em que uma das partes seja uma entidade pública, desde que não diretamente representada pelo Ministério Público. Por último, a proibição de “prestar serviços ou manter relações de trabalho subordinado com instituições, empresas ou sociedades de crédito, seguradoras e financeiras”, passou a não existir se o vínculo já existisse no momento de início de funções como deputado.

Apesar de as propostas terem sido feitas pelo PSD, foram viabilizadas pela abstenção do PS. O coordenador do partido na comissão, Pedro Delgado Alves, defendeu concordar que a limitação do advogado-deputado “não se repercute na atividade da sociedade”, acrescentou ainda o Público.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Contrato-Emprego tem novas regras. Veja o que muda

  • ECO e Lusa
  • 30 Março 2019

Tem uma empresa? Vai contratar? Se pretende recorrer à medida Contrato-Emprego do IEFP, saiba que há novas regras. Veja o que muda.

Há alterações à medida Contrato-Emprego do IEFP, que vêm mudar as regras de pagamento às empresas deste apoio financeiro à contratação de desempregados. Já foram publicadas em Diário da República, entrando em vigor este sábado.

A medida do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) estabelece o pagamento de 50% do apoio às empresas que contratarem desempregados inscritos nos centros de emprego logo na primeira de três prestações, ou seja, “após o início da vigência de todos os contratos de trabalho, no prazo de 20 dias úteis após a receção do termo de aceitação”.

A segunda prestação será de 25% do valor do apoio financeiro e será paga no 13.º mês de vigência do contrato, enquanto os restantes 25% serão pagos no 25.º mês do contrato.

Até agora, as empresas recebiam 20% do valor do apoio na primeira prestação, 30% na segunda e 50% só na última tranche.

O apoio financeiro é atribuído aos empregadores que celebrem contratos de trabalho sem termo ou a termo certo, por prazo igual ou superior a 12 meses, com a obrigação de darem formação profissional aos trabalhadores contratados.

No caso de contratos sem termo, o apoio corresponde a nove vezes o valor do Indexante de Apoios Sociais (IAS), ou seja, a 3.921,84 euros.

Nos contratos a termo, o apoio do IEFP é de três vezes o IAS, isto é, de 1.307,28 euros.

O apoio financeiro pode ser majorado em algumas situações, como é o caso de contratação de desempregado beneficiário do Rendimento Social de Inserção, pessoa com deficiência, pessoa que integre família monoparental ou no caso do posto de trabalho estar em território economicamente desfavorecido.

Com as alterações, o Governo pretende ainda agilizar o processo de candidaturas “passando o serviço público de emprego a decidir a candidatura no prazo de 20 dias úteis contados a partir da data da sua apresentação, após aplicação dos critérios de análise que constam da matriz definida no regulamento da medida e dentro da dotação orçamental existente”, lê-se no documento hoje publicado.

O diploma alarga ainda a medida do IEFP a ex-militares, “em linha com o espírito do Regulamento de Incentivos à Prestação de Serviço Militar nos Diferentes Regimes de Contrato e no Regime de Voluntariado, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 76/2018”.

A nova portaria aplica-se às candidaturas apresentadas após a sua entrada em vigor.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Manter impostos é necessário para reduzir dívida e reforçar serviços públicos, diz António Costa

  • ECO
  • 30 Março 2019

Em entrevista à TSF e ao Dinheiro Vivo, o primeiro-ministro aponta prioridades para a próxima legislatura. Consolidação das finanças públicas obriga à manutenção do financiamento do Estado, diz.

O primeiro-ministro defende que as maiores receitas do Estado com impostos, nos últimos anos, resultam da aceleração da economia e não de um aumento da carga fiscal. Em entrevista à TSF e ao Dinheiro Vivo (acesso livre), António Costa aponta para três prioridades para a próxima legislatura que considera mais urgentes do que baixar impostos: melhorar os serviços públicos, especialmente o Serviço Nacional de Saúde, cortar a dívida pública e reforçar o investimento.

“Penso que temos tido uma política equilibrada”, afirmou António Costa à TSF e Dinheiro Vivo sobre receitas e despesas públicas. “A receita do Estado, relativamente ao conjunto da riqueza nacional, é hoje superior. Mas é superior porquê? Porque temos aumentado os impostos ou porque a atividade económica gerou maior receita? Ora nós não aumentámos nem o IRS, nem o IVA, pelo contrário, baixámos estes dois impostos. E a receita tem estado a subir”.

A carga fiscal atingiu 35,4% do PIB em 2018, depois de no ano anterior ter chegado a 34,4%, o valor mais alto de sempre a par do ano de 2015. O aumento face a 2017 aconteceu apesar do abrandamento da travagem no PIB em 2018 face ao ano anterior. António Costa defendeu que o aumento da carga fiscal “não resulta de uma ação do Governo para aumentar impostos”, mas sim de as pessoas terem emprego e contribuírem para a segurança social, o que “é positivo”.

Questionado sobre se considera que os impostos em Portugal ainda são muito altos, o governante respondeu: “Temos que, simultaneamente, prosseguir a trajetória de libertar o país da enorme dívida pública que ainda tem. Temos que conseguir repor a capacidade e qualidade dos serviços públicos. E, portanto, isto significa que temos que manter os níveis de financiamento do Estado a estes níveis, para ser possível, simultaneamente, continuarmos a ter uma boa consolidação das nossas finanças públicas, o que é uma dádiva para o futuro, mas também é uma dádiva para o presente, porque o dinheiro que estamos a poupar nos juros estamos a afetar noutros setores. Mas, ao mesmo tempo, ir fazendo os investimentos que são necessários fazer”.

Apesar de defender a necessidade dos impostos para prosseguir com estes objetivos, António Costa admite que o nível de impostos pago pelos portugueses não é “aceitável” ou não teria “adotado a política fiscal” do Governo de eliminar a sobretaxa do IRS e de reposição de dois escalões do IRS. “Onde temos podido aliviar esse esforço fiscal temo-lo feito”, afirmou o primeiro-ministro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Número de condutores que ficaram sem carta duplicou

  • Lusa
  • 30 Março 2019

O sistema da Carta Por Pontos permitiu que 182 ficassem sem carta de condução em 2018, mais 118 do que em 2017, quando tinham ficado com o título cassado 64.

O número de condutores que ficaram sem carta mais do que duplicou no ano passado face a 2017, totalizando 182, revela o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) entregue na Assembleia da República.

Segundo o documento, o sistema da Carta Por Pontos permitiu que 182 ficassem sem carta de condução em 2018, mais 118 do que em 2017, quando tinham ficado com o título cassado 64.

O RASI indica também que o número de processos de cassação instruídos foi de 610 no ano passado, mais 546 do que em 2017, significando que já perderam a totalidade dos 12 pontos, mas o processo ainda não foi concluído.

Após a subtração da totalidade dos pontos, o condutor só fica sem a carta de condução depois de ter sido instaurado um processo autónomo administrativo e de ter sido efetivada a notificação da cassação, desde que não seja impugnada judicialmente.

O RASI refere ainda 47.690 condutores perderam pontos na carta de condução em 2018, significando um aumento de 166% em relação a 2017, altura em que totalizaram 17.925.

No sistema da Carta por Pontos são atribuídos ao condutor 12 pontos, que aumentam ou diminuem em função das infrações, ficando o automobilista sem a carta de condução, após ter perdido a totalidade dos pontos.

Depois da cassação do título, estes automobilistas vão ficar inibidos de conduzir durante dois anos e têm de tirar novamente a carta.

O RASI revela também que o número total de contraordenações registadas em 2018 atingiu os 1,7 milhões, significando um aumento de 75% face a 2017.

Relativamente ao número total de autos registados verificou-se um aumento de 62% das contraordenações leves, uma subida de 125% das graves e um aumento de 10% das muito graves.

Segundo o mesmo documento, o número de multas cobradas aumentou 31% e as contraordenações prescritas diminuiu 66%.

O RASI indica ainda que o Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO) registou 291.698 infrações por excesso de velocidade em 2018, mais 113.953 do que no ano anterior.

A maioria das multas registadas no SINCRO foram leves (147.059), seguido das graves (139.551) e muito graves (5.088).

O RASI dá conta de uma diminuição de 8,6% da criminalidade violenta e grave no ano passado, em relação a 2017, e de uma descida de 2,6% dos crimes gerais, apesar de se ter registado um aumento de 34,1% dos homicídios e de 46,4% dos crimes de extorsão.

Os crimes que contribuíram para a diminuição da criminalidade violenta e grave no ano passado foram o roubo por esticão, que desceu 18,6%, o roubo na via pública sem ser por esticão, que baixou 9,4%, menos 552.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Daqui a um ano só se falará da qualidade dos deputados do Livre, diz Rui Tavares

  • Lusa
  • 30 Março 2019

Para Rui Tavares 2019 será o ano da viabilização do Livre em eleições europeias e nacionais mas, para entrar numa convergência, a 'geringonça' tem de ser muito melhor do que aquilo que foi.

Rui Tavares prevê que 2019 vai ser “o ano da viabilização do Livre em eleições europeias e nacionais”, mas adverte que, para entrar numa convergência à esquerda, “a ‘geringonça’ tem de ser muito melhor do que aquilo que foi”.

“O Livre não almeja ser mais um partido do arco parlamentar, almeja ser o partido que muda qualitativamente o debate político em Portugal e, em Portugal, acerca da Europa”, sublinha Rui Tavares, cabeça de lista do Livre às europeias, depois de recordar que o partido foi o primeiro a defender a “convergência à esquerda, numa altura em que se era atacado por isso”.

Apesar da convicção de que o Livre fará parte do “arco da representação parlamentar europeia e nacional”, até para não ficar “de fora da cobertura mediática ou dos debates”, Rui Tavares condiciona o apoio dos seus hipotéticos deputados a um governo de esquerda a uma rutura com a situação atual.

“O Livre não se satisfaz com uma ‘geringonça’ de gabinete em que um secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, apesar de um trabalho muito digno, tenta ir do grupo parlamentar do PCP ao do Bloco”, salienta o antigo eurodeputado, em entrevista à Lusa, garantindo logo de seguida: “faríamos um tipo de participação que não tem nada a ver com a que foi feita pelo PCP, Bloco e PS”.

Segundo o cabeça de lista às europeias, o partido “contribuirá para uma maioria de esquerda mobilizando as bases sociais de apoio dessa maioria, falando diretamente com as pessoas, fazendo assembleias descentralizadas pelo país, com os jovens, com as associações de património”.

Os dois pontos negros da ‘geringonça’ foram a ecologia e a Europa. E, nesses dois pontos, o Livre irá à sociedade e isso permitirá ter uma força negocial muto maior porque terá posições ancoradas no debate social”, sustenta. Rui Tavares assinala, porém, que os dirigentes do Livre sempre foram conhecidos como “os pais espirituais da ‘geringonça'”.

Quanto aos objetivos eleitorais, depois dos 72 mil votos alcançados nas últimas eleições, Rui Tavares diz que “a meta para este ano é eleger deputados, no Parlamento Europeu e na Assembleia da República”, prevendo até que seja o partido-sensação na próxima legislatura. “Temos o programa mais forte em termos das propostas e das ideias”, sustenta.

“A partir do momento em que pessoas como a Joacine Katar Moreira, o Jorge Pinto, o Carlos Teixeira e outros estejam na Assembleia da República, vão ver que, daqui a um ano, não vão falar de outra coisa senão da qualidade dos deputados do Livre”, acentua. Porque, acrescenta, “o Livre é um partido da esquerda verde europeia, o único partido em Portugal que defende a democratização da União Europeia”.

Além disso, “o europeísmo do PS, PSD e CDS é um europeísmo do passado” e “a outra esquerda abdicou”, limitando-se a criticar a Europa sem a tentar mudar por dentro, argumenta. “Esta área da esquerda verde europeia, anti-austeritária e anti-populista é a área que está em maior crescimento em vários países da UE”, assinala, apontando o caso da Alemanha e da Holanda.

O Livre é “o único partido europeísta” à esquerda do PS, refere, considerando que os outros, BE e PCP, limitam-se a “prestar uma espécie de continuismo em relação à UE embora com uma retórica que parece até que vão sair”, o que é “uma ambiguidade que parece muito indesejável”.

“Do meu ponto de vista, abdicar do projeto europeu e abdicar da democracia para lá do estado-nação é abdicar dos valores da esquerda”, acusa o fundador do Livre e antigo eurodeputado, eleito em 2009 como independente nas listas do Bloco de Esquerda.

Rui Tavares considera ainda que alguns dos “competidores” do Livre “têm muito medo de uma esquerda verde europeia que pode ter bons resultados tanto nas áreas urbanas como nas áreas rurais e muito bons na área da diáspora”, recordando que, no último sufrágio para o Parlamento Europeu, o partido ganhou as eleições no consulado de Berlim, ficando à frente de PS e PSD.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Reino Unido lança app para europeus que queiram ficar no país

  • Lusa
  • 30 Março 2019

A app, chamada EU Exit ID Document Check App [Aplicação de Verificação de Documentos de Identificação sobre a Saída da UE], começa agora a funcionar em pleno.

O Governo britânico lançou uma aplicação eletrónica para que os cidadãos da União Europeia que vivam no Reino Unido possam continuar no país depois de a saída do Reino Unido da UE ser consumada.

A app, chamada EU Exit ID Document Check App [Aplicação de Verificação de Documentos de Identificação sobre a Saída da UE], começa agora a funcionar em pleno, depois de meses de testes, e através deste sistema os europeus no Reino Unido podem registar-se para não perder o direito a permanecer no país, se e quando for consumado o ‘divórcio’.

A secretária da Estado da Imigração, Caroline Nokes, manifestou orgulho pelo lançamento da app porque, argumentou, significa que os 3,6 milhões de cidadãos europeus residentes no Reino Unido, que classificou de “amigos e família”, podem ficar “independentemente da relação com a UE”.

Para se registarem na app, os estrangeiros europeus devem apresentar um documento de identificação, declarar se têm antecedentes criminais e entregar uma fotografia, tudo de maneira digital e dentro da app.

“A minha mensagem aos europeus é que este é um processo simples e direto e algumas das experiências das pessoas que ouvi dão conta de que os cidadãos recebem a confirmação do seu estado numa questão de horas”, acrescentou a governante.

Do outro lado da app estão mais 1.500 funcionários governamentais cuja função é verificar as informações e conferir o estatuto consoante os anos de residência no país e as informações prestadas.

Os cidadãos da UE, assim como os da Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça devem completar o processo até 30 de junho de 2021 ou, se houver retirada sem acordo, até 31 de dezembro de 2020.

A iniciativa britânica surge num momento de incerteza relativamente ao futuro da relação política entre o Reino Unido e a União Europeia.

Na sexta-feira, os deputados britânicos rejeitaram por 58 votos, agora pela terceira vez, o Acordo de Saída do Reino Unido da União Europeia (UE), abrindo as portas a um Brexit sem acordo em 12 de abril.

O Acordo de Saída, de 585 páginas, estabelece os termos da saída do Reino Unido da UE para que se faça de forma ordenada e estabelece um quadro jurídico quando os Tratados e a legislação da UE deixarem de se aplicar ao Reino Unido.

O documento foi chumbado em 12 de março por 391 votos contra e 242 votos a favor, uma diferença de 149 votos, repetindo o chumbo de janeiro por 432 votos contra e 202 a favor, uma margem histórica de 230 votos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo defende que não há crescimento económico sem “maior coesão social”

  • Lusa
  • 30 Março 2019

Referindo que “há uma Lei de Bases da Economia Social”, Marcelo considerou que existem aspetos desta lei que têm de ser desenvolvidos, regulamentados e aprofundados.

O Presidente da República considera que não é possível haver crescimento económico sem “maior coesão social”, salientando que “quem cria riqueza são as pessoas”. Marcelo Rebelo de Sousa participou esta sexta-feira no encerramento da jornada nacional de reflexão sobre o tema “A economia social no Portugal 2030”, que decorreu na Azambuja, distrito de Lisboa, promovida pela Confederação Portuguesa de Economia Social (CPES).

Na sua intervenção, o chefe de Estado vincou que “não há desenvolvimento económico, como se lembra agora, sustentável, sem haver maior coesão social”, assinalando que é necessário haver “cada vez menos diferenças entre territórios, entre pessoas, entre atividades profissionais, entre setores da vida económica e social”.

Apontando que é preciso ultrapassar estas diferenças, Marcelo Rebelo de Sousa advogou que “não serve de muito haver um grupo que vai mais à frente, que cresce mais, vai mais longe, se para trás forem ficando muitos outros que não acompanhem o ritmo do crescimento”.

“Precisamos de crescer, e cada vez mais, e crescer de cada vez mais de forma sustentada, isto é um ano, e depois dois anos, e depois três anos, cinco anos, e depois dez anos. E precisamos de crescer, garantindo o máximo de homogeneidade social”, referiu, salientando que esta é uma “questão de justiça” e também uma “questão do próprio crescimento”.

E explicou: “Se for apenas um setor do nosso país, uma área do nosso país, um território dos que formam Portugal, ou alguns territórios a crescerem muito mais que os outros e os outros ficarem para trás, isso significa que o todo não está a ir tão longe quanto podia e devia”.

Referindo que “há uma Lei de Bases da Economia Social”, Marcelo considerou que existem aspetos desta lei que têm de ser desenvolvidos, regulamentados e aprofundados. “Ficaram pelo caminho ou então aquilo que foi aprovado para cada uma das categorias de entidades foi ultrapassado pelo tempo”, notou.

O chefe de Estado assinalou também que “não se resolvem os problemas do país só com leis” e frisou ser uma “ilusão que aprovando uma lei o problema está resolvido”.

“Não está resolvido, falta fazer o resto e o resto é mais importante do que votar a lei. A lei é importantíssima, mas depois levar a lei à prática, confrontá-la com a realidade, garantir que é executada e concluir que era ajustada, isso ainda é mais importante”, vincou. E essa tarefa “constante” e “trabalhosa” cabe a instituições como a CPES, afirmou, acrescentando que elas terão um papel importante também na descentralização.

O Presidente da República defendeu ainda que “quem cria a riqueza são as pessoas, são as organizações das pessoas”, pelo que o Estado “define linhas, aponta quadros, suscita condições favoráveis, pode condicionar melhor ou pior”.

“Mas quem cria a riqueza, quem distribui a riqueza, quem proporciona a educação e a saúde e a solidariedade social não é só o Estado. Se fosse só o Estado não tinha havido o que houve das IPSS [instituições particulares de solidariedade social] e das misericórdias a aguentar a resolução de tantos problemas em tantos períodos de crise”, apontou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Seca: Agricultores pedem apoios do Governo para mitigar falta de alimentação animal

  • Lusa
  • 30 Março 2019

A falta de água já está a refletir-se no rendimento dos produtores, que, devido à redução do pasto, têm que comprar rações e alimentos grosseiros, como complementos e outros substratos.

O presidente da confederação dos agricultores disse este sábado que, devido à seca, a alimentação animal começa a ser um problema que tende a agravar-se, refletindo-se no rendimento dos produtores, e apelou ao Governo que avance com medidas.

“Tudo o que tenha a ver com alimentação animal começa a estar numa situação problemática […]. Neste momento, a região Sul é a mais atingida, juntamente com Trás-os-Montes. Na região do Ribatejo já se começa a notar e agora vai ser uma espécie de rastilho, porque se não houver chuva nos próximos dias, é num ápice que o estado das pastagens entra em quebra absoluta”, disse o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Eduardo Oliveira e Sousa, em declarações à Lusa.

De acordo com o responsável, a falta de água já está a refletir-se no rendimento dos produtores, que, devido à redução do pasto, têm que comprar rações e alimentos grosseiros, como complementos e outros substratos.

“Isso tudo tem custos e há um outro problema que é a dificuldade em encontrar esses produtos, que são limitados. Portugal não é um país muito grande e tem a sua estrutura montada para que a alimentação animal seja ajudada por esses produtos em determinadas fases […], mas não para quase todo o ano”, explicou.

Eduardo Oliveira e Sousa notou ainda que, a longo prazo, este problema vai obrigar à mudança de culturas, como as que já se verificam no Douro, com a substituição de vinhas.

“Os agricultores não têm uma varinha mágica que diga como é que se resolve um problema que apareceu demasiadamente depressa e que está a dar-nos a informação de que veio para ficar. Os agricultores precisam de ajuda […] de quem tem conhecimento e possibilidade para se dedicar ao estudo desse problema, para produzir alternativas que sejam palpáveis, num curto espaço de tempo”, sublinhou.

O presidente da CAP alertou também que as plantas estão a entrar em fase de seca, dando origem “a um pasto fraco, com pouco volume”, o que leva os agricultores a utilizar mais cedo “as reservas que tinham para a fase crítica”, que uma vez esgotadas, podem implicar a importação de produtos para a alimentação animal.

O líder da confederação dos agricultores afirmou que é necessário que o Ministério da Agricultura avance com medidas para tentar mitigar este fenómeno, nomeadamente, através da União Europeia.

Algumas das medidas “são passíveis de autorização pela União Europeia, porque têm a ver com regulamentos da aplicação da Política Agrícola Comum [PAC] e, por isso, é fundamental que o ministério esteja atento a esta situação, porque a alimentação animal já está em crise em algumas regiões e vai entrar, de uma forma generalizada”, reiterou.

Por outro lado, sublinhou, as medidas de emergência, definidas pelo Governo em 2017, ainda não estão, novamente, a ser postas em prática. “Ainda não há normas, anúncios, mas eu creio que não faltará muito”, assegurou.

Já sobre o Plano Nacional de Regadios, uma das soluções apresentadas pelo Governo para mitigar os efeitos da seca, Eduardo Oliveira e Sousa garantiu que, apesar de ser um bom programa, “não é obra que esteja já pronta”, nem é “suficientemente ambicioso”.

Por isso, a CAP “tem vindo a chamar à atenção do Governo” de que são necessários “estudos sobre outras obras [noutras] regiões que estão a entrar em carência e que não estão abrangidas” pelo plano.

“É necessário mais [nomeadamente] envolver entidades técnicas, criar um grupo que estude as regiões do país onde existem possibilidades de desenvolvimento, novos armazenamentos com objetivos múltiplos como o Alqueva […] para minimizar também os efeitos dos incêndios florestais que terão tendência a agravar-se”, concluiu.

O Programa Nacional de Regadios, apresentado pelo Governo em março de 2018, tem como objetivos aumentar, reabilitar e modernizar os regadios existentes e criar novas áreas, com uma dotação de 560 milhões de euros até 2023.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Carro por 400 euros? Câmara de Lisboa está a vender frota em hasta pública

De tempos a tempos, é preciso renovar a frota. Por isso, a Câmara Municipal de Lisboa está a vender, em hasta pública, 23 veículos. Há Audis, VWs e Volvos. A maioria são a diesel.

Está à procura de carro? A Câmara Municipal de Lisboa (CML) está a vender mais de duas dezenas de automóveis. Colocou em hasta pública vários lotes com Audis, Volkswagens e Volvos, mas também muitos modelos utilitários, na sua maioria a gasóleo. Há “bombas” já com alguns anos a 2.500 euros, mas quatro centenas de euros chegam para arrebatar o mais barato da frota.

Há, ao todo, 23 veículos em hasta pública, sendo que os primeiros lotes são aqueles que deverão atrair mais atenções já que se tratam de modelos de gama mais elevada. Arrancam com dois Volvo, um S40 e um S60, um a gasóleo e o outro a gasolina, mas que têm ambos um valor base de venda de 2.500 euros. A estes junta-se um Audi A4, a diesel, pelo mesmo valor. No entanto, tem 369.846 quilómetros.

Por um valor ligeiramente inferior estão em hasta pública dois monovolumes, um da Lancia e outro da Toyota, ambos com um valor base de 2.250 euros, a que se terá de somar o IVA. Ou seja, o valor final, assumindo este valor, será de 2.767 euros, de acordo com os cálculos do ECO.

Na lista surgem veículos mais recentes, de 2007 e 2008, à venda por valores entre os 1.750 e os 1.950 euros, mas também há modelos já com mais de duas décadas de uso. Há quatro Citroën Saxo a diesel com valores base de 500 euros, mas também dois Opel Corsa que podem ser arrematados por apenas 400 euros.

No extremo oposto, ou seja, os veículos mais caros em hasta pública não serão para ser utilizados no dia-a-dia. Tratam-se de três carrinhas de trabalho da CML, duas Toyota e uma Mitsubishi, que custam 2.950 euros.

Tanto estes carros de trabalho como os restantes serão vendidos “no estado de uso em que se encontram”, refere o Boletim Municipal da CML. A maioria aparenta estar em bom estado, apesar dos quilómetros já percorridos, mas outros, como um Smart que está em hasta pública, já não.

Os interessados terão de apresentar as suas propostas por correio, “em envelope opaco e fechado, sob registo e com aviso de receção ou entregues por mão própria, pelos proponentes ou seus representantes, contra recibo”.

As propostas deverão dar entrada na Direção Municipal de Higiene Urbana até às 17h00 do dia 29 de abril de 2019.O ato público tem lugar às 10h00, do dia 30 de abril de 2019, na Direção Municipal de Higiene Urbana, sita na Avenida Infante D. Henrique, em Lisboa”, refere o Boletim Municipal.

Veja a lista completa dos automóveis em hasta pública:

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministério Público acusa TVI e diretor de informação no caso Banif

  • Lusa
  • 29 Março 2019

A TVI foi acusada pelo Ministério Público de ofensa à reputação económica do Banif. O diretor de informação, Sérgio Figueiredo, foi também acusado de desobediência qualificada.

O Ministério Público acusou a TVI de ofensa à reputação económica do Banif e o diretor de informação da estação de televisão de, nomeadamente, desobediência qualificada e ofensa à reputação, disse esta sexta-feira a Comissão Liquidatária.

Em comunicado, a Comissão Liquidatária refere que o Banif foi esta sexta-feira notificado do despacho do Ministério Público do encerramento do inquérito, no qual, além do crime de desobediência qualificada e ofensa à reputação económica do Banif, foi ainda deduzida acusação de crime de ofensa a organismo, serviço ou pessoa coletiva sobre o diretor de informação da TVI, Sérgio Figueiredo. A TVI está acusada de ofensa à reputação económica do Banif.

Na base deste processo está uma queixa do Banif (em liquidação), na sequência da notícia sobre o alegado “fecho” do banco, emitida pelo canal TVI 24, no dia 13 de dezembro de 2015, com o banco a considerar que a notícia esteve na “origem de uma enorme perda de liquidez ao longo dos dias” imediatamente a seguir à transmissão e, posteriormente, “da resolução do banco dos danos por ele provocados”.

“De acordo com a acusação do Ministério Público, o arguido Sérgio Figueiredo, previu e quis revelar e divulgar/tornar público tal notícia num meio de comunicação, não obstante saber que o seu teor poderia ser falso e que a mesma seria ofensiva da imagem e competência económica do Banif”, salienta o comunicado da Comissão Liquidatária do banco.

A Lusa tentou obter uma reação da TVI à decisão do Ministério Público, nomeadamente sobre se iria requerer abertura da instrução do processo, mas ainda aguarda resposta. O ECO contactou também a TVI, que não fez nenhum comentário à notícia.

Contactado pela Lusa, o diretor de informação da TVI declinou fazer qualquer comentário. A Lusa contactou também a Procuradoria-Geral da República, mas não foi possível obter nenhuma informação.

Após esta notificação do encerramento do inquérito e da dedução de acusação, as partes podem requerer a abertura da instrução, dispondo de um prazo de 30 dias para o fazer.

A TVI noticiou em 13 de dezembro de 2015 (um domingo à noite) que o Banif ia ser alvo de uma medida de resolução. A notícia terá, segundo o banco, precipitado a corrida aos depósitos, cuja fuga foi próxima de mil milhões de euros na semana seguinte, segundo revelaram no parlamento vários responsáveis.

Em 20 de dezembro de 2015, o Governo e o Banco de Portugal anunciaram a resolução do Banif, com a venda de parte da atividade bancária ao Santander Totta, por 150 milhões de euros, e a transferência de outros ativos – incluindo ‘tóxicos’ – para a nova sociedade veículo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Otimismo comercial dita ganhos em Wall Street. S&P 500 tem melhor trimestre da última década

O índice S&P 500 registou o melhor trimestre desde setembro de 2009. Nesta sessão, as negociações comerciais entre os EUA e a China animaram os investidores.

A última sessão da semana, e também do trimestre, mostrou-se positiva para Wall Street. As bolsas norte-americanas fecharam em alta, com os investidores otimistas relativamente às negociações comerciais entre a China e os Estados Unidos. Esta sessão marcou também a estreia da Lyft, aplicação de mobilidade, que brilhou no seu primeiro dia.

Este foi o melhor trimestre desde setembro de 2009 para o S&P 500, que registou neste período uma valorização de 13,07%. Os índices Dow Jones e Nasdaq também atingiram máximos neste trimestre, de 2013 e 2012, respetivamente. “Tem sido um trimestre surpreendentemente forte. As pessoas estão a ficar mais confiantes do que estavam no início do trimestre e isso é um sinal positivo, mas ainda há algumas preocupações com o comércio”, disse Robert Pavlik, da SlateStone, citado pela Reuters.

Já nesta sessão, o S&P 500 valorizou 0,67% para 2.834,43 pontos, enquanto o industrial Dow Jones subiu 0,82% para 25.928,68 pontos. A Boeing, uma das empresas mais sensíveis às negociações comerciais, e a braços com dois acidentes mortais, avançou 1,86% para os 381,42 dólares. A acompanhar esta tendência ficou ainda o índice tecnológico Nasdaq que somou 0,78% para 7.729,32 pontos.

Apesar de a visita da delegação norte-americana a Pequim ter terminado sem um acordo, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, disse que as discussões foram “construtivas”. Na próxima semana, será a vez de Washington de receber uma delegação chinesa.

A Lyft, rival da Uber, estreou-se em bolsa nesta sexta-feira, avaliada em 24,3 mil milhões de dólares (21,6 mil milhões de euros). Esta entrada para Wall Street acontece no âmbito de um IPO que permitiu à empresa angariar 2,34 mil milhões de dólares (2,08 mil milhões de euros). Cada ação chegou ao mercado a 72 dólares, mas os títulos da empresa avançaram 9,85% para os 79,09 dólares nesta sessão.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.