Governo sobe meta de incorporação de biocombustíveis para 2021 para 11%

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2020

O Governo fixou as metas de incorporação de biocombustíveis para 2021 em 11%, mais um ponto percentual face a 2020.

O Conselho de Ministros aprovou o decreto-lei que procede à revisão das metas de incorporação de biocombustíveis para 2021, fixando-a em 11% e, no caso dos biocombustíveis avançados, em 0,5%.

“Foi aprovado o decreto-lei que procede à revisão das metas de incorporação de biocombustíveis, incluindo os biocombustíveis avançados, nos combustíveis rodoviários em território nacional para o ano de 2021”, lê-se no comunicado do Conselho de Ministros.

Segundo fonte oficial do Ministério do Ambiente e da Ação Climática, a meta de incorporação de biocombustíveis para 2021 é de 11%, quando este ano era de 10%, sendo a contribuição dos biocombustíveis avançados – produzidos a partir de resíduos e outras matérias-primas consideradas ambientalmente mais sustentáveis – fixada em 0,5%.

Em novembro, o presidente da Associação Portuguesa de Produtores de Biocombustíveis (APPB), Miguel Costa, alertou para a urgência de um quadro legislativo claro para o setor, sem o qual é “impossível motivar os investidores”.

“Necessitamos ter mais clareza naquilo que é a legislação, um quadro legislativo claro com a maior urgência, para poder avançar e, eventualmente, olhar para investimentos nessa área”, defendeu na altura o responsável da associação que representa os produtores de biocombustíveis, que falava numa conferência promovida pela APPB.

“Não tendo essa clareza no setor, será impossível motivar os investidores a moverem-se nessa direção”, acrescentou.

A lei que regula os biocombustíveis caduca a sua validade no final deste ano, por imposição de uma diretiva europeia que tem de ser transposta para a lei nacional.

A legislação ainda em vigor estabelece os critérios de sustentabilidade para a produção e utilização de biocombustíveis e biolíquidos e define os limites de incorporação obrigatória de biocombustíveis, bem como o mecanismo de apoio aos biocombustíveis a vigorar até 2020.

O diploma estabelece, ainda, metas obrigatórias para as entidades que introduzem no consumo combustíveis no setor dos transportes, no que diz respeito à incorporação de biocombustíveis nos combustíveis colocados no mercado, que é, atualmente, de 10%.

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Estabelecimentos fechados desde março terão contratos de arrendamento prolongados e nova linha de crédito

O Governo delineou novas medidas de apoio para os estabelecimentos que têm de manter as portas fechadas desde o início da pandemia, como o diferimento do pagamento das rendas.

O Governo anunciou um conjunto de novas medidas para as empresas, para fazer face à pandemia, que incluem também apoios para os estabelecimentos que se viram forçados a fechar portas desde março e que continuam sem poder abrir. Entre eles inclui-se o prolongamento da duração dos contratos de arrendamento, bem como o acesso a uma nova linha de crédito.

Será prolongada a duração dos contratos de arrendamento dos estabelecimentos encerrados, por um período igual ao da duração do encerramento. Após a reabertura, os estabelecimentos continuam a beneficiar dos contratos, com uma duração mínima de seis meses, adiantou o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, em conferência de imprensa.

Continuam também a ter suspenso o pagamento de rendas, medida na qual têm condições diferentes os estabelecimentos encerrados desde março. É diferido, para janeiro de 2022, o início do pagamento das rendas referentes a 2020, sendo que o pagamento das rendas de 2021 é também diferido para a mesma data. Este pagamento pode ser feito em 24 mensalidades.

Para além disso, os estabelecimentos ficam elegíveis para uma nova linha de crédito, que neste caso é para arrendatários, com prazo de reembolso até seis anos e carência de 12 meses. Esta linha não tem restrição de acesso a quem já acedeu a outras linhas de crédito.

Os locais que tiveram de fechar portas durante a pandemia, como as discotecas e os bares, poderão também aceder ao programa Apoiar com uma majoração. O apoio é majorado para a tipologia superior, até 40 mil euros para microempresas e 100 mil euros para pequenas empresas.

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Seguradora Travelers adquire plataforma digital InsuraMatch

  • ECO Seguros
  • 10 Dezembro 2020

A InsuraMatch desenvolve mediação de seguros em regime independente, operando uma sofisticada plataforma tecnológica que compara ofertas de mais de 40 seguradoras nos EUA.

O grupo segurador The Travelers Company Inc anunciou a aquisição da InsuraMatch LLC, uma agência de seguros, independente e focada na distribuição digital, até agora pertencente ao Plymouth Rock Group. A transação, cujo valor não foi revelado, está sujeita à verificação das condições habituais, esperando-se que esteja concluída no primeiro trimestre de 2021.

A InsuraMatch utiliza uma plataforma online inovadora para ajudar os consumidores a comparar ofertas de mais de 40 companhias de seguros em todos os Estados Unidos. Com foco no seguro pessoal, a mediadora independente oferece coberturas no ramo automóvel, barco, motociclos, seguros de arrendamento, habitação e inundação.

“Continuamos a investir em talento e tecnologia que nos permitirão servir melhor os nossos clientes e proporcionar capacidades estratégicas aos nossos agentes e corretores num ambiente cada vez mais digital”, afirmou Michael Klein, vice-presidente executivo da Travelers e presidente de Seguros Pessoais do grupo. “A escalabilidade da plataforma tecnológica InsuraMatch irá complementar os nossos esforços para encontrar os clientes onde eles estão, dar-lhes o que precisam e servi-los como eles esperam”.

Por seu lado, citado no mesmo comunicado, Marc Buro, CEO da InsuraMatch, referiu:”Temos vindo a construir o nosso negócio ao longo dos últimos anos e estamos entusiasmados por entrar numa nova fase com o apoio dos Travelers”.

Fundada em 2004 como parte do grupo Plymouth Rock, companhia de seguros que opera duas marcas principais (Plymouth Rock Assurance e Plymouth Rock) em diversos estados dos EUA, a InsuraMatch sempre funcionou como uma unidade de gestão autónoma. Após a aquisição, a plataforma digital continuará a operar de forma independente e a gerir todas as parcerias estabelecidas com outras seguradoras. “Com a nossa talentosa equipa e tecnologia comprovada, aliada à perícia e ao suporte financeiro da Travelers, poderemos continuar a crescer ao mesmo tempo que melhoramos a experiência do cliente”, complementou Buro.

Em 2019, a mediadora que opera a plataforma online de seguros personalizados produziu perto de 32 milhões de dólares em prémios (cerca de 26,3 milhões de euros ao câmbio atual). Ainda, de acordo com o comunicado da Travelers, a Encharter Insurance, corretora da Plymouth Rocks no Massachusetts não está incluída no acordo para aquisição da InsuraMatch, mantendo-se como parte do Plymouth Rock Group of Companies.

A The Travelers Companies, entidade com mais de 160 anos de história e a operar através de mais de 13 mil corretoras e agentes independentes distribuídos pelos EUA, Canadá, Reino Unido e Irlanda, encerrou o terceiro trimestre de 2020 com resultado líquido de 827 milhões de dólares (682 milhões de euros), com 7,77 mil milhões de dólares (cerca de 6,4 mil milhões de euros) de prémios líquidos subscritos (+3% face a um ano antes).

Melhorando também o resultado da carteira de investimentos e a rentabilidade sobre capitais próprios (de 6,2% em setembro de 2019, para 12,1% no RoE de final de setembro passado), a Travelers apresentou um rácio combinado de 94,9%, com melhoria de 6,6 pontos percentuais face ao período comparável do ano anterior.

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Debates para as presidenciais arrancam a 2 de janeiro

  • ECO
  • 10 Dezembro 2020

Os debates começam no dia 2 de janeiro na televisão e terminam passado uma semana. No total, serão 15 debates entre candidatos para as eleições presidenciais de 24 de janeiro.

O início do ano será marcado pelos debates presidenciais que arrancam dia 2 de janeiro. No total, serão 15 os “frente-a-frente” entre candidatos à presidência da República. Sem surpresas, é Marcelo Rebelo de Sousa que abre e fecha os debates entre candidatos, avança o Expresso.

No dia seguinte, a 3 de janeiro, o Presidente da República que concorre para um segundo mandato debate com Tiago Mayan (da Iniciativa Liberal), enquanto Ana Gomes enfrenta a Marisa Matias (Bloco de Esquerda), no dia 4 de janeiro. Passados dois dias será a vez de Marcelo Rebelo de Sousa debater com André Ventura (Chega).

Os debates terminam dia 9 de janeiro com as intervenções de Marcelo Rebelo de Sousa e Ana Gomes. As eleições têm lugar no dia 24.

Fique a conhecer o calendário dos debates para as eleições presidenciais:

2 de janeiro

  • Marcelo Rebelo de Sousa – Marisa Matias (RTP1)
  • João Ferreira – André Ventura (TVI24)

3 de janeiro

  • Marcelo Rebelo de Sousa – Tiago Mayan (RTP1)

4 janeiro

  • Marcelo Rebelo de Sousa – João Ferreira (TVI)
  • Marisa Matias – Ana Gomes (SIC – Notícias)

5 de janeiro

  • João Ferreira – Ana Gomes (RTP1)
  • André Ventura – Tiago Mayan (SIC – Notícias)

6 de janeiro

  • Marcelo Rebelo de Sousa – André Ventura (SIC)
  • João Ferreira – Tiago Mayan (TVI24)

7 de janeiro

  • Marisa Matias – André Ventura (SIC)
  • Ana Gomes – Tiago Mayan (TVI24)

8 de janeiro

  • Ana Gomes – André Ventura (TVI)
  • Marisa Matias – João Ferreira (RTP1)

9 de janeiro

  • Marcelo Rebelo de Sousa – Ana Gomes (RTP1)
  • Marisa Matias – Tiago Mayan (SIC – Notícias)

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Português João Fonseca eleito para board da UEFA Academy

Na FIFA desde 2018, João Fonseca foi um dos sete escolhidos para integrar board da UEFA Academy, o braço de formação de executivos da organização europeia de futebol.

João Fonseca trabalha na FIFA desde 2018.D.R.

O português João Fonseca foi eleito membro do board da UEFA Academy, a estrutura responsável pela condução dos programas de formação de executivos dentro da organização europeia de futebol. Analista de negócio da FIFA desde 2018, com particular foco nos direitos televisivos, o português integrou o Gabinete Executivo da FPF entre 2015 e 2018, trabalhando em projetos diversos nas áreas de business intelligence, competitive balance nas competições nacionais ou da Portugal Football School.

A recém-criada UEFA Academy é uma estrutura, dentro da União das Federações Europeias de Futebol, que coordena e centraliza as iniciativas relacionadas com a formação de executivos, área de atuação que a UEFA iniciou há cerca de uma década. A ideia de criação de um board tem como objetivo assegurar a ligação entre a UEFA e os executivos formados e em formação, que incluem executivos da indústria do futebol, antigos jogadores e gestores.

João Fonseca foi um dos sete escolhidos entre cerca de 20 candidatos ao board da UEFA Academy, que já contabiliza mais de 2.000 graduados de mais de 120 nacionalidades. O mandato tem a duração de dois anos. “É um acumular de responsabilidades e, agora, numa outra organização. Mas, mais do que isso, enquadra-se perfeitamente na minha maneira de pensar o futuro da indústria, que deve ser baseada tanto quanto possível na qualificação dos seus agentes”, assinala, em conversa com a Pessoas/ECO.

Anualmente, a UEFA Academy leva a cabo mais de 56 cursos e formações, espalhados por 157 dias do ano. Estes programas já decorreram em 48 países do mundo. A primeira reunião do board recém-eleito está marcada para janeiro de 2021.

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Estados-membros chegam a acordo final sobre a bazuca de 1,8 biliões

O presidente do Conselho Europeu anunciou esta quinta-feira que os Estados-membros chegaram a acordo sobre a bazuca europeia. Hungria e Polónia deixaram cair o veto que ameaçaram nas últimas semanas.

Confirma-se: o veto da Hungria e da Polónia à bazuca europeia caiu. O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, anunciou esta quinta-feira que os Estados-membros chegaram a um acordo final sobre o Quadro Financeiro Plurianual (QFP) 2021-2027 e o Fundo de Recuperação europeu (Próxima Geração UE). “Agora podemos começar a implementar [a bazuca] e construir de novo as nossas economias“, escreveu Michel no Twitter, após ter terminado a discussão sobre este tema no Conselho Europeu que começou esta quinta-feira.

Após o acordo inicial de julho no Conselho Europeu e as negociações que se seguiram com o Parlamento Europeu, este passo deverá significar que a bazuca europeia vai mesmo avançar durante a presidência alemã. Contudo, depois da aprovação do Conselho Europeu, há partes da legislação que ainda têm de ser aprovadas por alguns parlamentos nacionais para que depois a Comissão Europeia possa ir aos mercados financeiros endividar-se em nome da União Europeia.

As imagens do Conselho Europeu divulgadas pelo porta-voz de Charles Michel, Barend Leyts, mostram o presidente do Conselho Europeu, a chanceler Angela Merkel — a Alemanha tem atualmente a presidência do Conselho da UE, que passará a Portugal em janeiro — e o presidente francês Emmanuel Macron em negociações com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Órban, o principal opositor do mecanismo de Estado de direito que vários Estados-membros e os eurodeputados quiseram incluir neste acordo.

A solução, segundo a imprensa europeia, terá passado por uma declaração interpretativa desse mecanismo — o qual legalmente deverá ficar intacto tal como foi negociado entre o Parlamento Europeu e a presidência alemã — onde se prevê uma série de salvaguardas impostas pela Hungria e a Polónia, assim como a possibilidade de um país recorrer das eventuais penalizações para o Tribunal de Justiça da UE, congelando o processo (que cabe à Comissão Europeia dirigir). Além disso, o mecanismo só vai aplicar-se aos fundos futuros e não aos do passado. Contudo, para se saber exatamente o conteúdo deste acordo será necessário esperar pela publicação das conclusões oficiais deste Conselho Europeu que se debruça sobre outros assuntos como a pandemia e o clima.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, já veio congratular a presidência alemã pelo acordo alcançado. “A Europa segue em frente“, escreveu no Twitter, realçando que os 1,8 biliões de euros vão contribuir para a “recuperação [económica] e construir uma União Europeia mais resiliente, verde e digital“.

No total, a bazuca europeia, como tem sido apelidada em Portugal ao longo dos últimos meses, irá disponibilizar 1,8 biliões de euros ao longo da próxima década para os Estados-membros: 1,15 biliões de euros através do habitual orçamento comunitário (o Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027) e 750 mil milhões de euros através do Fundo de Recuperação europeu criado especificamente por causa da crise pandémica.

Este último será financiado através de uma emissão de dívida da Comissão Europeia em nome da UE — algo inédito — e contém uma componente a fundo perdido (340 mil milhões de euros) e outra de empréstimos (410 mil milhões de euros). Estima-se que Portugal vá receber 15,3 mil milhões de euros através do Fundo de Recuperação europeu, aos quais se pode juntar mais 15,7 mil milhões de euros em empréstimos.

Ao todo, incluindo o que falta executar do orçamento comunitário que acaba este ano mais o próximo que decorre até 2027, Portugal irá receber 57,9 mil milhões de euros de subvenções vindas da União Europeia nos próximos sete anos, o que o Governo tem assumido ser um grande desafio de execução dados os prazos apertados que têm de ser cumpridos (caso contrário são desperdiçados).

(Notícia atualizada às 18h38 com mais informação sobre o acordo)

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PSD diz que ministro assumiu desconforto com decisão de Costa de não levar plano da TAP a votos

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2020

"O senhor ministro disse-nos até que não estava muito confortado, ou confortável, não estava muito satisfeito com a decisão do primeiro-ministro", diz Adão Silva sobre Pedro Nuno Santos.

O PSD afirmou esta quinta-feira que o ministro Pedro Nuno Santos assumiu entender que o “caminho certo” era fazer votar o plano de reestruturação da TAP no parlamento e até “não estar confortável” com a decisão contrária do primeiro-ministro. Em declarações aos jornalistas no final da reunião com o Governo, o líder parlamentar do PSD, Adão Silva, falou num “dissenso” entre o primeiro-ministro e o ministro das Infraestruturas sobre a possibilidade de fazer votar este plano, hoje totalmente afastada por António Costa.

Questionado se o ministro Pedro Nuno Santos tinha assumido essa vontade na reunião de esta quinta-feira, o deputado do PSD respondeu afirmativamente. “Sim, sim, o senhor ministro disse-nos até que não estava muito confortado, ou confortável, não estava muito satisfeito com a decisão do primeiro-ministro, isso é verdade”, afirmou, acrescentando que Pedro Nuno Santos reiterou na reunião com os sociais-democratas entender que “esse era o melhor caminho”.

Para o líder parlamentar do PSD, essa intenção terá sito ‘travada’ por uma publicação do presidente social-democrata, Rui Rio, na quarta-feira, segundo a qual fazer votar o plano de reestruturação da TAP no parlamento seria “uma fuga do Governo às suas responsabilidades” e recorreu mesmo a uma metáfora literária. “Camilo Castelo Branco tem uma novela que se chama ‘Gracejos que matam’, eu acho que o ‘tweet’ do dr. Rui Rio é um ‘tweet’ que matou, matou aquela estratégia estranha”, ironizou.

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Médias empresas poderão ter apoios até 100 mil euros

As médias empresas vão ser incluídas no programa Apoiar, tendo um máximo de apoio de 100 mil euros. Os empresários em nome individual também serão incluídos com um limite de 3 mil euros por empresa.

O Governo vai alargar o programa Apoiar.pt às médias empresas afetadas pela crise pandémica ou às empresas que, tendo mais de 250 trabalhadores, têm até 50 milhões de euros de faturação. O apoio terá um máximo de 100 mil euros por empresa, de acordo com o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, que anunciou os novos apoios esta quinta-feira.

Até ao momento, o programa Apoiar.pt incidia apenas sobre micro e pequenas empresas. Até ao momento, segundo o balanço feito por Siza Vieira, já houve mais de 35,8 mil candidaturas, aprovação de mais de 162 milhões de euros para a restauração e pagamentos efetuados no valor de 57,9 milhões de euros para 10.416 empresas.

Agora este apoio será alargado às médias empresas e às empresas com mais de 250 trabalhadores mas menos de 50 milhões de euros de faturação. O programa Apoiar previa um total de 750 milhões de euros a fundo perdido para as empresas que estão a sofrer com a pandemia (uma quebra de pelo menos 25% da faturação), compensando 20% do montante da diminuição da faturação da empresa nos primeiros 9 meses deste ano face ao período homólogo, até certos limites.

O limite por empresa é de 7.500 para as micro, 40 mil para as pequenas empresas e agora 100 mil para as médias empresas. O apoio também será alargado para os empresários em nome individual (ENI) sem contabilidade organizada mas com trabalhadores a cargo — neste caso, o limite é de três mil euros por empresa.

Além disso, o Governo vai concretizar já uma exigência do PCP que ficou incluída no Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021), que é o acesso aos apoios por parte das empresas com dívidas ao Estado. Há a “possibilidade de aprovação de candidatura ao Apoiar de empresas com dívidas a AT [Autoridade Tributária] e SS [Segurança Social], sujeita à condição de regularização“, admite agora o Executivo na apresentação desta quinta-feira.

Vão também reduzir-se as restrições “em sede de capitais próprios mediante apresentação de balanço intercalar que demonstre capitalização”, disse o ministro da Economia.

Estes apoios são direcionados para determinadas empresas dos setores mais afetados pela pandemia, como é o caso da cultura, comércio, restauração e alojamento.

Acresce que as empresas que aderirem ao Apoiar.pt devem manter os postos de trabalho — isto é, não podem fazer despedimentos por razões económicas, durante o período em que durar o apoio — e não podem distribuir lucros ou outros fundos a sócios.

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Munich Re antevê perdas adicionais por Covid-19 em 2021 e lança estratégia até 2025

  • ECO Seguros
  • 10 Dezembro 2020

Estimando lucros de 1,2 mil milhões em 2020 e 2,8 mil milhões de euros em 2021, a companhia alemã acaba de apresentar objetivos financeiros e operacionais para 2025.

A Munich Re prevê encerrar o exercício de 2020 com lucros de 1,2 mil milhões, projetando alcançar 2,8 mil milhões de euros de resultado líquido no final de 2021. Estes números supõem, face ao que havia sido fixado para 2020, que o impacto da pandemia cortou 1,6 mil milhões à meta inicialmente estabelecida para 2020, agora avançada como objetivo para final de 2021, atualizando expectativa acima de 2,5% na rentabilidade do investimento (RoI).

No comunicado em que elabora metas de lucros e desempenho, a Munich Re assume que as consequências financeiras da pandemia (Covid-19) se estenderão por 2021, mas a uma escala inferior à verificada em 2020, estimando assim que o fardo das indemnizações ligadas ao coronavirus ao nível da atividade de resseguro se situe em torno dos 500 milhões em 2021. Este montante soma aos cerca de 3,4 mil milhões de euros de perdas estimadas com a Covid-19 em 2020, dos quais mais de 3000 milhões são encargos na área de resseguro não Vida (P&C).

Em conjunto (2020 e 2021), o impacto da pandemia na operação da companhia rondará os quatro mil milhões de euros, indicam as projeções da Munich Re. No entanto, a companhia refere que a receita consolidada deverá ascender a 54 mil milhões de euros em 2020 (34 mil milhões gerados pela área de resseguro), um recorde na história de instituição, terminando o ano com um rácio combinado de 97%.

“Esperamos gerar um lucro claramente superior a 1000 milhões de euros este ano. A pandemia teve naturalmente um impacto considerável no nosso resultado. Mas os encargos decorrentes da COVID-19 são financeiramente controláveis para Munich Re. (…) No próximo ano, planeamos – apesar das perdas previstas da COVID-19 – atingir o objetivo de lucro de 2,8 mil milhões de euros”, tal como esteve previsto antes da pandemia para 2020, afirma Christoph Jurecka, CFO do grupo, citado num documento da instituição alemã.

Do lucro estimado para o conjunto de 2020, cerca de 700 milhões de euros serão assegurados pela atividade de resseguro e 500 milhões pela subsidiária de seguros primários (ERGO Group), que fecha o ano abaixo dos 530 milhões que tinha como meta para este ano. O desempenho operacional da seguradora ERGO permite fechar o exercício com rácio de 92% na atividade desenvolvida na Alemanha e de 94% no segmento internacional, antecipa o comunicado.

Estratégia para os próximos 5 anos

Poucos dias depois, a gigante alemã do resseguro apresentou Ambition 2025, o plano estratégico da instituição para os próximos cinco anos. Entre os objetivos apontados, a Munich Re fixa, em termos financeiros, o intervalo 12% a 14% para o RoE (indicador de rentabilidade de capitais próprios), ganhos por ação a evoluir em torno de 5% e a manutenção de solvência no intervalo ideal de 175-220%.

Na vertente operacional, a companhia espera gerar 31,5 mil milhões de prémios de resseguro P&C em 2025, contra os 24 mil milhões que tinha estabelecido como meta para 2020. Do total, a área Risk Solutions deve responder com 9,5 mil milhões de euros em 2025, contra os 6000 milhões definidos para 2020. Neste quadro, o resseguro P&C deverá crescer 4% ao ano e o negócio Risk Solution a uma média anual de 10%, por forma a representar 30% da carteira em 2025, face aos atuais 25%.

Para 2025, a Munich Re fixa 95% de meta para o indicador de eficiência (rácio combinado) na área propriedade e danos (P&C).

“Com o nosso Munich Re Group Ambition 2025, criámos numa estratégia que é uniforme em todo o Grupo – abrangendo resseguros, seguros primários e gestão de ativos”, afirma Joachim Wenning, chaiman do grupo germânico no documento que descreve o plano assente em 3 princípios (“Scale, Shape and Succeed”), escala, modelo e realização (em tradução livre).

A subsidiária ERGO não escapa à ambição de lucros e crescimento definida na estratégia para executar até 2025. De acordo com o comunicado de Munich Re, por via da consolidação de liderança na Alemanha e do desenvolvimento da carteira internacional, a receita em prémios por parte da ERGO deve crescer 2,5% ao ano, pautada por rácio combinado de 90% na Alemanha e de 91% na operação internacional, metas que supõem melhoria de eficiência face aos valores previstos para 2020.

Na atividade de investimento e gestão de ativos, a companhia revela que continuará a implementar alterações na estrutura organizacional e nas táticas de gestão, com o fim de contrariar a erosão de rendimentos decorrente do quadro de juros baixos. Uma das medidas imediatas visa a separação clara entre a gestão de investimento de ativos próprios, da atividade puramente dedicada à gestão de ativos, como é o caso das carteiras de terceiras partes.

O plano Ambition 2025 aborda ainda as vertentes da consciência ambiental e social. Neste âmbito, a Munich RE fixa para a sua carteira de investimentos, de agora até 2025, uma redução de 25 a 29% em ativos que emitem gases com efeito de estufa. Para 2030, a companhia assume já que espera atingir a marca net-zero de dióxido de carbono nas suas operações.

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Veja aqui as novas medidas do Governo para apoiar as empresas

  • ECO
  • 10 Dezembro 2020

O Governo anunciou novas medidas de apoio às empresas e comércio face ao impacto da crise pandémica. Veja aqui o novo pacote de apoios.

O Governo anunciou novas medidas de apoio às empresas e comércio face ao impacto da crise pandémica. Dos apoios às rendas comerciais ao alargamento do programa Apoiar, veja aqui o novo pacote de apoios.

 

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Sonae refinancia 150 milhões de euros para desempenho ambiental e social

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2020

Estas operações incluem objetivos específicos, nomeadamente a promoção da presença de mais mulheres em cargos diretivos e a redução das emissões de CO2.

A Sonae anunciou, esta quinta-feira, o refinanciamento de 150 milhões de euros com condições vinculadas ao desempenho do grupo na promoção da presença de mais mulheres em posições de liderança e na redução das emissões de CO2.

Em comunicado, a Sonae refere que “concretizou um conjunto de operações de refinanciamento indexadas ao desempenho do grupo em indicadores ambientais, sociais e de governo corporativo (ESG), certificados por uma entidade externa independente, no montante de 150 milhões de euros”.

“Estes financiamentos de natureza ESG, com indicadores de igualdade de género, são pioneiros a nível europeu”, refere o grupo, adiantando que estas operações “incluem objetivos específicos em termos ambientais e sociais, estando parte do spread agora indexado ao desempenho da Sonae na promoção da presença de mais mulheres em cargos diretivos e na redução das emissões de CO2“.

Destaque para a primeira emissão obrigacionista ESG-linked, de 50 milhões de euros, que “foi integralmente organizada, montada e subscrita pelo BPI”, refere o banco, num outro comunicado.

“Trata-se de uma das primeiras operações de natureza ESG na Europa e a primeira na Península Ibérica associada a indicadores de performance específicos para a liderança no feminino”, adianta o grupo liderado por Cláudia Azevedo.

“A Sonae e o BPI, que integra o Grupo CaixaBank, lançaram uma emissão de obrigações com certificação ESG (Environmental, Social and Governance), em que uma parte da margem do financiamento se encontra indexada ao desempenho da Sonae em dois indicadores ESG: a promoção da presença de mais mulheres em cargos de direção e a redução das emissões de gases com efeito de estufa”, reforça a instituição financeira.

“O BPI, enquanto organizador e subscritor desta emissão, reforça o seu papel de financiador de referência das empresas portuguesas, através da adoção de soluções inovadoras e assentes em princípios de sustentabilidade”, acrescenta, salientando ainda que a Sonae “refinanciou, ainda, dois empréstimos concedidos pelo CaixaBank, num montante total de 100 milhões de euros, e converteu-os em créditos sustentáveis, incorporando os mesmos indicadores ESG utilizados na operação de 50 milhões de euros agora anunciada”, adianta o banco.

Por sua vez, a Sonae salienta que estas operações permitiram continuar a reforçar a posição de liquidez do grupo e aumentar a maturidade média da sua dívida.

“Desde o início do ano já foram refinanciados mais de 830 milhões de euros em empréstimos de longo prazo”, salienta a dona da cadeia de hipermercados Continente.

“Na Sonae, estamos seriamente comprometidos em criar valor social e ambiental, para além de valor económico. Sempre acreditámos que estes objetivos não eram incompatíveis. Incorporar metas que promovem a igualdade de género e a neutralidade carbónica na gestão financeira do grupo é mais uma forma de reforçar o nosso compromisso em prol de um futuro mais igualitário e ecológico”, afirma o administrador financeiro (CFO) da Sonae, João Dolores, citado no comunicado.

Recentemente, a Sonae anunciou a revisão do seu Plano para a Igualdade de Género, “com metas mais ambiciosas para a liderança no feminino, bem como o compromisso da neutralidade carbónica em 2040, dez anos antes da meta definida pela União Europeia”.

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Estado vai pagar até metade das rendas às empresas afetadas pela pandemia

Dependendo da quebra de faturação em comparação com o ano passado, o Executivo vai assumir 30% ou 50% do valor das rendas comerciais, até um máximo de 2.000 euros mensais.

O Governo vai suportar uma parte do valor das rendas às empresas que tenham sido e continuem a ser afetadas pela pandemia, anunciou esta quinta-feira o ministro da Economia. Dependendo da quebra de faturação em comparação com o ano passado, o Executivo vai assumir 30% ou 50% da renda.

As empresas que registem uma quebra de faturação entre 25% e 40% comparando com o ano passado receberão um apoio equivalente a 30% do valor da renda, até um máximo de 1.200 euros por mês. Já para as que registem uma quebra de faturação superior a 40%, a ajuda estatal será equivalente a 50% do valor da renda até um máximo de 2.000 euros.

Durante a conferência de imprensa, Pedro Siza Vieira apresentou vários exemplos práticos, sendo um deles:

“O apoio às rendas será calculado em função da quebra de faturação em 2020 face a 2019”, explicou. De acordo com o ministro, este programa mobiliza 300 milhões de euros “que vão permitir pagar até 50% do valor das rendas por inteiro até rendas de 4.000 euros, o que corresponde a 95% ou mais das rendas comerciais em todo o país”.

Estes pagamentos serão feitos em duas tranches durante o primeiro semestre de 2021, explicou Pedro Siza Vieira, afirmando esperar que as candidaturas a estes apoios possam abrir já em janeiro. “Temos a convicção de que podemos colocar isto em execução rapidamente”, disse.

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira outras medidas no âmbito das rendas, prevendo que o fim dos prazos dos contratos de arrendamento continue suspenso até 30 de junho. Esta é uma medida que inclui também as rendas habitacionais.

Além disso, Pedro Siza Vieira anunciou também a criação de uma linha de crédito destinada a inquilinos e senhorios, sem restrição de acesso a quem já acedeu a outras linhas de crédito. A ideia é abranger todos os contratos de arrendamento não habitacional para todos os estabelecimentos encerrados desde março.

Ainda para os estabelecimentos encerrados desde março, o Governo propõe diferir, para janeiro de 2022, o início do pagamento das rendas referentes a 2020, diferindo para a mesma data o pagamento das rendas de 2021. O pagamento será feito em 24 mensalidades.

(Notícia atualizada às 17h58 com mais informação)

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