Disparo de 4% do BCP dá força à bolsa de Lisboa. Grupo EDP trava ganhos
A primeira sessão da bolsa de Lisboa foi positiva, em linha com o otimismo das principais praças europeias. Novidades da China deram um impulso aos investidores num dia que é ainda de baixo volume.
A bolsa nacional arrancou 2020 pintada de verde. Na primeira sessão do ano, o índice de referência registou uma subida de 1%, com o BCP em destaque. Os títulos do banco liderado por Miguel Maya avançaram quase 4%. Lisboa seguiu assim a tendência positiva vivida pelas principais praças europeias.
O PSI-20 subiu 0,99% para 5.265,78 pontos na sessão desta quinta-feira. Das 18 cotadas do índice principal, 14 fecharam em terreno positivo. Os títulos do único representante da banca lideraram os ganhos com uma subida de 3,94% para 0,2108 euros por ação, após terem desvalorizado 11,63% em 2019. Também a Pharol (3,41%) e a Sonae Capital (2,26%) tiveram valorizações expressivas.
No retalho, a Jerónimo Martins avançou 1,7% e a Sonae ganhou 0,60%. Entre os pesos-pesados do índice, a Nos somou 1,15%, a Mota-Engil subiu 1,6% e a Galp valorizou 0,54%, num dia de correções para o mercado petrolífero. Após uma subida de 22,7% em 2019, o brent cedeu esta quinta-feira 0,3% para 65,80 dólares por barril.
Em sentido contrário, fecharam no vermelho apenas as duas empresas do grupo EDP. A casa-mãe perdeu 0,47% para 3,846 euros por ação e a eólica tombou 1,14% para 10,38 euros por ação.
“O mercado nacional iniciou 2020 com uma tendência semelhante à dos pares europeus“, explicam os analistas do BPI, numa nota de fecho da sessão. A maioria dos índices do Velho Continente terminaram a primeira sessão de 2020 com ganhos próximos de 1%. O volume continuou a ser reduzido, na medida em que muitos investidores institucionais só deverão regressar às respetivas salas de mercado na segunda-feira. Os catalisadores da subida de hoje foram essencialmente três, todos eles associados com a China“.
O primeiro foi o índice Caixin PMI relativo à indústria, que embora tenha ficado aquém do estimado (51.5 vs 51.7), manteve-se acima da linha de expansão. O segundo catalisador foi a decisão do Banco da China de reduzir as reservas obrigatórias que os bancos têm de deter sobre os depósitos que recebem e o terceiro foi o anúncio que o acordo relativo à primeira fase das conversações sino-americanas será assinado no dia 15 de janeiro.
Neste cenário de otimismo, o Stoxx 600 ganhou 1,29%, enquanto o alemão DAX somou 1,11%, o francês CAC 40 avançou 1,14%, o espanhol IBEX 35 subiu 1,17% e o britânico FTSE 100 ganhou 0,87%.
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