Trambolhão de 7% da Nos castiga Lisboa. Jerónimo Martins brilha

Lisboa seguiu a tendência negativa das restantes praças europeias num dia marcado pela forte queda das ações da operadora liderada por Miguel Almeida. A Nos afundou mais de 7%.

A Nos deu um trambolhão em bolsa. As ações da operadora liderada por Miguel Almeida afundaram mais de 7% depois dos resultados, com os investidores descontentes com o corte do dividendo. Esta queda expressiva pesou na bolsa nacional, que acabou por seguir a tendência das restantes praças da Europa, isto num dia em que a Jerónimo Martins brilhou.

A telecom liderada por Miguel Almeida aumentou os lucros, mas as receitas cresceram muito ligeiramente em resultado da fraca adesão aos canais desportivos premium. Perante estes resultados, e também na perspetiva dos investimentos necessários no 5G, a Nos decidiu cortar os dividendos, o que levou os títulos a afundarem 7,14% para 4,138 euros. Ainda assim, vai dar todos os lucros (143,5 milhões) aos acionistas. Serão 27,8 cêntimos de euro por ação.

Nos afunda em bolsa

Esta forte queda, num dia negativo também para empresas como a Mota-Engil (-2,72%) e os CTT (-2,16%), pesou na bolsa nacional, que encerrou com uma queda de 0,45% para 5.387 pontos. Na Europa, o Stoxx 600 também recuou, cedendo 0,58%, assim como a generalidade dos principais índices do Velho Continente.

A pesar na bolsa estiveram também a Galp Energia, que caiu 1,72% para 14,295 euros, e o BCP. As ações do banco liderado por Miguel Maya recuaram 0,42% para 18,99 cêntimos, apesar de o banco ter apresentado os melhores resultados dos últimos 12 anos.

 

EDP e EDP Renováveis, também a reagirem às contas apresentadas no dia anterior, atenuaram a queda da bolsa, registando ganhos de 0,08% e 1,08%, respetivamente, mas o destaque da sessão foi para a Jerónimo Martins.

A empresa liderada por Pedro Soares dos Santos ganhou 1,9% para os 17,19 euros depois de anunciar um aumento dos lucros para 433 milhões de euros, com metade destes a ser distribuído pelos acionistas — outra parte vai para prémios para os funcionários. Os investidores aplaudiram as contas mas também a expansão do negócio para o leste da Europa.

(Notícia atualizada às 17h01 com mais informação)

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