Liga italiana adia Juventus-Inter e mais quatro jogos para maio por causa do Covid-19

  • Lusa
  • 29 Fevereiro 2020

O Juventus-Inter de Milão, e mais quatro encontros da 26.ª jornada da ‘Serie A’ da liga de futebol italiana foram adiados para 13 de maio devido ao coronavírus Covid-19.

A Liga italiana de futebol decidiu este sábado adiar o jogo Juventus-Inter de Milão, e mais quatro encontros da 26.ª jornada da ‘Serie A’, para 13 de maio, após a 36.ª ronda, devido ao coronavírus Covid-19.

Os cinco embates estavam agendados para domingo e, numa primeira decisão, na quinta-feira, tinha sido decidido, pelo Governo, que os mesmos se realizariam à porta fechada.

Além do embate entre o conjunto de Cristiano Ronaldo e o Inter de Milão, foram adiados os encontros Udinese-Fiorentina, Milan-Genova, Parma-Spal e Sassuolo-Brescia.

Na segunda-feira, o Governo tinha decidido realizar jogos à porta fechada em seis regiões do norte do país.

As seis regiões em questão são a Lombardia, Veneto e Piamonte, as três mais afetadas pelo coronavírus, mas também Friuli Venezia Giulia, Liguria e Emilia Romagna.

Nestas seis regiões, todas as competições desportivas com público tinham sido proibidas até domingo à noite, como parte da luta contra a propagação do Covid-19.

O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou pelo menos 2.916 mortos e infetou mais de 84 mil pessoas, de acordo com dados reportados por 57 países e territórios.

Das pessoas infetadas, mais de 36 mil recuperaram.

Além de 2.835 mortos na China continental, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.

Dois portugueses tripulantes de um navio de cruzeiros encontram-se hospitalizados no Japão com confirmação de infeção.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sonae Sierra anuncia joint venture para a gestão de centros comerciais prime na Ibéria

Sonae Sierra anunciou a criação da Sierra Prime, joint venture estratégica de 1.800 milhões de euros com a APG, Allianz e Elo, para gerir centros comerciais prime na Ibéria. Parceria será por 15 anos.

A Sonae Sierra, APG, Allianz e Elo criaram a Sierra Prime, uma joint venture estratégica de 1.800 milhões de euros para seis centros comerciais prime na Ibéria, revela um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) neste sábado. Parceria será por 15 anos.

“Sonae Sierra, APG, Allianz e Elo fecharam hoje um acordo para a criação de uma joint venture estratégica composta por seis centros comerciais de referência na Ibéria, com um valor bruto de ativos que excede os 3.000 milhões de euros (1.800 milhões de euros numa base proporcional)”, refere o comunicado publicado no site do regulador este sábado.

Para a gestão da Sierra Prime passarão quatro ativos situados em Portugal e dois em Espanha. Nomeadamente, o Centro Colombo, Centro Vasco da Gama e CascaiShopping, na área metropolitana de Lisboa, e o NorteShopping na área metropolitana do Porto, bem como dois ativos em Málaga — Plaza Mayor e o recentemente inaugurado McArthurGlen Designer Outlet Málaga.

Relativamente à joint venture agora anunciada com a APG, Allianz e Elo diz que tem em vista “reforçar e a promover o
desenvolvimento e crescimento do portfolio”. Cada investidor deterá 25% dos interesses económicos da joint venture, cujo horizonte temporal é de 15 anos.

A Sonae Sierra salienta que as propriedades em causa “são centros comerciais líderes, em localizações prime em Portugal e Espanha, atraindo cerca de 90 milhões de visitantes por ano”. Acrescenta ainda que este portfólio “tem demonstrado uma performance operacional extremamente resiliente ao longo dos ciclos económicos, suportada por uma taxa de ocupação total, elevada densidade de vendas e um mix de lojistas ímpar no mercado, dispondo ainda de atrativas oportunidades de crescimento do resultado operacional através da gestão dos seus ativos e iniciativas de criação de valor”.

“A Sonae Sierra tem gerido estes centros comerciais desde a sua criação e irá continuar a prestar serviços de gestão ao portfolio, alavancando o seu know-how e experiência ímpares, os quais são visíveis nos 7.200 milhões de euros de ativos sob gestão e mais de 100 ativos geridos”, diz ainda a empresa do universo Sonae.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Diretora geral da Saúde afasta cenário de um milhão de portugueses infetados com Covid-19

  • Lusa
  • 29 Fevereiro 2020

Graça Freitas, Diretora geral da Saúde, afasta hipótese do novo coronavírus vir a infetar um milhão de portugueses, salientando que dados neste momento vindos da China são “mais favoráveis".

A diretora geral da Saúde, Graça Freitas, afastou este sábado a hipótese de o novo coronavírus vir a infetar um milhão de portugueses, já que os dados que existem neste momento vindos da China são “mais favoráveis”.

“Afasto completamente. Já vamos no quarto cenário e os dados são cada vez mais favoráveis e o grau de incerteza é cada vez menor”, afirmou Graça Freitas em conferência de imprensa, em Lisboa, explicando que a hipótese de um milhão de portugueses poder vir a ser infetado tinha na base uma taxa de ataque para a gripe A, de 2009.

A conferência de imprensa foi marcada após o semanário Expresso ter titulado na sua primeira página que “Graça Freitas admite 1 milhão de infetados em Portugal”.

Os técnicos, médicos e matemáticos, estão a trabalhar no último cenário com base em novos dados de um estudo feito pela China e, segundo a diretora geral da Saúde, “esta cenarização aproxima-se cada vez mais da realidade”.

Graça Freitas reiterou que neste momento Portugal encontra-se numa fase de “contenção alargada”, sem qualquer caso positivo de infeção por coronoavirus que dá origem à doença Covid-19.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Episódio #12: O coronavírus chegou à economia. “Don’t panic”

  • ECO
  • 29 Fevereiro 2020

O Episódio #12 do ECO Insider analisa os efeitos do coronavirus nos mercados e na economia, e as respostas possíveis. Com os jornalistas Pedro Santos Guerreiro e António Costa

O coronovírus está a contaminar os mercados e a economia. Qual pode ser o impacto? Um “choque temporário”, como diz o ministro das Finanças, Mário Centeno, um pânico nas bolsas, o regresso a 2008? No Episódio #12 do ECO Insider, com os jornalistas Pedro Santos Guerreiro e António Costa, falou-se disto. Em Portugal e no mundo. “Don’t panic”, poderia ser a síntese do que se passa hoje, dito por quem está à beira do pânico.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Pode ouvir este podcast também nas principais plataformas, como o Apple Podcasts e o Spotify.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Funcionários públicos admitidos até 2005 mantêm férias em caso de baixa prolongada

  • Lusa
  • 29 Fevereiro 2020

Faltas por doença superiores a 30 dias de funcionários públicos mais antigos não suspendem vínculo de emprego nem têm impacto nas férias, segundo a Direção-Geral da Administração e do Emprego Público.

As faltas por doença superiores a 30 dias dadas pelos funcionários públicos mais antigos não suspendem o vínculo de emprego nem têm impacto nas férias, segundo uma circular da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP).

Numa análise ao tratamento que deve ser dado aos funcionários públicos abrangidos pelo regime de proteção social convergente (RPSC), ou seja, os trabalhadores que entraram na Administração Pública até ao final de 2005 e descontam para a Caixa Geral de Aposentações, quando estão em causa baixas prolongadas, a DGAEP conclui que “as faltas por doença, superiores a 30 dias, dadas pelos trabalhadores que se encontrem integrados no RPSC, não implicam a suspensão do vínculo de emprego público, nem determinam quaisquer efeitos nas férias”.

A circular, recentemente divulgada, determina que esta orientação apenas comece a ser aplicada às férias vencidas a partir de 1 de janeiro de 2020 salvaguardando-se, desta forma, a “estabilidade e previsibilidade dos atos e condutas do Estado”.

A orientação da DGAEP pretende eliminar as interpretações divergentes que têm sido dadas ao enquadramento legal que regula as faltas por doença, nomeadamente sobre a aplicabilidade ou não do regime de suspensão do vínculo de emprego público e os efeitos dessa suspensão no direito a férias em caso de baixa prolongada por parte dos trabalhadores abrangidos pelo regime social convergente.

Apesar de reconhecer que tem sido seu entendimento que aqueles impactos “são aplicáveis a todos os trabalhadores com vínculo de emprego público, independentemente do regime de proteção social pelo qual se encontrem abrangidos”, a DGAEP assinala que tem havido decisões de tribunais administrativos – relativamente a situações individuais e concretas – de sentido inverso ao seu entendimento.

“Pese embora a posição jurisprudencial adotada apenas produza efeitos inter partes, restringindo-se ao caso concreto, afigura-se que o relevo da questão, bem como o significativo número de processos e decisões dos tribunais administrativos que versam diretamente sobre a matéria, justificam tratamento idêntico por parte da Administração Pública, de modo a salvaguardar e a respeitar os princípios conformadores do direito, designadamente o princípio da legalidade e o princípio da igualdade perante a lei”, conclui a DGAEP.

Recorde-se que, no âmbito das negociações para o Orçamento do Estado de 2020, o Governo chegou a apresentar aos sindicatos uma proposta que previa que os funcionários públicos admitidos antes de 2006 e que estiverem de baixa por doença superior a 30 dias pudessem vir a perder dias de férias, mas acabaria por deixá-la cair.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lucros do Sporting caem para 2,8 milhões no primeiro semestre. Indemnizações pesam

Resultado líquido da SAD caiu 56% no primeiro semestre da atual época, penalizado pelas indemnizações a jogadores que rescindiram contratos. Destaque positivo para aumento das receitas de bilheteira.

A SAD do Sporting fechou o primeiro semestre da atual época desportiva com lucros de 2,8 milhões de euros. Trata-se de uma quebra de 56% face ao mesmo período do ano anterior, com esta a ser condicionada em grande medida pelas indemnizações pagas a jogadores que deixaram Alvalade.

Em comunicado enviado à CMVM na madrugada deste sábado, o clube de Alvalade dá conta que os seus lucros no período entre julho e dezembro do ano passado, correspondente ao primeiro semestre da época desportiva, ascenderam a 2,828 milhões de euros. Este valor corresponde a uma redução de 56% face aos 6,447 milhões de euros verificados no período homólogo.

A contribuir para essa redução estiveram as indemnizações que a SAD do Sporting teve de pagar a vários jogadores, no seguimento do caso das agressões na Academia de Alcochete. “O valor relativo às indemnizações por rescisão de contratos de trabalho desportivo ascende a cerca de 6,6 milhões de euros“, dá conta o comunicado.

Apesar desse efeito negativo nas contas, a SAD de Alvalade refere que “permitirá uma poupança líquida de cerca de 35 milhões de euros, parte significativa da qual irá refletir-se ainda na corrente época”.

Referência positiva ainda para o aumento de 5% das receitas de merchadising, bilheteiras e patrocínios, bem como para as receitas angariadas com a venda de jogadores.

Nomeadamente, a venda do Raphinha por 21 milhões de euros e de Thierry Correia por 12 milhões de euros. É referido ainda o acordo sobre Daniel Podence com o Olympiacos por 7 milhões de euros.

Nesse quadro, a Sporting SAD fechou o primeiro semestre da época desportiva de 2019/20 com um volume de negócios de 91,5 milhões de euros, o que representa um aumento de 3% face ao período homólogo. “Este crescimento é suportado pelo aumento das receitas decorrentes da venda de direitos desportivos de jogadores”, refere precisamente a SAD leonina.

Já do ponto de vista do capital próprio da SAD leonina registou-se uma melhoria, com este a ficar menos negativo. Passou de -23,604 milhões de euros no final de 2018, para -20,778 milhões de euros no final do ano passado. A SAD do Sporting amortizou ainda 17 milhões de euros da sua dívida bancária.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Investigadores portugueses têm nova tecnologia para armazenar energia renovável

  • Lusa
  • 29 Fevereiro 2020

Equipa de investigadores portugueses trabalha numa tecnologia que permite armazenar a energia proveniente de fontes renováveis. Diz que é um processo “novo à escala mundial”.

Uma equipa de investigadores portugueses está a desenvolver um processo “novo à escala mundial” de produção de combustíveis sintéticos, através da eletrólise da água usando grafite, permitindo obter metano e também o armazenamento de energia elétrica proveniente de renováveis.

Sob a coordenação do engenheiro eletrotécnico João Campos Rodrigues, o mentor do Electrogás, com quem a Lusa falou, a equipa de investigadores instalou-se há já alguns meses num dos laboratórios de química do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), onde já desenvolveu um projeto-piloto de produção de gás natural sintético de cinco quilowatt (kW) de potência, capaz de abastecer várias vivendas.

“O que estamos aqui a fazer é novo e é novo a uma escala mundial, não é a uma escala nacional. […] Estamos em zonas de fronteira da tecnologia”, disse à Lusa João Campos Rodrigues.

O projeto, esclareceu, consiste em produzir gás natural sintético a partir da energia elétrica, através de um processo de eletrólise que tem como principal diferença das eletrólises tradicionais o facto de usar no processo uma matéria carbonada, a grafite, que permite obter diretamente o gás metano (conhecido como gás natural).

“Este processo traz uma vantagem do ponto de vista das renováveis, que tem a ver com o facto de a energia renovável ter uma característica de não ser ‘despachável’, o que quer dizer que eu só tenho energia elétrica, por exemplo neste caso a fotovoltaica, quando há sol. Se não precisar daquela energia elétrica, essa energia é desperdiçada, não a consigo armazenar”, explicou o investigador.

A energia proveniente de fontes renováveis que não é armazenada, pode, através deste processo, ser transformada em metano e, a partir desse gás, é possível mais tarde voltar a produzir energia elétrica, através de uma pilha de combustível, que é uma célula eletroquímica que converte energia potencial de um combustível em eletricidade através de uma reação eletroquímica.

O processo de produção de metano a partir de biomassa não é novo, mas, segundo Campos Rodrigues, é feito normalmente a temperaturas de 400 graus e a elevadas pressões, usualmente entre 20 a 40 bars.

"Preciso de armazenar, para depois, quando tiver necessidade de energia e não tiver energia renovável, eu vou à minha energia armazenada, vou ao ‘banco de energia’, e transformo novamente essa energia que está armazenada sob uma forma química, numa energia elétrica.”

Campos Rodrigues

Mentor do Electrogás

“O que nós fazemos aqui é algo diferente, porque estamos a trabalhar utilizando energia elétrica, portanto estamos a falar de um processo eletroquímico, e trabalhamos a temperaturas de 100 graus e a pressões de quatro ou cinco bars. Estamos em condições operacionais muito mais favoráveis do que é a tecnologia tradicional tal como ela neste momento existe”, acrescentou o investigador.

Este tipo de tecnologia “torna-se particularmente importante” nos locais isolados, garantiu, onde há uma maior necessidade de armazenamento de energia renovável nas alturas em que se está a produzir, mas não se está a utilizar a energia.

“Preciso de armazenar, para depois, quando tiver necessidade de energia e não tiver energia renovável, eu vou à minha energia armazenada, vou ao ‘banco de energia’, e transformo novamente essa energia que está armazenada sob uma forma química, numa energia elétrica”, explicou Campos Rodrigues.

As ilhas, por exemplo o arquipélago dos Açores onde têm sido feitas apostas em energia eólica, são zonas onde este tipo de tecnologia tem uma aplicação “grande”, sublinhou.

“Na ilha Terceira eles têm um parque eólico, se não estou em erro de 14 megawatt, que desligam à noite porque não há condições de utilização da energia produzida”, disse aquele investigador.

Neste momento, o projeto encontra-se numa primeira fase de ‘scale-up’, ou seja, na passagem da unidade experimental para outra de uma dimensão 10 vezes superior, que vai permitir uma produção estimada de 200 litros de metano por hora.

Atingido esse patamar, esta tecnologia, que já recebeu apoio da comunidade europeia para um estudo de viabilidade técnico-económica, tendo-lhe sido também atribuído um prémio de excelência pelas suas “características únicas”, está pronta para aplicações comerciais concretas, mas tem de conseguir o financiamento de cerca de um milhão de euros necessários para passar a essa fase, por exemplo, através de fundos comunitários e investimento empresarial.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Regulador financeiro do Japão multa Nissan em 20 milhões

  • Lusa
  • 29 Fevereiro 2020

Regulador acusa a fabricante nipónica de não declarar adequadamente a remuneração do ex-presidente Carlos Ghosn durante vários anos.

O regulador financeiro japonês determinou que a Nissan Motor pague uma multa de 2.424 milhões de ienes (20 milhões de euros) por não declarar adequadamente a remuneração do ex-presidente Carlos Ghosn durante vários anos.

A Agência de Serviços Financeiros do Japão adotou a decisão após um pedido feito pela Comissão de Monitorização do Mercado de Valores Mobiliários em dezembro, depois de entrar com uma ação criminal contra o fabricante de automóveis e Ghosn em 2018.

A comissão alegou que Ghosn e a empresa violaram a lei dos instrumentos financeiros por alegadamente não declararem toda a remuneração do antigo dirigente entre 2010 e 2018.

O órgão regulador japonês estima que a Nissan não incluiu nos seus relatórios uma série de pagamentos acordados com Ghosn no valor de 9.100 milhões de ienes (cerca de 76 milhões de euros) que deveria receber após se reformar.

Esta punição está à margem da queixa que o regulador financeiro apresentou contra a Nissan por violar os seus regulamentos e das acusações avançadas pelo Ministério Público nipónico contra a empresa e contra Ghosn pelas alegadas irregularidades.

O caso contra o empresário complicou-se depois deste fugir do Japão para o Líbano no final de dezembro, enquanto se encontrava sob fiança e aguardava o início do julgamento, pela declaração falseada de valores correspondentes às remunerações e suposto desvio de fundos.

Ghosn, que foi detido pela primeira vez a 19 de novembro de 2018, nega todas as acusações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Covid-19 já fez quase 3.000 mortos. Há 84 mil infetados

  • Lusa
  • 29 Fevereiro 2020

China registou mais 47 mortes causadas pelo coronavírus. Na Europa, Itália é o país mais atingido pelo surto, com 17 mortos e 605 infetados.

A China registou mais 47 mortes causadas pelo coronavírus Covid-19, elevando o total para 2.835 desde o início da epidemia, e identificou ainda 427 novos casos.

A Comissão de Saúde da China identificou, nas últimas 24 horas, os 427 novos casos na China continental (que exclui Macau e Hong Kong), o que representa um valor superior àquele registado no dia anterior e que aumenta o número para um total de 79.251 infetados.

A grande maioria das mortes registou-se na província de Hubei (45), outra na capital, Pequim, e uma em Henan.

Todos os casos, com exceção de quatro, foram identificados em Hubei, incluindo 420 na capital da província, Wuhan, a metrópole onde o vírus começou.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) observou que, na terça-feira, os novos casos contados na China foram superados pelos de outros países.

Pequim mantém medidas extremamente rígidas contra a epidemia, com 56 milhões de pessoas confinadas em Hubei, e restrições para evitar multidões em todo o país, tendo inclusive encerrado escolas.

As empresas começaram a reabrir provisoriamente após semanas de desaceleração da atividade económica.

A epidemia de Covid-19, que teve origem na China, em dezembro de 2019, já infetou mais de 84 mil pessoas em 53 países de cinco continentes, das quais morreram quase três mil.

Na Europa, Itália é o país mais atingido pelo surto, com 17 mortos e 605 infetados.

A OMS aumentou para muito elevado o nível de ameaça causado pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.

A epidemia de Covid-19 foi declarada pela OMS como emergência de saúde pública internacional.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal poderá ter um milhão de infetados com coronavírus

  • Lusa
  • 29 Fevereiro 2020

“Estamos a fazer cenários para uma taxa total de ataque de 10% [um milhão de portugueses]", diz a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, admite que poderá haver um milhão de portugueses infetados pelo Covid-19, 21.000 na semana mais crítica, assegurando que as autoridades de saúde estão a preparar-se para esta possibilidade.

“Estamos a fazer cenários para uma taxa total de ataque de 10% [um milhão de portugueses] e assumindo que vai haver uma propagação epidémica mais intensa durante, pelo menos, 12 a 14 semanas”, afirmou Graça Freitas, em entrevista ao semanário Expresso.

A diretora-geral da Saúde explicou que os estudos realizados estimam que 80% do total de infetados pelo novo coronavírus “vão ter doença ligeira a moderada”, 20% terão “doença mais grave” e apenas 5% uma “evolução crítica”.

Neste cenário, a taxa de mortalidade “será à volta de 2,3% e 2,4%”.

A responsável da Direção-Geral da Saúde (DGS) acrescentou que “no cenário mais plausível” poderá haver “cerca de 21.000 casos na semana mais crítica”, dos quais 19.000 poderão ter sintomas ligeiros, “como a gripe”, e 1.700 terão “de ser internados, nem todos em cuidados intensivos”.

Graça Freitas esclareceu que as autoridades de saúde de Portugal construíram esta previsão tendo por base a fórmula utilizada para a pandemia da Gripe A, em 2009.

“Estamos a trabalhar com cenários para a taxa de ataque da doença, como fizemos com a pandemia de gripe, em 2009. Na altura, pensávamos que podia ter uma taxa total de ataque de 10%: um milhão de pessoas doentes ao longo de 12 semanas, mas não todas graves. Mas, afinal, foram 7%, cerca de 700 mil pessoas no total da época gripal 2009/10”, explicitou, adiantando que “uma epidemia depende da taxa de ataque, da duração e da gravidade”.

Contudo, no caso do Covid-19, ainda não se sabe tudo para “fazer cenários tão bem feitos”.

Graça Freitas realçou que o plano para responder à propagação do novo coronavírus em Portugal prevê a disponibilização de 2.000 camas em hospitais e 300 quartos com pressão negativa.

Se a doença progredir haverá “isolamento por quartos e por enfermaria”, por exemplo, para “todas as pessoas que adoeceram no mesmo dia”, referiu.

A diretora-geral da Saúde afirmou também que “as notícias falsas e as redes sociais” são “um grande problema” associado ao surto do novo coronavírus.

“O maior medo que tenho é do comportamento humano, de informações virais [na internet] que podem ser contraproducentes”, sustentou Graça Freitas, acrescentando que o Covid-19 difere de outros surtos por ser “uma epidemia ‘online’ e um vírus” sobre o qual não se sabe tudo.

A responsável da DGS considera ainda que, dependendo da disseminação do Covid-19 em Portugal, poderá ser decretada a quarentena obrigatória.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Luxemburgo é o primeiro país do mundo com transporte público gratuito

  • Lusa
  • 29 Fevereiro 2020

Medida terá impacto em 40% das famílias, que usam transporte público, e representa cerca de 100 euros de economia anual por lar.

O Luxemburgo torna-se este sábado no primeiro país do mundo a avançar com o transporte público gratuito a nível nacional.

As cidades já lançaram o transporte parcial gratuito – em determinados horários ou para determinados meios de transporte -, mas esta é a primeira vez que tal afeta um país inteiro, de acordo com o Ministério da Mobilidade do Luxemburgo.

A decisão é apresentada como “uma importante medida social”, terá impacto em 40% das famílias, que usam transporte público, e representa cerca de 100 euros de economia anual por lar.

A medida também faz parte de um plano de mobilidade destinado a reduzir o congestionamento automóvel, o meio de transporte mais utilizado, com uma taxa de 47% para viagens de negócios e 71% para lazer, de acordo com dados de 2018.

O Luxemburgo, que tem cerca de 610.000 habitantes, é conhecido pelo congestionamento habitual no centro da capital.

O autocarro é usado apenas para 32% das viagens para o trabalho, enquanto a utilização do comboio é de somente 19%.

A receita gerada pela venda de bilhetes (a um preço único de 2 euros) e passes é de 41 milhões de euros por ano, segundo as autoridades.

Um montante que representa 8% dos 500 milhões de euros dos custos anuais de transporte público, que será totalmente financiado pelos impostos.

O Luxemburgo também vai reorganizar a sua rede de autocarros regionais até o próximo ano, de forma a torná-la na mais densa da Europa, de acordo com seu ministro da Mobilidade, o ecologista François Bausch.

Nas fronteiras do Luxemburgo, os congestionamentos também são recorrentes, já que quase metade dos funcionários do país (46%) vive em França, Bélgica ou Alemanha.

Estes 200.000 passageiros transfronteiriços, tal como a população residente, usam principalmente o carro para se deslocarem para o trabalho.

As máquinas de bilhetes serão retiradas gradualmente. Contudo, os pontos de venda de bilhetes internacionais – que levarão em conta a gratuitidade no Grão-Ducado – e de primeira classe vão permanecer nas estações.

A única exceção é que vai continuar a ser pago o bilhete para a primeira classe nos comboios, assim como certos serviços de autocarros ‘a pedido’, organizados como serviços noturnos pelos municípios.

O acesso gratuito é apoiado pelo sindicato dos transportes (5.000 membros) Fncttfel-Landesverband. “Os tempos de viagem devem ser competitivos com o carro”, ressalva, contudo, o secretário geral, Georges Melchers.

Já o Movimento Ecológico diz que não faz questão na gratuitidade do transporte público. “Para nós, a qualidade da oferta é o ponto crucial para tornar o transporte público mais atraente, e não o facto de ser gratuito. Nos horários de pico, as capacidades esgotam-se”, salienta o presidente da associação ambiental, Blanche Weber.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Faro espera arrecadar 500 mil euros com taxa turística

  • Lusa
  • 29 Fevereiro 2020

Taxa serve para mitigar os efeitos que o turismo tem no território, melhorar a cidade e torná-la mais atrativa e agradável aos visitantes.

O município de Faro inicia no domingo a cobrança de uma taxa turística no valor de 1,5 euros por dormida, com a expectativa de arrecadar 500 mil euros em 2020, disse hoje à Lusa um vereador da autarquia.

“Após a aprovação por quase todos os municípios [algarvios], Faro começa agora cobrar esta taxa, para mitigar o impacto do turismo no território e tornar a cidade mais agradável, atraindo mais turistas”, afirmou à Lusa Carlos Baía, vereador da Câmara de Faro com o pelouro do Turismo.

O governante revelou que a estimativa da verba a arrecadar este ano “tem em conta os normais valores das dormidas” fornecidas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), adiantando que a taxa será cobrada “apenas entre 1 de março e 31 de outubro”.

A taxa será cobrada por pessoa e por cada dia de dormida em estabelecimentos hoteleiros e alojamentos locais do concelho, contudo, está previsto um limite de sete dias, ou seja, “se alguém ficar 10 noites, apenas paga as sete primeiras” exemplificou.

Estão isentos de pagamento as crianças e jovens até aos 13 anos, estudantes nacionais ou estrangeiros da Universidade do Algarve (até 60 dias consecutivos), pessoas a realizar atos médicos (e um acompanhante) e pessoas portadoras de pelo menos 60% de incapacidade, acrescentou.

A aplicação do valor arrecadado pela taxa serve, em termos genéricos, para “mitigar os efeitos que o turismo tem no território, melhorar a cidade e torná-la mais atrativa e agradável aos visitantes”, avançou Carlos Baía.

Em termos concretos, a verba será aplicada nas áreas ligadas ao turismo, no espaço e equipamentos públicos e em atividades culturais, nomeadamente, na “requalificação da frente ribeirinha e da baixa da cidade, melhorias no Museu Municipal de Faro e no Teatro Lethes, ou na criação de um circuito acessível a pessoas com mobilidade reduzida na Vila Adentro”, ilustrou.

Seguindo a experiência de outros municípios que já implementaram a taxa, a autarquia criou uma plataforma onde os operadores turísticos registam no final de cada mês a informação das dormidas, “sendo automaticamente gerada uma referência multibanco para o pagamento”.

Apesar de ser necessário uma ação ativa por parte dos operadores no registo dos dados, Carlos Baía sublinhou que houve a preocupação de que “o mecanismo fosse o mais simples possível”.

Esta medida abrange os 19 empreendimentos turísticos e os quase 800 estabelecimentos do concelho licenciados ao abrigo do Registo Nacional de Alojamento Local.

A autarquia garante que estas verbas “não irão entrar” nas receitas dos estabelecimentos e que, no caso das empresas, “já está prevista na sua contabilidade”.

Caso se trate de um empresário em nome individual, a plataforma dá a possibilidade de “emitir uma declaração” que comprova ao turista esse pagamento, “sem que o valor tenha de entrar nas receitas do operador”, esclareceu o vereador.

Carlos Baía recordou que Faro iniciou o processo após a aprovação, pela Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), em setembro de 2018, das bases para a introdução de uma taxa turística nos 16 municípios algarvios.

A medida, que “segue a tendência de outros destinos turísticos”, poderá ser aplicada após aprovação pelas respetivas assembleias municipais, sendo que, no Algarve, apenas o município de Silves anunciou que não iria aplicar a taxa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.