Jornal holandês ganha processo contra conselheiros de Isabel dos Santos
A juíza Mirjam van Walraven rejeitou todas essas alegações, considerando que o jornal holandês fez todas as referências de forma apropriada tendo por base documentos do Luanda Leaks.
Um tribunal holandês rejeitou uma ação de uma gestora contra jornalistas por notícias que a relacionam com Isabel dos Santos no âmbito do Luanda Leaks, dá conta o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação nesta terça-feira.
O consórcio que denunciou o Luanda Leaks explica que um tribunal civil de Amesterdão rejeitou as alegações da United International Management de que o jornal local Het Financieele Dagblad caracterizou de forma incorreta o relacionamento da empresa com Isabel dos Santos e o marido, Sindika Dokolo.
A United International Management alegou que aquela publicação sugeriu de forma errada num artigo que a gestora teria cortado laços com empresas relacionadas com a empresária angolana sobre pressão dos reguladores holandeses. Alegou ainda que o jornal não lhe disponibilizou tempo suficiente para responder a questões que lhe teriam sido enviadas.
A juíza Mirjam van Walraven rejeitou todas essas alegações, considerando que o jornal holandês fez todas as referências de forma apropriada tendo por base documentos do Luanda Leaks. Descartou também que o prazo de um mês para aguardar pelas respostas às questões enviadas à consultora fosse injusto.
Entre 2013 e 2016, a United International Management prestou serviços a um conjunto de empresas detidas por Isabel dos Santos e o marido.
A United International Management é apenas uma das várias empresas que viram o seu nome associado ao Luanda Leaks. Foram também várias as que procuraram demarcar-se da relação com Isabel dos Santos e afastar nomes relacionados com o escândalo da sua gestão. A venda apressada do Eurobic — onde Isabel dos Santos detinha uma posição de 42,5% — ao Abanca foi apenas um desses casos, ou o afastamento de dois administradores não executivos e do chairman da Nos.
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