Espaços de trabalho flexíveis e mais digitais atraem mais talento
Os locais de trabalho do futuro têm de ser mais flexíveis e adaptados à realidade da era digital. Só assim as empresas podem otimizar processos, tornar-se competitivas e atrair talento, defende a IDC.
O futuro competitivo pertence às empresas que souberem tirar partido da transformação digital, da inteligência artificial e machine learning, transformando-se em espaços de trabalho mais flexíveis e digitais. Esta transformação passa por dar recursos a quem trabalha na empresa, adequando-os à individualidade e às necessidades de cada trabalhador.
Esta é uma das conclusões do estudo“Intelligent Digital Workspaces: Enablingthe Future of Work”, da consultora IDC sobre o futuro do trabalho. De acordo com as suas conclusões, ainda há barreiras que impedem as empresas de transformarem os espaços de trabalho em locais mais flexíveis e digitais, e de responder às exigências atuais da força de trabalho.
“Ao nível organizacional e dos trabalhadores, a transformação digital exige que as tecnologias de informação deixem para trás formas de pensar, já obsoletas, sobre como os profissionais trabalham com computadores, software, dados, e repensá-lo num contexto de um espaço de trabalho digital e inteligente”, sublinha Phil Hochmuth, enterprise mobility and client endpoint management da IDC.
Além dos espaços de trabalho inflexíveis em termos tecnológicos, a IDC defende que a liderança muito hierarquizada e rígida, a limitações de atração de talento e a existência de redes de privacidade e segurança desajustadas, são ainda barreiras para a transformação do trabalho.
"A evolução dos ambientes de trabalho nas primeiras duas décadas deste século, não são ágeis, nem dinâmicas o suficiente para permitir que os negócios prosperem, muito menos que continuem a ser competitivos.”
A necessidade de tornar os espaços de trabalho mais digitais e flexíveis aumenta à medida que a transformação digital das empresas começa a integrar o ADN de toda a organização e a ter impacto na cultura organizacional. De acordo com a IDC, um dos princípios das organizações deve passar pela transformação “dos trabalhadores num motor de produtividade que faz crescer o valor de negócio”. Para isso, é necessário conseguir atrair e reter o melhor talento e isso só será possível se os indivíduos e as equipas trabalharem em ambientes de trabalho flexíveis, ágeis e tecnológicos, refere o mesmo estudo.
“A evolução dos ambientes de trabalho nas primeiras duas décadas deste século não é ágil nem dinâmica o suficiente para permitir que os negócios prosperem, muito menos que continuem a ser competitivos”, lê-se no estudo.
Espaços de trabalho digitais inteligentes
“O espaço de trabalho digital inteligente é um espaço onde as pessoas, a informação, o conteúdo, a comunidade e o contexto se cruzam com as soluções tecnológicas que os trabalhadores precisam para executar as suas funções”, lê-se no relatório. E qualquer setor e espaço de trabalho que já tenha incorporado a tecnologia digital pode fazer esta transição, defende a IDC.
Neste paradigma de trabalho digital inteligente, o trabalhador é quem está no centro de toda a transformação, destaca o estudo.
As empresas que se tornem digitais e inteligentes e que saibam integrar os conceitos como a IA (inteligência artificial) e machine learning vão ser mais consistentes. Por consequência, o trabalho vai ser mais fluido e colaborativo. Com a ajuda da IA e do machine learning, os processos são automatizados e otimizados, pois será possível distinguir que tarefas podem ser executadas pelas máquinas e pelo trabalhador.
Neste paradigma, o espaço de trabalho contribui para uma maior concentração dos trabalhadores e aumenta a capacidade de aproveitar as oportunidades à medida que vão surgindo.
"Computadores com sistema Windows podem servir para a maioria, mas não para os criativos ou software developers. Tablets low cost ou adaptados ao sistema Android podem ser suficientes em trabalhos de backoffice ou de atividades transacionais, mas para empresas de retalho direto com o cliente, ou serviços bancários, só servirá o iPad mais recente.”
De acordo com a IDC, o contacto dos trabalhadores com a tecnologia fora do local de trabalho e a sua integração no seu dia-a-dia vão aumentar as expectativas relativamente ao que a sua empresa pode oferecer. Por parte das empresas, a solução passa por saber disponibilizar estes meios e tornarem-se mais tecnológicas para continuarem a garantir a atração e retenção de talento.
Adaptar a tecnologia
A IDC aponta ainda que a integração da tecnologia deve ser feita de forma cuidada e, acima de tudo, personalizada. Será através dos dispositivos digitais que os trabalhadores vão interagir com o espaço de trabalho e, por isso, cada trabalhador deve ter à disposição ferramentas adequadas às suas necessidades e à sua forma de trabalhar, dependendo do setor em que se insere.
Assim, a empresa deve saber adequar os dispositivos (PC, tablet ou smartphones) e os sistemas de interface (iOS, Android, Windows, Mac, Chrome, Linux), às características de cada trabalhador.
A tecnologia dará à empresa a possibilidade de remover as barreiras que impedem o fluxo de trabalho; de melhorar o acesso à informação para quem trabalha remotamente e dá a oportunidade aos profissionais que precisarem de trabalhar à distância.
“Computadores com sistema Windows podem servir para a maioria, mas não para os criativos ou software developer. Tablets low cost ou adaptados ao sistema Android podem ser suficientes em trabalhos de backoffice ou de atividades transacionais, mas para empresas de retalho direto com o cliente, ou serviços bancários, só servirá o iPad mais recente”, alerta a IDC.
A IDC lembra ainda que os espaços de trabalho flexíveis e digitais poderão contribuir para a atração e retenção de talento, e ser fundamentais para os processos de onboarding. Da mesma forma, podem vir a definir o grau de lealdade e na produtividade do novo trabalhador na empresa.
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