Bancos de Wall Street apostam em estágios profissionais 100% virtuais

Todos os anos, os bancos de Wall Street acolhem milhares de estagiários. Face aos constrangimentos da pandemia, os estágios estão a ser adiados e transformados em experiências 100% remotas.

Face à pandemia, alguns dos bancos de investimento de Wall Street como a JP Morgan Chase e o Citigroup estão a adiar o início dos estágios e querem transformá-los em experiências 100% digitais, avança o Financial Times (acesso gratuito, em inglês). Neste cenário, a maior preocupação dos bancos é a gestão de estágios “tão complexos” à distância e eventuais problemas de conectividade. Por outro lado, a preocupação dos estagiários é o facto de não conseguirem a formação adequada, revela um inquérito do Ivy Research Council.

Para 18% dos bancos, os estágios profissionais “totalmente virtuais” parecem ser a alternativa mais adequada, refere o mesmo estudo. Num total de 22 bancos inquiridos, 5% tem a intenção de reduzir o tempo de estágio, 36% dos empregadores pretende dar início a estágios profissionais virtuais, 36% preferia esperar o fim da crise e ter estágios presenciais e, os restantes 5%, pretende adiar os estágios para outros programas no futuro.

No banco Citigroup, os estágios dos 1.500 candidatos deverão ser adiados de junho para início de julho, reduzidos a cinco semanas mas pagos na totalidade, revelou uma fonte do banco. Também o banco JPMorgan quer adiar para julho os 3.000 estágios profissionais e fornecer ferramentas virtuais para garantir uma “experiência imersiva”. Contudo, fonte do banco citada pelo mesmo jornal, alerta que os estágios remotos podem fazer com que os jovens venham a ter mais dificuldades em lidar com os clientes no futuro.

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“Os estágios profissionais nos bancos de Wall Street são experiências imersivas, durante as quais os estagiários aprendem competências técnicas, estabelecem contacto com os colegas, têm uma experiência prática e tentam deixar a sua marca junto dos executivos de topo que poderão vir a contratá-los um dia”, explica o Financial Times.

“Os serviços financeiros são tão competitivos que seria difícil ser o único a cancelar [estágios]”, refere Carter Bradley, cofundador da Ivy Research Council. Por outro lado, as maiores preocupações dos bancos relativamente aos estágios virtuais são os problemas de conectividade e a dificuldade em gerir programas tão complexos à distância. Por outro lado, os estagiários têm receio de não serem levados a sério e não terem acesso à formação adequada, revela o mesmo estudo da Ivy Research Council.

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