Procura motiva aumento de autodidatas no setor tecnológico, revela estudo

Quais as profissões mais procuradas? E mais bem pagas? O que há de novo no setor tecnológico? O inquérito Tech Careers Survey 2019, da Landing.jobs, revela as tendências deste setor em Portugal.

Full-stack, back-end e front-end developers são as três especializações em tecnologia que mais se destacam em Portugal, as mais procuradas e as mais bem pagas. Esta é apenas uma das conclusões do inquérito anual Tech Careers Survey 2019, da Landings.jobs. A startup portuguesa especializada em recrutamento em IT fez um “raio x” à indústria tecnológica em Portugal para analisar as linguagens mais utilizadas, os perfis mais procurados e mais bem pagos e saber que necessidades têm afinal estes profissionais, num setor em que a procura continua a superar a oferta.

Os resultados foram apresentados no evento online gratuito The Evolution of Tech in Portugal: Revealing the results of the 2019 Tech Careers Survey.

Mais autodidatas no setor

De acordo com a Landing.jobs, 41% dos inquiridos desempenha funções como full-stack, back-end e front-end developers, representando assim os perfis “standard do universo tecnológico português e também aqueles que as empresas mais procuram”, comenta a startup em comunicado. A contrariar a tendência, o perfil de mobile developer perdeu a atratividade, o que pode indicar que as empresas estão a reduzir o seu investimento em tecnologias mobile a favor de tecnologias como HTML5 e CSS para mobile.

Num setor onde a procura continua a crescer, a formação de tecnologia pode estar a sair das universidades. Neste inquérito, 20% dos inquiridos são autodidatas e a integração em bootcamps para entrar ano mercado de trabalho é uma tendência em crescimento.

O inquérito aponta ainda que as empresas portuguesas continuam a contratar os serviços de tecnologia a empresas exteriores. Mais de 52% dos entrevistados trabalha em empresas que fornecem serviços ou produtos de TI a outras empresas, tais como consultoria, web development, SaaS development, soluções na cloud e análise de dados.

JavaScript lidera linguagem de programação

No que toca a linguagens de programação, a vencedora é JavaScript, com linguagens como Java, .Net e C# a partilharem o pódio. Relativamente a tendências, Python é uma linguagem em crescimento, enquanto Ruby parece ter estagnado e Swift (utilizada em mobile development) aparenta estar em queda.

No que toca à remuneração associada, é nas linguagens designadas Go, Elixir, Ruby e Kotlin que os salários estão a registar maiores aumentos. Por outro lado, e apesar de apresentarem uma média salarial acima de outras indústrias, os salários mais baixos do setor vão para as linguagens VBA, VB.NET e C.

Em matéria de funções desempenhadas, as posições de gestão de equipa e liderança apresentam os valores salariais mais altos, como seria de esperar. Um SCRUM Master com três a seis anos de experiência, ganha em média 35,8 mil euros brutos anuais e um full stack developer com o mesmo tempo de experiência, ganha em média 26,8 mil euros brutos anuais.

Já a desigualdade salarial com base no género continua a existir, mesmo no setor tecnológico, onde as mulheres ganham, em média, menos 23% do que os homens em posições semelhantes, revela o inquérito. O relatório está disponível para consulta no site oficial.

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