BCP já deu 80 mil moratórias no crédito no valor de 4,5 mil milhões
Miguel Maya, CEO do BCP, revelou esta terça-feira que o banco já concedeu cerca de 80 mil moratórias a clientes, num montante global de 4,5 mil milhões de euros.
Miguel Maya adiantou esta terça-feira que o banco já concedeu cerca de 80 mil moratórias aos seus clientes, num montante global de 4,5 mil milhões de euros. O CEO do BCP revelou ainda que tem 80 robôs a ajudarem os funcionários a dar seguimento aos pedidos.
“Em termos de moratórias, o BCP tem 25 mil moratórias, números redondos, no montante de cerca de 2,2 mil milhões. A particulares, entre a moratória do Estado e a moratória da Associação Portuguesa de Bancos, tem 55 mil moratórias no montante de 2,3 mil milhões”, declarou Miguel Maya.
“Ou seja, o BCP tem um total de 80 mil moratórias — estão a ver a carga operacional — no valor de 4,5 mil milhões de euros“, adiantou o presidente executivo do BCP, um dos maiores bancos em Portugal
Miguel Maya está a ser ouvido numa audição na Comissão de Orçamento e Finanças no âmbito de um requerimento apresentado pelo CDS sobre a resposta dos bancos à pandemia do coronavírus.
Sobre eventuais atrasos, o CEO explicou aos deputados que conceder uma moratória é um processo relativamente simples para os bancos. Mas quando se está perante milhares de pedidos para processar, a carga acaba por ser muito pesada.
“O banco está a trabalhar 24 sobre 24 horas para processar as todas as moratórias”, frisou. “Tenho pessoas que trabalham ao fim de semana para por isto em dia“, adiantou mais tarde.
“Com 55 mil pedidos, se entrarem 20 mil pedidos num dia, é humanamente impossível executá-las todas ao mesmo tempo”, acrescentou. “Ainda ontem tinha mais de 80 robots a fazerem as operações. Em vez de ter um trabalhador a fazer a leitura dos documentos, são os robôs que fazem essa leitura”, explicou.
Há dois regimes de moratórias: um regime público, que foi criado pelo Governo, e abrange os créditos de habitação permanente das famílias e ainda os créditos a empresas; um regime privado, desenvolvido pela APB, que serviu para complementar a moratória pública e inclui créditos pessoais, segunda habitação e não residentes.
Miguel Maya disse que ficaria “mais confortável com uma moratória do Estado para as componentes que não estavam incluídas pela moratória pública“. Isto porque, adiantou, “quando as coisas normalizarem, estaríamos melhor protegidos se houvesse uma moratória do Estado”.
(Notícia atualizada às 18h09)
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