Hotéis vão ter “selo de garantia” por cumprirem recomendações
O presidente da Associação de Hotelaria de Portugal (AHP) adiantou que o Turismo de Portugal vai atribuir um "selo de garantia" aos hotéis que cumpram as recomendações de segurança.
Os hotéis nacionais vão receber um “selo de garantia” se cumprirem todas as recomendações da Direção Geral de Saúde (DGS) e pela Organização Mundial do Turismo (OMT), revelou o presidente da Associação de Hotelaria de Portugal (AHP), à saída de uma reunião com o primeiro-ministro.
Questionado sobre a mensagem de confiança que a AHP pode dar aos portugueses, Raul Martins respondeu que essa “mensagem de confiança é o referido selo de garantia que vai ser emitido pelo Turismo de Portugal”. “Os hotéis têm de cumprir uma série de recomendações dadas pela DGS e pela OMT”, continuou, em declarações transmitidas pela SIC Notícias.
Depois de ter estado reunido com António Costa, o presidente da associação notou ainda que os voos charter (feitos em aeronaves alugadas para o efeito) são uma hipótese em cima da mesa para trazer turistas para o país. “O Governo sugere que os voos charter seriam uma boa opção porque sabemos as pessoas que vêm e de onde vêm. E podemos garantir que há condições para que venham em segurança”, disse.
Relativamente às aberturas, Raul Martins afirmou que “no verão haverá mais tendência de procura por hotéis em zonas de férias balneares ou no interior do país”. O responsável acredita que os hotéis no interior do país serão mais procurados, dado que essas zonas têm uma “menor aglomeração de pessoas”. “Durante julho e agosto abrirão os hotéis mais posicionados nesses locais”, disse.
A partir de setembro, “se houver um medicamente ou uma vacina”, o presidente da AHP acredita que “certamente as cidades passarão a ter uma maior procura”, “mas será sempre muito reduzida ate que exista, de facto, segurança sanitária”.
A AHP esteve reunida esta terça-feira com o primeiro-ministro em S. Bento, juntamente com os seus cinco maiores associados: o Grupo Pestana, o Grupo Vila Galé, o Grupo Sana, o Grupo Porto Bay e o Grupo Hoti. Num inquérito feito recentemente pela AHP, concluiu-se que a maioria dos hotéis está fechada, sendo que 85% dos trabalhadores foram colocados em lay-off.
Restaurantes e hotéis pedem prolongamento de apoios na retoma
O vice-presidente da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), Carlos Moura, defendeu esta terça-feira o prolongamento das medidas de apoio às empresas, como o lay-off simplificado, durante a fase gradual da retoma da atividade económica.
“Não é possível fazermos uma retoma que pode acontecer, em algumas circunstâncias, até no final de maio […] se não houver manutenção de alguns apoios para que as empresas sobrevivam e não tenham de fazer despedimentos por extinção de postos de trabalho ou despedimentos coletivos”, disse o dirigente da AHRESP.
Carlos Moura falava à saída de uma reunião com o primeiro-ministro, António Costa, que recebeu em São Bento, Lisboa, representantes do setor hoteleiro e da restauração para falar sobre a retoma da economia após a crise causada pela pandemia covid-19.
O prolongamento das medidas justifica-se com o facto de a retoma ser feita de forma gradual e sob determinadas condições, mais limitadas para as empresas, o que fará com que se mantenha uma quebra do volume de negócios, sustentou o responsável.
“Obviamente tem de haver ainda prolongamentos de alguns mecanismos como o lay-off simplificado, seja este regime ou um adequado às circunstâncias”, defendeu Carlos Moura.
A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, disse que as reuniões – que ocorreram também com representantes dos hotéis – serviram sobretudo para ouvir o setor sobre “as normas que devem prevalecer numa fase próxima de reabertura e transição para uma nova normalidade”.
“Da reunião resultou uma reflexão alargada sobre as normas que deverão vigorar nesta nova fase”, disse Rita Marques.
A governante lembrou que no caso dos hotéis não houve uma decisão de encerramento compulsivo, ao contrário do que aconteceu com a restauração, adiantando que “não foi fixada nenhuma data” para a reabertura da atividade.
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