Boeing lança oferta de títulos de 23 mil milhões de euros
Lançamento de oferta de títulos no valor de 25 mil milhões de dólares (23 mil milhões de euros), visa “manter a liquidez a fluir”, muito afetada devido à crise na aviação provocada pela covid-19.
A Boeing anunciou o lançamento de oferta de títulos no valor de 25 mil milhões de dólares (23 mil milhões de euros), para “manter a liquidez a fluir”, muito afetada devido à crise na aviação provocada pela covid-19.
A oferta de títulos inclui instrumentos de dívida com um valor principal agregado de 25 mil milhões de dólares em sete tranches com vencimentos que variam de três a 40 anos.
“Estamos satisfeitos com a resposta à nossa oferta de títulos hoje [quinta-feira], que é uma das várias etapas que estamos a tomar para manter a liquidez a fluir nos nossos negócios e nas 17.000 empresas da cadeia de suprimentos do nosso setor”, indicou a empresa aeronáutica norte-americana.
Assim, a Boeing renuncia “neste momento” aos 17 mil milhões de dólares que lhe foram reservados através do gigantesco plano de renascimento da economia norte-americana votado pelo Congresso.
“Até ao fecho desta transação, previsto para segunda-feira, 04 de maio, não planeamos buscar financiamento adicional através do mercado de capitais ou das opções do Governo dos EUA, neste momento”, explicou a Boeing.
“Continuaremos a avaliar a nossa posição de liquidez à medida que a crise da saúde e o nosso ambiente dinâmico de negócios evoluírem”, concluiu a empresa aeronáutica norte-americana.
Na quinta-feira, a Boeing revelou que no primeiro trimestre do ano fiscal teve um prejuízo de 628 milhões de dólares (558 milhões de euros), devido ao impacto da pandemia da covid-19, e que vai despedir 16.000 trabalhadores enquanto procura liquidez.
“Vamos ser uma empresa mais pequena durante um tempo. Temos trabalhado arduamente para manter a estabilidade da força de trabalho (…), mas vemos que nos próximos anos, com a queda da procura, a produção não permite suportar a força laboral que hoje temos”, disse o presidente executivo da empresa aeronáutica norte-americana, David Calhoun, numa teleconferência de apresentação dos resultados trimestrais.
O gestor referiu ainda que a Boeing está a “adotar medidas para reduzir a sua força de trabalho em cerca de 10% até ao final deste ano”, de um total de 160.000 trabalhadores, através da “combinação de rescisões amigáveis e despedimentos”.
A Boeing está a enfrentar “uma crise global sem comparação alguma com outras” e está a focar-se em “conseguir liquidez”, tendo agradecido aos 26 países que avançaram com pacotes de ajuda económica específicos para o setor aeroespacial e das companhias aéreas.
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