Turismo de Portugal já concedeu 3.232 selos “Clean&Safe”. 20% das empresas turísticas já estão certificadas
Em duas semanas, 20% das empresas ligadas ao turismo já receberam o "selo de garantia", que comprova que cumprem todos os requisitos de segurança e limpeza.
Já há mais de três mil empresas na área do turismo — empreendimentos, agências de viagens e de animação — que estão “carimbadas” com o selo “Clean&Safe“. De acordo com os dados do Turismo de Portugal, a maioria corresponde a empreendimentos turísticos, localizados no Norte e na zona do Algarve.
Em duas semanas, e até à meia-noite desta segunda-feira, foram concedidos 3.232 “selos de garantia”. Isto significa que 20% das mais de 16 mil empresas registadas na área do turismo cumprem os requisitos de segurança e higiene definidos pela Direção-Geral de Saúde (DGS) e pela Organização Mundial de Turismo (OMT). Por zonas, a Área Metropolitana de Lisboa (AML), o Norte e o Algarve lideram.
Do número total de selos atribuídos, 1.242 (40%) foram para empreendimentos turísticos, a maioria no Norte, Algarve e Centro. Além disso, 1.211 (13,6%) foram para agências de animação turística, sobretudo na AML, Norte e Algarve; e 729 (23%) foram concedidos a agências de viagens e turismo, a maioria localizadas na AML, Norte e Algarve.
Este “carimbo” pode ser pedido por todas as empresas que estão registadas na Autoridade Turística Nacional, será gratuito e terá validade de um ano. Para ser atribuído, as empresas têm de implementar um “protocolo interno que (…) assegura a higienização necessária para evitar riscos de contágio e garante os procedimentos seguros para o funcionamento das atividades turísticas”.
Os pedidos para o selo “Clean & Safe”, que arrancaram a 24 de abril, podem ser feitos online, nas plataformas do Turismo de Portugal, de acordo com a tipologia de cada empresa: Registo Nacional dos Empreendimentos Turísticos (RNET), Registo Nacional dos Agentes de Animação Turística, (RNAAT) e Registo Nacional dos Agentes de Viagens e Turismo (RNAVT). Ficará sempre associado ao número de registo da entidade.
Depois de as empresas submeterem a declaração de compromisso, podem utilizar o selo “Clean & Safe” fisicamente nas instalações e nas plataformas digitais. Contudo, o Turismo de Portugal vai, “em coordenação com as entidades competentes, realizar auditorias aleatórias”. Esta sexta-feira, o Turismo de Portugal arrancou com um calendário de formações e esclarecimentos online sobre a atribuição deste selo.
Que requisitos têm de ser cumpridos?
Para ter direito ao selo “Clean & Safe”, todas as empresas devem implementar um protocolo interno, específico para cada entidade, com todas as medidas de higienização e segurança definidas no âmbito do novo coronavírus. O protocolo deverá ser disponibilizado aos colaboradores no âmbito da formação e aos turistas sempre que solicitado, bem como no caso de a empresa ser selecionada para auditoria, refere o Turismo de Portugal.
O primeiro ponto começa pela disponibilização aos clientes de um kit de proteção individual, que deverá incluir, no mínimo, uma máscara e um par de luvas descartáveis (no caso dos colaboradores deve incluir ainda outro equipamentos, conforme as funções, como viseiras ou avental). Este kit poderá ser cobrados aos clientes.
Os estabelecimentos passarão a ter capacidade máxima, que corresponderá ao “número total de camas à exploração”. No que toca à limpeza, as empresas devem garantir que o stock disponível de materiais de limpeza “tem de ser proporcional às dimensões do estabelecimento” e que, nas casas de banho, mesmo havendo secadores de mãos com sensores, “os toalhetes de papel são o melhor método para evitar humidade após a lavagem das mãos, sem levantarem partículas”.
No caso das agências de viagens e turismo, para que possam ter o selo “Clean & Safe”, só podem vender produtos/programas de empresas que também tenham o selo ou que “façam prova de disporem de protocolos internos de higienização e segurança próprios”.
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