Fed aponta forte tensão sobre sistema financeiro no mês de março
Fed diz que a sua ação rápida ajudou a aliviar muitas daquelas tensões, mas avisa que poderão ocorrer mais choques no sistema financeiro.
A Reserva Federal norte-americana (Fed) sublinhou para a forte tensão a que o sistema financeiro foi sujeito durante o mês de março, na sequência da paralisação da atividade económica imposta pelo Covid-19.
No seu “Relatório de Estabilidade Financeira”, em que avalia o impacto do novo coronavírus, a Fed assinala que a sua ação rápida ajudou a aliviar muitas daquelas tensões, mas avisa que, dependendo da evolução da pandemia e do impacto na economia, poderão ocorrer mais choques no sistema financeiro.
O relatório, que é publicado duas vezes por ano e no qual o banco central norte-americano avalia as vulnerabilidades do sistema financeiro, refere-se ainda à volatilidade que tem registado o preço de alguns ativos, nomeadamente ações e títulos, e considera que poderão ocorrer quedas adicionais.
“O preço dos ativos permanece vulnerável a quedas significativas se a pandemia seguir um curso inesperado, as consequências económicas se mostrarem mais adversas ou se surgirem tensões no sistema financeiro”, refere o relatório.
Na quarta-feira o presidente da Fed, Jerome Powell, avisou que os estragos causados pela pandemia de Covid-19 na economia podem durar algum tempo, referindo que são necessários programas de ajuda para evitar uma recessão profunda.
Para atenuar o impacto da pandemia, a Fed já adotou várias medidas de estímulo, mas Powell afastou a possibilidade de taxas de juro negativas.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 304 mil mortos e infetou perto de 4,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,5 milhões de doentes foram considerados curados.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (86.744) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,4 milhões).
Seguem-se o Reino Unido (33.998 mortos, mais de 236 mil casos), Itália (31.610 mortos, perto de 224 mil casos), França (27.529 mortos, mais de 179 mil casos) e Espanha (27.459 mortos, mais de 230 mil casos).
A Rússia, com menos mortos do que todos estes países (2.418), é, no entanto, o segundo país do mundo com mais infeções (mais de 262 mil).
O “Grande Confinamento” levou o Fundo Monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 3% em 2020, arrastada por uma contração de 5,9% nos Estados Unidos, de 7,5% na zona euro e de 5,2% no Japão.
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