Telefónica distribuirá dividendos de 2 mil milhões de euros este ano
A operadora de telecomunicações espanhola retribuiu aos seus accionistas mais de 10 mil milhões de euros nos últimos cinco anos.
Na próxima sexta-feira, 12, realiza-se a Assembleia Geral de Acionistas da Telefónica. Um dos principais pontos da agenda é a distribuição de dividendos pelos acionistas. Este ano, a operadora distribuirá 2 mil milhões de euros, ou seja, mais do que o PIB anual de 22 países do mundo.
A empresa está empenhada em manter essa remuneração, mesmo apesar das dificuldades decorrentes da crise pandémica da Covid-19. Cumprirá o compromisso com um rendimento simultaneamente atrativo (cerca de 10% de dividendos) e sustentável, graças à sua elevada capacidade de geração de free cash flow (FCF).
Os números mostram que a Telefónica pagou aos seus acionistas mais de 10 mil milhões de euros nos últimos cinco anos, um valor comparável e equivalente ao montante total que o Tesouro espera devolver aos contribuintes espanhóis na atual campanha do imposto sobre o rendimento.
A crise do Covid-19 afetou a distribuição de dividendos na maioria das empresas do Ibex, algumas foram obrigadas a cancelar, outras a adiar a decisão, outras ainda reduziram os montantes. Apenas onze empresas do Ibex 35 continuam a distribuir dividendos: ACS, Cie Automotive, Enagás, Endesa, Iberdrola, Naturgy, Red Eléctrica, Repsol, Siemens Gamesa, Telefónica e Viscofán.
“É demasiado cedo para avaliar a extensão dos efeitos da pandemia, mas temos várias alavancas para mitigar os potenciais impactos negativos. Por um lado, vamos continuar a gerir o investimento e os custos, concentrando-nos na estabilidade do fluxo de caixa operacional. Temos também um balanço forte e uma forte posição de liquidez“, afirmou José María Álvarez-Pallete, presidente executivo da Telefónica.
“Em suma, a resiliência e flexibilidade do nosso modelo de negócio e a força da nossa empresa permitem-nos manter um dividendo atraente para os nossos acionistas de 0,40 euros por ação. E continuamos a trabalhar nas cinco decisões estratégicas anunciadas no final de 2019 para tornar a nossa empresa ainda mais resiliente no futuro”, adiantou. “Isto combinado com as operações corporativas já anunciadas ou em curso, permite-nos enfrentar a incerteza com uma posição sólida”, concluiu.
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