Juro da dívida dos EUA em mínimo histórico. Ações em Nasdaq renovam máximos
No dia em que os Estados Unidos se financiaram a dez anos com o juro mais baixo de sempre, as ações valorizaram.
Os juros da dívida dos EUA caem para mínimos históricos, enquanto as ações em Wall Street renovam máximos. Na sessão desta quarta-feira, os principais índices acionistas fecharam em alta com o Nasdaq a tocar o valor mais elevado de sempre graças aos primeiros sinais de retoma da economia.
Os EUA estiveram esta quarta-feira no mercado de dívida para emitir 29 mil milhões de dólares em obrigações a dez anos. A forte procura por estes ativos levou a yield para apenas 0,653%. O país nunca se tinha financiado com esta maturidade benchmark com um juro tão baixo.
“Foi definitivamente um leilão bem recebido pelos participantes no mercado primário”, disse o estratega da BMO Capital Markets Ben Jeffery, citado pela Reuters. “Com o mundo a preferir ativos refúgio, a procura estrutural por Treasuries será sempre uma opção natural para quem procura refúgio e ainda mais devido aos baixos juros na Europa“.
Além das obrigações norte-americanas, os investidores também têm procurado refúgio no ouro. O metal precioso negoceia a 1.808,86 dólares por onça, no valor mais elevado desde 2012. Apesar de o aumento no número de casos de Covid-19 estar a impulsionar a procura por ativos-refúgio, a tendência não arrefeceu o interesse pelas ações.
Wall Street fechou em alta com o tecnológico Nasdaq a renovar máximos pela quarta vez em cinco sessões. O índice ganhou 1,44% para 10.492,50 pontos. O Dow Jones avançou 0,69% para 26.067,62 pontos e o S&P 500 somou 0,79% para 3.170,04 pontos. Em termos empresariais, destacaram-se a Apple (com um ganho de 2,3%) e a Microsoft (que subiu 2,1%).
“O mercado continua a ignorar as potenciais consequências destes picos de casos do novo coronavírus”, alertou Peter Cardillo, economista chefe de mercados da Spartan Capital Securities, à Reuters. “É demasiado. Não espero um crash no mercado, mas penso que os investidores estão, nesta conjuntura, a brincar com o fogo“.
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