Ceiia quer produzir 1.000 ventiladores até final do ano. Já exportou 100 para o Brasil
A procura internacional fez disparar a produção do ventilador Atena. O objetivo do Ceiia é, agora, produzir mil ventiladores até ao final do ano. Já chegaram ao Brasil as primeiras 100 unidades.
O Centro de Excelência para a Inovação da Indústria Automóvel (Ceiia) está trabalhar a todo o gás para dar resposta à elevada procura por ventiladores em plena pandemia. Tem como objetivo produzir mil unidades até ao final do ano, sendo o foco a exportação destes equipamentos.
“Nós aumentamos o volume da produção para mil ventiladores dentro do Ceiia e vamos chegar a esse número sem dúvida alguma. O objetivo é atingir essa meta antes do final do ano, estamos a trabalhar todos para que a produção fique pronta em novembro”, adianta ao ECO José Rui Felizardo, CEO do Ceiia.
De acordo com o que o ECO apurou no início de maio, o objetivo do Ceiia era produzir 500 ventiladores até setembro, um número que duplicou devido à forte procura do mercado externo: “A procura internacional foi o principal motivo para duplicarmos a produção que estava prevista. A nossa produção está muito orientada para exportação”, explica o CEO do Ceiia.
Até ao momento o Ceiia já produziu 350 ventiladores, sendo que 100 unidades já foram entregues no Brasil, 100 são destinadas ao mercado nacional e os próximos 150 estão prestes a serem exportados, mas o CEO prefere não revelar o destino por agora até a encomenda chegar ao destino. Cada ventilador tem o custo aproximado de 15 mil dólares (cerca de 13 mil euros).
A procura internacional foi o principal motivo para duplicarmos a produção que estava prevista. A nossa produção está muito orientada para exportação.
José Rui Felizardo conta ao ECO que já foram instalados este mês os primeiros ventiladores do Ceiia em Portugal, mais concretamente na Casa de Saúde da Boavista e segue-se o hospital de Santo António no Porto. “Estão reservados cem ventiladores para serem instalados em Portugal os restantes serão para o mercado externo. Até tenho dúvidas que sejam necessários colocar cem ventiladores em território nacional. Portugal tem estado a equipar os hospitais com os ventiladores chineses e não nos parece que seja necessário muitos mais ventiladores”, explica o CEO do centro de tecnologia.
Já chegaram ao Brasil os primeiros 100 ventiladores do Ceiia
Já foram entregues no Brasil, um dos países mais afetados pelo Covid-19, os primeiros 100 ventiladores do Centro de Excelência para a Inovação da Indústria Automóvel. O CEO do Ceiia adianta que vão ser enviados mais 500 ventiladores para o mercado brasileiro e que já têm outros mercados em mira.
“Havia uma escassez mundial deste tipo de equipamento e existem países que tendo em conta a sua dimensão têm uma necessidade muito grande neste tipo de equipamentos, apesar de sabermos que isto é uma singularidade no tempo”, destaca o CEO do Centro de Excelência para a Inovação da Indústria Automóvel
Parte das vendas do ventilador revertem para instituições
José Rui Felizardo refere que por cada venda do ventilador para o mercado externo, determinado valor reverte para instituições de solidariedade. “Há uma percentagem resultante das vendas de ventiladores para fora de Portugal que estão a ser doadas a organizações de cariz solidário como o Banco Alimentar Contra a Fome, entre outras”, refere o CEO do Ceiia.
“Conseguimos reproduzir o valor gerado pela ciência em intervenções sociais. Tivemos cem mil portugueses que contribuíram para este projeto, a nossa obrigação é devolver esse valor à sociedade e mais do que isso, gerar valor a partir dai. Não é só produzir um ventilador, mas procurar que o valor gerado pelo ventilador permita criar valor social”, concluí José Rui Felizardo.
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