Lucros da Impresa afundam 95% para 178 mil euros devido à pandemia
O grupo de media fechou os primeiros seis meses do ano com lucros de 178 mil euros, num período marcado pela quebra de receitas, sobretudo no segundo trimestre.
A Impresa viu os lucros afundarem na primeira metade do ano. A dona da SIC registou lucros de 178 mil euros, um tombo de 95% face ao período homólogo, cedendo à pressão da quebra de receitas, em especial com publicidade e sobretudo no segundo trimestre.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa liderada por Francisco Pedro Balsemão dá conta que registou no primeiro semestre um lucro de 178,2 mil euros, uma quebra abrupta face ao resultado líquido de 3,47 milhões de euros registado no período homólogo.
Já o lucro operacional, medido pelo EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) superou os 8,3 mil milhões de euros, um decréscimo de 28,1% relativamente aos 11,6 milhões de euros verificado no primeiro semestre de 2019.
A quebra dos lucros deveu-se à redução das receitas do grupo, em concreto publicitárias, que foi particularmente notória no segundo trimestre do ano devido à pandemia.
A Impresa teve receitas de 78,4 milhões de euros na totalidade do primeiro semestre, 11,8% abaixo do total de proveitos do período homólogo. “Deste decréscimo, 88% verificou-se no 2.º trimestre, como resultado dos efeitos da pandemia de Covid-19″, explica a empresa de media.
"Se no primeiro trimestre conseguimos continuar a nossa trajetória de crescimento, melhorando os resultados relativamente ao período homólogo do ano passado, o segundo trimestre veio anular os ganhos, principalmente devido à quebra brutal do mercado publicitário.”
Já no que diz respeito às receitas publicitárias, a quebra semestral foi de 14,5%, para 47,4 milhões de euros.
“Os primeiros seis meses foram marcados por dois momentos: antes e depois do Covid-19. Se no primeiro trimestre conseguimos continuar a nossa trajetória de crescimento, melhorando os resultados relativamente ao período homólogo do ano passado, o segundo trimestre veio anular os ganhos, principalmente devido à quebra brutal do mercado publicitário“, esclarece a este propósito Francisco Pedro Balsemão em comunicado.
A ajudar a travar as perdas de receitas do grupo esteve o bom desempenho do segmento IVR (chamadas de valor acrescentado), onde se deu um crescimento de 6,2%, para perto de 6,8 milhões de euros.
Também as receitas de circulação aumentaram — 2,8% para cinco milhões de euros –, “destacando-se, pela positiva, os proveitos relativos à subscrição digital do Expresso, os quais aumentaram em 41%, em termos homólogos, representando 23% do total das receitas de circulação”, segundo o comunicado enviado à CMVM.
No que concerne ao endividamento, a dívida remunerada líquida da Impresa aumentou 1,5 milhões de euros, em termos homólogos, tendo fechado o mês de junho de 2020 nos 169,1 milhões de euros. “Para este resultado, contribuiu o aumento em 1,2 milhões de euros da dívida financeira, aliado ao decréscimo, do valor de Caixa e equivalentes, devido ao impacto da Covid-19 nos resultados”, explica a empresa.
(Notícia atualizada às 17h40)
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