Lucro da Aon Plc cresce apesar de travagem na receita operacional
A companhia líder global no setor de corretagem registou recuo de 1% na atividade orgânica, melhorou margem operacional e um cresceu mais de 40% no lucro operacional e resultado líquido.
A Aon Plc apurou 594 milhões de dólares (cerca de 505,3 milhões de euros ao câmbio do dia) como resultado operacional bruto entre março e junho (2ºT 2020). Depois de impostos e outras funções financeiras, a companhia líder global em corretagem de seguros registou 411 milhões de lucro líquido, mais 43% face ao desempenho de igual trimestre em 2019.
Ajustando o resultado operacional a diferimentos e ao efeito de alterações cambiais, o resultado operacional progrediu apenas 33 milhões, ou 5% em comparação com o alcançado um ano antes, contabilizando 670 milhões de dólares no final de junho último.
No entanto, a margem operacional ajustada avançou 240 pontos base, elevando-se de 24,4% em junho de 2019, para 26,8% no final do segundo trimestre de 2020, beneficiando de um declínio de 13% na despesa operacional, a qual rondou 1,9 mil milhões de dólares.
Entre as métricas destacadas pela companhia que prossegue atualmente processo de fusão com a Willis Towers Watson (WTW), Aon Plc indica um decréscimo de 4% na receita consolidada, para um total de 2 497 milhões de dólares, montante que também reflete um declínio de ligeiro (-1%) na atividade orgânica.
Reportando a evolução do negócio (atividade corrente), a corretora sediada em Dublin indica que a área Commercial Risk Solutions, principal geradora de receita, contabilizou 1 126 milhões de dólares, ou cerca de 45% do volume consolidado no trimestre, embora a recuar 4% (-2% se descontado o efeito das variações cambiais). Em termos orgânicos cresceu 1%.
Em base percentual, a maior quebra de receita ocorreu na área Health Solutions (-19% em variação homóloga, para 258 milhões e a evidenciar o impacto da pandemia), enquanto a parcela Reinsurance Solutions se distinguiu como a única a crescer em faturação (+7%, para 448 milhões de dólares), tendo crescido 9% em termos orgânicos.
Além da melhoria na margem operacional, outra métrica realçada nos trimestrais da Aon é a disponibilidade de tesouraria (free cash flow), que subiu 875 milhões (entre janeiro e julho), para 1 130 milhões de dólares.
Greg Case, CEO da Aon plc, comentou o balanço trimestral afirmando que os tempos evidenciam crescente volatilidade (económica e política), como mostram os impactos da pandemia (covid-19). Neste contexto, “a combinação com a WTW vai acelerar as capacidades de inovação e força para superarmos os desafios de longo prazo que os nossos clientes terão enfrentar no futuro,” lê-se em infografia disponível no site da instituição especialista em consultoria de risco e corretagem em soluções de reforma e saúde.
Os acionistas (em AG extraordinária agendada para 26 de agosto) deverão votar favoravelmente a operação de aquisição-fusão da Willis Towers Watson, indica ainda o comunicado da Aon plc.
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