Insolvências sobem 32% em julho e criação de novas empresas continua a cair
O mês de julho voltou a registar um crescimento no número de insolvências em Portugal. A evolução foi superior a 32%, num período em que a constituição de novas empresas caiu quase 26%.
As insolvências aumentaram 32,3% em julho, para 445, face a igual mês do ano passado, enquanto a constituição de novas empresas caiu 25,9%, para 2.931, em termos homólogos, apontam dados da Iberinform.
Em julho, as insolvências aumentaram 32,3% na comparação com igual mês do ano passado, “mais 111 insolvências para um total de 455”, refere a Iberinform, filial da seguradora Crédito y Caución, adiantando que nos primeiros sete meses deste ano a subida foi de 8,4%, com 3.145 insolvências, mais 243 que em igual período de 2019”, mas com valores inferiores aos observados em 2018 e 2017.
Quanto à criação de novas empresas verificou-se uma redução de 25,9% em julho, com o mês a encerrar com 2.931 constituições, menos 1.026 que em idêntico mês do ano passado. Até julho, o diferencial é “ainda mais significativo” com menos 10.317 novas empresas que em 2019, ou seja, um decréscimo de 32,7%, salienta a Iberinform.
Os distritos de Lisboa e do Porto são aqueles que apresentam mais insolvências, 651 e 795 respetivamente, e face ao ano passado observou-se um aumento de 9,2% em Lisboa e de 8,2% no Porto. O cenário é mais positivo em seis distritos onde diminuem as insolvências face ao ano passado, com a Guarda (-35,7%) a liderar, seguindo-se Coimbra (-24,3%), Vila Real (-11,1%), Bragança (-4%), Viseu (-1,4%) e Aveiro (-0,4%).
A Iberinform refere ainda que o número mais significativo de novas constituições se verificou em Lisboa, com 6.704 novas empresas, representando uma queda 35,3% face ao ano passado. Já o distrito do Porto apresenta um total de 3.861 novas empresas, valor que traduz, contudo, uma diminuição de 32,4% face ao período homólogo do ano passado.
Até julho, todos os distritos apresentaram quedas nas constituições de novas empresas, com destaque para os distritos de Aveiro (-45,3%), Setúbal (-37,1%), Guarda (-36,9%), Ponta Delgada (-36,2%) e Madeira (-35,4%). Angra do Heroísmo teve uma diminuição de 28,9%, enquanto Horta registou uma queda de 28,3%.
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