“Parece que só o comércio tem efeitos nas infeções por Covid-19”, diz CCP

O líder da CCP defende que as Câmaras deviam ter mais poder para encontrarem soluções locais para o comércio, no âmbito da luta contra a Covid-19.

Portugal regressa, na próxima semana, ao estado de contingência, alargando-se à generalidade do país as restrições que já estavam em vigor em Lisboa, nomeadamente no que diz respeito aos horários dos estabelecimentos comerciais. Em reação a estas medidas, João Vieira Lopes atira: “Parece que só o comércio tem efeitos na expansão das infeções por Covid-19”.

Em declarações à RTP 3, o líder da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) sublinha que o Governo devia ter dado “mais margem de manobra” a nível local para se encontrarem soluções para este setor, referindo que, por exemplo, a fixação dos horários devia caber às Câmaras Municipais.

“Não digo que as medidas sejam exageradas. O que estamos preocupadas é que o aumento do nível de contágios é mais amplo que o comércio“, salientou João Vieira Lopes.

Esta quinta-feira, o Governo aprovou, em Conselho de Ministros, o conjunto de restrições que irá acompanhar o regresso do país ao estado de contingência. Ficou determinado que, nesse âmbito, a partir de 15 de setembro, os estabelecimentos comerciais não poderão abrir antes das 10h00 e deverão encerrar entre as 20h00 e as 23h00, consoante decisão da autarquia.

Além disso, nas zonas de restauração dos centros comerciais, não poderão estar sentadas mais de quatro pessoas por mesa; o consumo de bebidas alcoólicas na via pública ficará proibido; e a venda de bebidas alcoólicas a partir das 20h00 não será possível. Já nos cafés, restaurantes e pastelarias a 300 metros de escolas, haverá um máximo de quatro pessoas por grupo.

Foram também aprovadas duas grandes medidas dirigidas ao trabalho, para as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto: a imposição de escalas “em espelho” e o desfasamento dos horários de entrada e saída, bem como das pausas e refeições.

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